Guia de viagem de Boston que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroporto e cidade, bem como um roteiro completo de 3 dias. O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Boston em 3 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos.
Apesar de fazer constantemente o papel de segunda escolha no que toca às grandes cidades da Costa Este dos EUA (atrás de uma tal de Nova Iorque), Boston, principal metrópole do estado do Massachussets, é um destino turístico com muito para oferecer. Um verdadeiro marco do período colonial americano, e da sequente busca pela independência do país, Boston alberga algumas das instituições históricas mais marcantes do período, razão pela qual ganhou o epíteto de “a Atenas da América”, ou o “Berço da Liberdade”.
No entanto, Boston é bem mais que halls, museus e igrejas históricas onde se pregou a revolução contra o ocupante britânico. Afinal, a cidade recebe as icónicas instituições de Harvard e do MIT, recebendo por isso anualmente uma comunidade estudantil gigantesca, que acaba por influenciar o ritmo da cidade.
Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Boston e descobrir o que de melhor a megacidade tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 3 dias com tudo o que deves visitar em Boston.
Sendo considerada uma das maiores e mais populosas cidades da East Coast, e atendendo à sua importância no sector empresarial e educativo, Boston é servida pelo 7º aeroporto mais movimentado deste flanco dos EUA: o Logan International Airport.
Partindo de Portugal, existem voos directos a partir de Lisboa (Delta e TAP), Porto (Azores Airlines), Funchal (Azores Airlines), Ponta Delgada (Azores Airlines) e Terceira (Azores Airlines).
Estando situada no Hemisfério Norte, ditam as regras que a melhor altura para visitar Boston coincida com o final da Primavera, Verão e início de Outono, com o período compreendido entre os meses de Abril e Outubro a ser o mais apetecível.
Para quem deseje visitar Boston e ter a experiência mais agradável possível, o melhor é mesmo optar pela shoulder-season, correspondente às estações de Primavera e Outono. Isto é especialmente relevante no que toca ao Outono, altura em a cidade se cobre de folhagens de tons castanhos e alaranjados, a condizer com a arquitectura de tijolo típica do período colonial. Para além disso, sendo Boston uma cidade cara, os preços do alojamento estarão, pelo menos, mais toleráveis face ao pico do Verão.
Estando este destino situado fora da Europa, e sem nenhum tipo de acordo com a UE que te permita entrar com qualquer outro documento de identificação, é absolutamente obrigatório estares munido do teu passaporte para poderes visitar os Estados Unidos da América. Para além disso, o documento deverá possuir uma validade de pelo menos 6 meses após a tua data de entrada.
No entanto, os cidadãos portugueses estão isentos de visto de turismo, podendo permanecer no país durante um período máximo de 90 dias apenas com o carimbo no passaporte.
Apesar disso, continua a ser obrigatória a obtenção do ESTA, uma autorização electrónica de viagem, onde os visitantes preenchem os seus dados pessoais e uma série de declarações de intenção/idoneidade. Enfim, burocracias! O pedido é habitualmente processado em algumas horas, embora seja recomendado que a candidatura seja feita com uma antecedência de 3 dias face à chegada. O custo é de 21$ (17$ pela autorização + 4$ de taxa de processamento), permanecendo válido durante 2 anos.
Sim, é necessário levar um adaptador de tomada se viajares para Boston. As tomadas elétricas nos EUA são diferentes das nossas, por isso terás de levar um adaptador como este de forma a conseguires carregar os teus dispositivos eletrónicos.
Podes ver outros objetos essenciais para a tua viagem clica aqui
Estando o país situado fora da UE e sem nenhum tipo de acordo para a isenção de taxas de roaming nas telecomunicações, não poderás utilizar o teu tarifário português actual durante a tua viagem a Boston.
Aliás, a primeira coisa que deves fazer antes de levantares voo rumo ao país é mesmo desligar todos e quaisquer dados móveis que tenhas activos no teu telemóvel, sob pena de teres uma (muito) desagradável surpresa no final do mês. Ainda que os custos possam variar de acordo com a operadora, e apenas para ficares com uma noção do que esperar, a Vodafone cobra os seguintes valores para comunicações em território norte-americano:
Posto isto, a nossa recomendação é que compres um cartão SIM assim que chegues a Boston. Porém, e isto é importante: NÃO O FAÇAS NO AEROPORTO! A razão é simples, pois nenhuma das operadoras norte-americanas tem loja física no Aeroporto Logan, deixando-te como únicas alternativas um stand “genérico” e/ou as máquinas de venda automática (sim, como as máquinas de vending de comida). O problema é que, em ambas as opções, os preços são ridiculamente inflacionados, com 1GB de dados móveis a chegar facilmente aos 30$. Para além disso, e no caso das máquinas automáticas, tens que ser tu a tratar da adesão e activação do pacote seleccionado, sendo que as instruções podem não ser inteiramente claras.
Face a tudo isto, o melhor é mesmo deslocares-te até ao centro e visitares uma das lojas físicas das principais operadoras de telecomunicações do país. Ainda assim, e ficando já de sobreaviso, o mercado de cartões pré-pagos nos EUA está longe da variedade encontrada na Europa, com apenas duas empresas a vender este tipo de produto em todo o país: T-Mobile e AT&T.
NOTA 1: Ambas as empresas têm uma activation fee de 10$ e 15$, respectivamente. Contudo, os clientes que optarem por estes pacotes ficam isentos do pagamento da mesma.
NOTA 2: Como em praticamente tudo o resto nos EUA, os valores mencionados estão excluídos de impostos. No caso de Boston, o sales tax (uma espécie de IVA) ronda os 6,25%, variando de acordo com o município e natureza do serviço.
Ao contrário da esmagadora maioria dos países, os EUA são uma das poucas nações onde a compra de um cartão eSIM pode fazer sentido do ponto de vista orçamental. Atendendo ao facto de que as opções de 5GB e 10GB são claramente inflacionadas, e que provavelmente não precisarás de um cartão de dados móveis ilimitados nem de minutos/SMS para números americanos, poderás poupar tempo e dinheiro optando pela alternativa digital.
Eis algumas das diferentes opções oferecidas pela Airalo para eSIM’s:
*preços finais, impostos já incluídos
Se tens dúvidas relativamente ao processo de compra e activação de um cartão sim digital, então recomendamos que dês uma vista de olhos no nosso artigo sobre o tema.
Tendo como moeda oficial o Dólar Americano (USD – $), qualquer levantamento que faças em Boston recorrendo a um cartão português, incorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.
Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut ou o N26.
No caso do primeiro, permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido.
De salientar também que em Boston, os pagamentos eletrónicos são a norma e é cada vez mais rara a necessidade de levantar dinheiro. Ainda assim, e caso precises de o fazer, praticamente todos os bancos cobram uma taxa por utilização de cartão estrangeiro, podendo essa fee oscilar entre 1$ e uns ridículos 7$, por levantamento. Assim sendo, tenta levantar a maior quantidade possível de cada vez, de forma a evitares levantamentos desnecessários e respectivas taxas adicionais.
Por outro lado, se preferires levar algum dinheiro, recomendamos que faças o câmbio para dólares ainda em Portugal. Atendendo ao elevado fluxo da moeda, os rácios oferecidos pelas casas de câmbio não costumam andar assim longe do valor de mercado (comparativamente a outras moedas). Para além disso, tendo em conta a prominência do dólar, podes até contactar o teu banco e questionar acerca da possibilidade de efectuares o câmbio com eles. Nestes casos, o rácio costuma ser ainda mais próximo do verificado nos mercados internacionais.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
No cômputo geral, Boston pode ser considerado um destino seguro. Aliás, de acordo com o relatório de 2023 da plataforma Moneygeek, que tem por base as estatísticas criminais divulgadas pelo FBI, Boston é a 10ª mais segura de todas as grandes cidades dos EUA (acima de 300.000 habitantes), à frente de destinos como São Francisco, Arlington ou Austin.
Apesar dos índices de criminalidade serem ligeiramente superiores à média nacional, a esmagadora maioria destas ocorrências tem lugar em distritos/quarteirões inacessíveis a turistas. Enquanto visitante, é provável que te fiques pelas zonas mais centrais e turísticas da cidade, onde a segurança é reforçada e a probabilidade de te deparares com quaisquer problemas é diminuta. Para além disso, Boston é uma cidade relativamente pacata, fazendo com que seja seguro percorrer a maioria das zonas depois do sol se pôr.
Aqui, como em todo o lado, é necessário manter o olho bem aberto e estar atento a potenciais golpadas e esquemas. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo!
Sem surpresa, Boston é uma cidade globalmente cara. Já o era antes da pandemia, mas os últimos anos elevaram as coisas a níveis próximos do insustentável. Isto é especialmente verdade no que toca ao alojamento, uma vez que a oferta parece ser manifestamente insuficiente face aos 19 milhões de visitantes anuais. Como resultado, não estranhes se os quartos centrais mais básicos a poderem facilmente chegar aos 150€/noite, com standards de limpeza e serviço relativamente baixos.
Posto isto, e se estás a priorizar a busca de um sítio para dormir, deixamos-te abaixo uma lista de sugestões para cada distrito e categoria de classificação no nosso guia de viagem de Boston:
Nota: Se usares os links acima para fazer as reservas do teu alojamento, estás-nos a dar uma ajuda preciosa sem pagar mais por isso 🙂
A melhor forma de viajar entre o Aeroporto Logan e o centro de Boston passa por utilizar o autocarro shuttle SL1 da Silver Line (Linha Prata). Este autocarro é totalmente gratuito, ligando o aeroporto à South Station, na baixa, em apenas 20 minutos. O veículo parte em intervalos de 10 a 15 minutos, com a linha a operar entre as 05h30 e as 00h30. Chegado à South Station, podes depois fazer uma transferência gratuita para o sistema de metro local, caso queiras deslocar-te a outra zona da cidade. Por fim, tem em atenção que o autocarro é apenas gratuito no sentido Aeroporto-Centro. Se quiseres fazer a viagem na direcção oposta, terás que pagar o valor do bilhete regular (2,40$).
Como alternativa podes também recorrer ao sistema de metropolitano (subway), embora a estação de metro do aeroporto fique a uma distância considerável dos terminais. Posto isto, podes apanhar um dos shuttles gratuitos das linhas 22, 33, 55 ou 66, que transportam passageiros até à estação de metro Airport, onde podes depois comprar um bilhete normal por 2,40$ e chegar ao centro através da Linha Azul (saindo nas estações Aquarium, State ou Government Center).
Por fim, caso aterres em Boston de Madrugada e não possas recorrer a qualquer das opções listadas acima, resta-te o bom, velho táxi. No entanto, pela viagem de apenas 5km até à baixa, conta pagar cerca de 20$-25$.
Uma vez que Boston é uma das cidades mais antigas do país, o planeamento original não foi feito de acordo no tradicional estilo “grid” encontrado noutras cidades norte-americanas, tão útil e prático ao trânsito automóvel. Como resultado, não só a cidade é bem mais fácil de percorrer a pé que as suas congéneres do país, como o estilo obrigou ao desenvolvimento de uma rede de transportes públicos mais abrangente que o habitual (mesmo que com muitos problemas estruturais).
Assim sendo, para quem visita Boston, é possível recorrer aos seus sistemas de metropolitano/subway (também conhecido como “T”), autocarros, comboios urbanos e até ferries, todos sob a gestão centralizada da MBTA (Massachusetts Bay Transportation Authority). No entanto, para a generalidade dos turistas, o sistema subway é, de longe, o mais utilizado.
Composto por mais 150 estações e 6 linhas, o subway de Boston tem a particularidade integrar no mesmo sistema três tipos distintos de transporte. Afinal, das 6 linhas, apenas 3 são efectivamente servidas por metros, sendo as restantes três divididas entre 2 linhas de tram/eléctrico (linha Verde e linha Ashmont–Mattapan) e 1 linha de BRT/Autocarro de Trânsito Rápido (Linha Prata). Apesar disso, fazem todas parte do MBTA Subway. Como fun fact, a Linha Verde do sistema é considerada a mais antiga de todos os EUA ainda em operação, com veículos pitorescos da velha guarda a condizer com este título.
Embora os horários de operação variem de acordo com a linha, a generalidade das rotas funciona entre as 05h00 e as 00h30.
Para poderes utilizar o sistema de subway, terás que obter um CharlieTicket, um bilhete em papel, reutilizável, que poderás depois carregar com o número de viagens que desejes. Em contrapartida, os locais costumam optar pelo CharlieCard, um cartão plástico que carregam com um montante em dinheiro, que vai depois sendo descontado a cada utilização. Como alternativa, e apenas em autocarros de trânsito rápido e eléctricos de superfície, podes simplesmente comprar o teu bilhete em numerário. Quanto a preços, são todos iguais, independentemente do formato do teu bilhete, com um título único de viagem a custar 2,40$, e sendo válido para uma transferência gratuita (no âmbito da mesma viagem) num prazo máximo de 2 horas.
No entanto, se contas utilizar o subway de forma muito recorrente, então poderá valer a pena analisar as ofertas diárias e multi-diárias da plataforma:
Todos os bilhetes, cartões e passes podem ser adquiridos nas máquinas automáticas das estações.
Em Boston, podes optar por explorar a baixa e o Freedom Trail com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Boston, o valor mínimo aceitável deverá rondar os 7$.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Boston:
Com 3 dias completos em Boston, terás tempo suficiente para visitar os principais pontos turísticos da cidade, restando ainda algum espaço de manobra para alguns desvios mais criativos.
Assim, e até para dar alguma piada à coisa, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Boston:
Biblioteca Pública de Boston: Uma das bibliotecas mais históricas da nação norte-americana, com uns interiores dignos de um qualquer palácio situado no outro lado do Atlântico. Como em qualquer instituição pública, a entrada é gratuita.
Acorn Street: O cantinho mais pitoresco de Beacon Hill. Embora sejam muitos os que visitam este quarteirão clássico, curiosamente à conta das fotos deste local, a verdade é que é bastante fácil terminar o teu périplo sem dares com a Acorn Street.
Navios e Museu do Boston Tea Party: Considerado o rastilho que acabou por atiçar a Guerra Revolucionária Americana, um grupo de Boston tornou-se lendário por atirar um carregamento inteiro de chá ao mar, em protesto contra as taxas impostas pela Coroa Britânica. Este conjunto de navios-réplica procura recriar a ocasião através de uma experiência animada, completa com cenários e actores. Uma forma interactiva de descobrir mais sobre a história dos EUA.
Boston Athenaeum: Escondida no 5º piso de um edifício clássico da Downtown de Boston, o Atheneaum é uma magnífica biblioteca privada, e um dos locais mais instagramáveis de toda a cidade. Um tour guiado pelas instalações tem o custo de 15,00$.
Plataforma Observatória do Independence Wharf: Embora Boston não tenha as instalações nem a cultura dos miradouros de NYC, o Observation Deck do Independence Wharf, num modesto 14º piso, apresenta uma das melhores vistas sobre a cidade, com uma panorâmica fabulosa sobre a zona portuária. Para além disso, o acesso é gratuito!
Conforme referido acima, 3 dias é um período de tempo razoável para explorar o melhor de Boston. 72 horas permitir-te-ão percorrer o fabuloso Freedom Trail – a principal actividade turística da cidade – explorar os distritos antigos e clássicos de Back Bay e Beacon Hill, e ainda fazer a visitinha da praxe ao campus e museus da lendária Universidade de Harvard. Apertado – mas perfeitamente possível!
Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Boston em 4 dias:
Para o começo da tua aventura em Boston, nada melhor que percorrer o caminho que colocou a cidade nos livros de história e nos mapas turísticos: o Freedom Trail! Atravessando toda a Downtown (a baixa/centro), o trilho conduzir-te-á por mais de uma dezena de locais históricos, todos eles ligados à Revolução Americana e consequente independência daquela que viria a tornar-se a nação mais poderosa do mundo! É um percurso com uma componente histórica muito forte, mas mesmo para quem não tenha particular interesse pela temática, estes 5 km atravessam algumas das zonas mais bonitas e antigas de Boston, e é “A” actividade a não perder na capital do Massachussets.
Assim sendo, o caminho terá início na State House, a belíssima sede do governo do estado, antes de parares na Park Street Church, uma das igrejas mais antigas da cidade e, em tempos idos, o edifício mais alto da América (até custa a acreditar). Nas imediações da igreja, poderás visitar a King’s Chapel e o Granary Burying Ground, um cemitério antiquíssimo onde foram enterrados alguns dos mais prominentes revolucionários da época, como Paul Revere e as vítimas do infame Massacre de Boston, e vários signatários da Declaração da Independência dos EUA, como John Hancock ou Samuel Adams. Segue-se uma passagem rápida pela Boston Latin School, a escola pública mais antiga dos EUA – onde estudou um tal de Benjamin Franklin – e pela Old South Meeting House (15,00$, bilhete também válido para a Old State House) uma antiga igreja onde foi planeada a Boston Tea Party, a rebelião que acabaria por servir de rastilho a toda à guerra pela independência da antiga colónia Britânica. No fundo da rua, encontrarás então a Old State House (15,00$, bilhete também válido para a Old South Meeting House), não só o edifício público mais antigo da cidade, como o emblemático local onde teve lugar o Massacre de Boston, quando um grupo de soldados britânicos disparou sobre uma multidão de manifestantes, matando 5 pessoas. A par da Tea Party, o massacre é outro dos eventos mais marcantes do período pré-revolucionário.
Possivelmente o local mais importante do trilho, a próxima paragem tem lugar no Faneuil Hall, um portentoso edifício onde foram feitos os primeiros discursos pró-independência e os protestos iniciais contra a política de taxação britânica. Para além disso, já depois da independência, foi este o palco da primeira “Town Meeting” (reunião de cidadãos) de sempre em território dos EUA, valendo ao Faneuil Hall o epíteto de “Casa da Liberdade de Expressão”. Ironicamente, o nome do edifício honra Peter Faneuil, o homem que patrocinou a sua construção e o doou à cidade… com dinheiro obtido através do seu negócio de tráfico de escravos pelo Atlântico! Enfim, as áreas cinzentas da história. Daqui, sairás progressivamente da baixa rumo à zona portuária de Charlestown, mas não sem antes passar na Casa de Paul Revere (6,00$) a estrutura mais antiga de toda a cidade e o local onde viveu um dos mais famosos revolucionários americanos, e na Old North Church, em cuja torre sineira foram penduradas as lamparinas, como sinal de alerta, que permitiram ao exército revolucionário conhecer as posições britânicas e ganhar vantagem nas primeiras batalhas do conflito. Para fechar um dia bastante movimentado, e já nas margens do Boston Harbor, vais embarcar na USS Constitution, uma fragata naval convertida num museu e que esteve envolvida nos confrontos com a marinha britânica, fazendo deste o navio de guerra em funcionamento mais antigo do planeta; antes de subires ao Bunker Hill Monument, um obelisco erigido no local onde teve lugar a primeira grande batalha da Revolução Americana. Para além disso, a vista sobre Boston é fenomenal!
Resumo do 1º dia:
Depois de um primeiro dia bastante focado na história da cidade e do país, segue-se uma etapa bem mais relaxada, com passeios tranquilos por alguns dos espaços e quarteirões mais agradáveis de Boston. Assim, nada melhor que começar no Boston Common, o parque público mais antigo dos EUA e principal área verde da cidade. Na realidade, este gigantesco parque é uma espécie de 2-em-1, uma vez que é também formado pelo Public Garden, um espaço adjacente com montes de monumentos e estátuas, e um lago onde podes alugar os Swan Boats, umas “gaivotas” que se tornaram um clássico de Boston. A norte do parque, recomendamos igualmente que dês um passeio pelo quarteirão de Beacon Hill, um dos bairros mais bonitos da cidade, tradicionalmente habitado pelas famílias locais mais endinheiradas. Para encontrares o cantinho mais pitoresco de Beacon Hill, procura pela Acorn Street. Embora sejam muitos os que visitam o bairro clássico, curiosamente à conta das fotos deste local, a verdade é que é bastante fácil terminar o teu périplo sem dares com esta instagramável viela.
Seguindo para oeste, é então tempo de explorar o distrito de Back Bay, que, com a sua arquitectura antiga e espaços pedonais, chega a fazer lembrar uma cidade europeia. Curiosamente, esta zona da cidade é bastante mais moderna que as restantes, tendo sido construída de raiz apenas no século XIX. Há muito para ver e explorar em Back Bay, com destaque para a Copley Square, a praça que se encontra cercada pela Trinity Church e pela Biblioteca Pública de Boston (cujos interiores são dignos de um qualquer palácio situado no outro lado do Atlântico), e para a Newbury Street, a principal rua do quarteirão. A partir daqui, tens duas hipóteses para dar o teu dia por fechado. Por um lado, não posso deixar de recomendar a visita ao Museu de Belas Artes de Boston (27,00$), uma das instituições mais ricas dos EUA, e que alberga obras de Monet, Degas ou Renoir, lado-a-lado com artefactos do Antigo Egipto e esculturas orientais. Por outro, se a arte não te diz grande coisa e és mais do tipo desportivo, então vale a pena fazer um tour do lendário Fenway Park (25,00$ pelo tour), a casa dos Boston Red Sox. Embora o basebol esteja longe de ser popular no nosso país, este é, possivelmente, o franchise mais icónico da história deste desporto. Um Real Madrid dos tacos e luvas! Se quiseres fazer all-in nesta experiência, então pode valer a pena dar uma vista de olhos nos bilhetes disponíveis para um jogo oficial!
Resumo do 2º dia:
Finalmente, chegados ao teu último dia em Boston, é tempo de sair das zonas centrais da cidade e explorar alguns subúrbios, com destaque para uma das instituições educativas mais famosas do mundo. É verdade, hoje passarás a manhã na Universidade de Harvard! Tendo como epicentro a famosa Harvard Square e o sempre-movimentado Harvard Yard, ponto-de-encontro da gigantesca comunidade estudantil, podes passar pelo Centro de Visitantes e solicitar uma visita guiada gratuita, que será feita por um estudante da instituição. Para além do campus, da história e dos incontáveis edifícios clássicos e igrejas, Harvard alberga também um conjunto bastante interessante de museus, com destaque para os Harvard Art Museums (gratuitos) e para o Museu de História Natural de Harvard (4 exibições diferentes – 15,00$), bem como para a pitoresca Harvard Bookstore, uma das livrarias privadas mais bonitas da East Coast. Já dos vários halls do campus, não deixes de espreitar a Biblioteca Widener e o Memorial Hall, dentro do qual podes encontrar o atmosférico Sanders Theater e o espectacular Annenberg Hall, provavelmente o refeitório mais bonito do mundo. Finalmente, e porque esta é uma zona de estudantes, aproveita para almoçar pelas imediações já que os preços tendem a ser mais simpáticos que na Downtown.
Já de regresso a Boston, segue-se uma visita aos Navios e Museu do Boston Tea Party (35,00$). Considerado o rastilho que acabou por atiçar a Guerra Revolucionária Americana, um grupo de Boston tornou-se lendário por atirar um carregamento inteiro de chá ao mar, em protesto contra as taxas impostas pela Coroa Britânica. Este conjunto de navios-réplica procura recriar a ocasião através de uma experiência animada, completa com cenários e actores. Uma forma interactiva de descobrir mais sobre a história dos EUA, especialmente se estiveres a viajar com crianças. Se quiseres passar à frente o museu, podes seguir directamente para a Plataforma Observatória do Independence Wharf. Embora Boston não tenha as instalações nem a cultura dos miradouros de NYC, o Observation Deck do Independence Wharf, num modesto 14º piso, apresenta uma das melhores vistas sobre a cidade, com uma panorâmica fabulosa sobre a zona portuária. Para além disso, o acesso é gratuito! Finalmente, e para marcar a despedida da cidade, nada melhor que percorrer a cénica HarborWalk, um percurso pedestre marcado ao longo das margens da baía de Boston. O local ideal para um último pôr-do-sol sobre a “Atenas da América”.
Resumo do 3º dia:
Salém: Localidade conhecida pelos tenebrosos Julgamento das Bruxas de Salém, esta cidade portuária já foi uma das mais ricas dos EUA. Hoje em dia, resta a arquitectura antiga e as inúmeras casas-museu como memórias desses tempos prósperos. E sim, claro que não faltam locais emblemáticos relacionados com as malfadadas “feiticeiras”.
Newport: Situada no estado vizinho de Rhode Island, a cidade de Newport costumava ser um autêntico recreio para os milionários da época, que não pouparam esforços em competir para ver quem construía a mansão mais opulenta. Como resultado, Newport está hoje repleta de autênticos palácios, com vistas fabulosas sobre as praias rochosas e as margens do Atlântico.
Plymouth: Considerado o primeiro povoado permanente a ser estabelecido na região de New England, os Museus Plimoth Patuxet, situados em Plymouth, procuram recriar a vila inglesa originalmente criada em 1620, e o contraste com a recriação de uma vila nativa-americana da época.
Cape Cod: Provavelmente o destino de verão mais popular entre a população de Boston, a península de Cape Cod está repleta de praias extensas e bons locais para relaxar, com a bela localidade de Provincetown à cabeça. Se tiveres tempo, é também recomendável apanhar o ferry para Nantucket ou para a ilha de Martha’s Vineyard.
Portland: Finalmente, fechamos com Portland, a maior cidade do estado do Maine. Aproveita os ares do mar, percorre as ruas pitorescas do Old Port e visita a Victoria Mansion. No entanto, faças o que fizeres, não deixes de provar o marisco e a lagosta locais, ou não fosse Portland um verdadeiro destino de sonho para os foodies.
Para contratar o teu seguro de viagem recomendamos a Heymondo, que tem aquela que é, para nós, a melhor gama de seguros da atualidade, com uma relação qualidade-preço imbatível, e que inclui também cobertura para os teus equipamentos eletrónicos.
Se reservares connosco, através deste link, tens 5% de desconto no teu seguro e, ao mesmo tempo, dás-nos uma ajuda preciosa 🙂
Aconselhamos a marcar a tua consulta na Consulta do Viajante Online. Segue esta ligação para obter 3€ de desconto.
Reserva já os teus tours ou atividades no Viator, do grupo Tripadvisor! E ao fazê-lo estás-nos a dar uma grande ajuda 🙂