Guia de viagem de Dublin que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroporto e cidade, bem como um roteiro completo de 72 horas. O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Dublin em 3 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos, incluindo uma day trip aos famosos Cliffs of Moher.
Capital irlandesa, a sempre animada cidade de Dublin nem parece o bastião principal de um país que sempre andou na corda bamba entre a luta pela independência, o saudosismo da emigração maciça e a tragédia. Se algumas metrópoles entristecer-se-iam com uma história tão dura, os Irlandeses (e em especial os Dubliners) sempre foram mestres no que toca a encontrar o humor, a música e a arte nos tempos mais sombrios.
Seja na movimentação do Temple Bar, nos artistas de rua da Grafton Street, na irreverência dos jovens da Trinity College ou até na calmaria de St. Stephens Green, o espírito “Irish” está sempre bem representado, fazendo da Irlanda um dos países mais simpáticos e hospitaleiros da Europa (valha-nos isso para compensar os preços absolutamente absurdos).
Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Dublin e descobrir o que de melhor a capital irlandesa tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, transportes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 3 dias com tudo o que deves ver e fazer em Dublin.
Sem surpresa, tratando-se da capital, Dublin é servida pelo maior aeródromo da Irlanda: o Aeroporto Internacional de Dublin.
Partindo de Portugal, é possível voar directamente para Dublin a partir de Lisboa (Aer Lingus, TAP e Ryanair), Porto (Ryanair), Faro (Aer Lingus e Ryanair) e Funchal (Ryanair). Alternativamente, e tratando-se de um país relativamente pequeno, podes ainda optar por voar para outra cidade irlandesa e depois completar o trajecto até Dublin de comboio ou autocarro. Nesse caso, tens como possibilidade o aeroporto de Shannon (Porto – Ryanair).
Apesar do seu estatuto de principal cidade irlandesa, Dublin é relativamente pequena quando comparada a outras grandes capitais europeias. Posto isto, com um fim-de-semana prolongado de 3 dias já é perfeitamente possível desfrutar do que de melhor Dublin tem para oferecer, incluindo ainda uma visita expresso aos Cliffs of Moher.
Por outro lado, quanto mais day trips ou excursões acrescentares, com destaque para os outros desvios clássicos a Cork, Galway, Glendalough, ao Parque Nacional Killarney ou ao Castelo de Blarney, maior a necessidade de prolongares o roteiro.
Sendo parte das chamadas Ilhas Britânicas (embora não faça parte da Grã-Bretanha), e mesmo com a proximidade do mar a dar azo a um clima mais temperado e com menos extremos, ditam as regras que a melhor altura para visitar Dublin coincida com o final da Primavera, Verão e início de Outono, com o período compreendido entre os meses de Maio e Setembro a ser o mais apetecível. No entanto, e à boa maneira do vizinho britânico, é sempre boa ideia estar acompanhado de um guarda-chuva, já que os aguaceiros são bastante comuns em qualquer altura do ano.
Em contrapartida, deverás então optar pela chamada shoulder-season, correspondente aos restantes meses de Primavera e Outono, quando as temperaturas tendem a ser mais equilibradas e o número de turistas (bem como os preços) ligeiramente mais baixos.
Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Dublin.
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Dublin esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Uma vez que a Irlanda faz parte da Zona Euro, o conjunto de países onde é utilizada a moeda única, poderás utilizar o teu cartão de crédito/débito português para fazer levantamentos e pagamentos no destino sem que te seja cobrada qualquer taxa de conversão.
Assim sendo, terás apenas que ter em atenção potenciais taxas cobradas pelo banco emissor da própria caixa automática onde fizeres o levantamento. Contudo, e sempre que haja lugar ao pagamento de qualquer comissão deste tipo, essa informação é descortinada antes de confirmares o levantamento, o que significa que podes sempre cancelá-lo e procurar outra caixa. Tem especial atenção às caixas da Euronet, que cobram uma comissão fixa por levantamento com cartão estrangeiro.
Por outro lado, se precisas de ajuda a manter o orçamento de viagem sob controlo, recomendamos neste guia de viagem de Dublin a utilização do cartão Revolut. Ainda que neste país não possas usufruir da principal vantagem deste produto – levantamentos em moeda estrangeira sem taxas de conversão – continua ainda assim a ser uma ferramenta útil.
Através da aplicação do banco online, terás acesso imediato a todos os gastos e ao saldo da tua conta, monitorizando assim os teus gastos diários. Para além disso, poderás carregar o cartão apenas com o valor que esperas gastar (por dia ou na viagem), evitando assim que gastes mais do que aquilo que esperavas e limitando também o valor que podes perder em caso de roubo ou fraude.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
No cômputo geral, a Irlanda é um destino extremamente seguro para visitantes, e Dublin não é excepção (apesar de ter os maiores índices de criminalidade do país).
No entanto, é à vontade, mas não à vontadinha! Por mais segura que uma cidade seja, nunca deixes de parte o senso comum. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. Apesar do crescimento económico irlandês a nível estatístico, a verdade é que o encarecimento da cidade levou a que muitos residentes de Dublin continuem a viver abaixo do limiar de pobreza, pelo que é sempre boa ideia manter os olhos bem abertos e evitar grandes demonstrações de riqueza. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo!
Dada a proliferação de bares e a forte associação da cidade à cerveja e a outras bebidas alcoólicas, muitos turistas fazem questão de visitar alguns pubs. Naturalmente, os locais de diversão nocturna e onde o consumo de álcool seja uma constante acabam sempre por ser mais susceptíveis a pequenas confusões que podem facilmente escalar. O conselho não podia ser mais simples: bebe com moderação e evitar meter-te em confusões, discussões ou rixas. Por fim, e já que falamos de pubs, uma nota final relativamente à zona de Temple Bar, considerada a mais pitoresca de Dublin. Apesar do gigantesco número de bares, da música tradicional irlandesa e da aura de autenticidade, este é na realidade o quarteirão mais turístico e gentrificado de todos, com os pubs a cobrarem preços absolutamente ultrajantes. Um bom sítio para uma caminhada, péssimo para uma bebida.
Sem surpresa, Dublin é uma cidade onde o alojamento levará uma porção substancial do teu orçamento de viagem. Se a Irlanda teve um crescimento económico sem precedentes ao longo dos últimos 15 anos, a verdade é que a extrema liberalização da economia conduziu também a uma gigantesca crise de habitação em Dublin, que é agora a cidade europeia onde é mais caro arrendar casa. Naturalmente, isso traduz-se também em preços extremamente altos de alojamento para turistas, com a tarifa nocturna a poder chegar facilmente aos €200 por qualquer quarto no centro da cidade em época alta. O mesmo se aplica a restaurantes, transportes ou actividades, pelo que conseguir visitar Dublin durante vários dias com um orçamento baixo é uma missão verdadeiramente hercúlea.
Seja como for, se estás a priorizar a busca de um sítio para dormir na cidade, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem de Dublin:
Chegado a Dublin, a melhor forma de viajar entre o aeroporto e o centro da cidade passa por recorrer à rede local de autocarros. Aqui, podes escolher entre as linhas 16 e 41, já que ambas passam no centro da cidade e partem da mesma plataforma rodoviária situada junto ao terminal de chegadas. Felizmente, estas rotas operam em regime de 24/7, com tempos de espera que podem variar entre os 15 e os 30 minutos, consoante a altura do dia. O trajecto demorará cerca de 45 a 50 minutos. Quanto a bilhetes, podem ser comprados directamente ao motorista por €3,10. No entanto, tem em atenção que não terás troco, pelo que deves levar a quantia certa. Como alternativa, podes adquirir um TFI Leap Card (não confundir com o Leap Visitor Card, de viagens ilimitadas) nos gabinetes de transportes públicos do aeroporto e carregá-lo com o valor da viagem. Nesse caso, a tarifa passa a €2 e só precisas de validar o cartão no interior do autocarro.
Como alternativa, podes optar pelos shuttles da Dublin Express ou da Aircoach. Estes serviços operam também non-stop, com um novo veículo a sair a cada 10/15 minutos. Existem várias paragens ao longo das rotas, pelo que é só escolheres onde pretendes ser deixado entre as opções disponíveis quando reservares a tua viagem (caso fiques confuso, uma boa opção central é a O’Connell Street). A duração não varia muito em relação aos autocarros, tomando os mesmos 50 minutos (média). Quanto a bilhetes, podem ser adquiridos nos sites oficiais das empresas, com o preço a variar entre os €8,00 e os €10,00.
Embora a cidade de Dublin tenha uma rede de transportes bastante eficiente e diversificada – composta por comboios suburbanos, eléctricos, autocarros e até ferries – a verdade é que o centro da cidade é perfeito para percorrer a pé, fruto da proximidade das suas principais atracções turísticas.
Posto isto, e especialmente se ficares alojado fora da baixa, o meio de transporte que poderá ser mais útil para quem visita Dublin é o eléctrico/tram, pelo que achámos por bem fazer um apanhado mais detalhado deste meio de transporte.
Composto por 2 linhas e 67 paragens distintas, a rede de eléctricos da capital irlandesa (conhecida como “Luas”) é um bom apoio para quem queira explorar as zonas centrais de Dublin. Embora dificilmente precises de usar o tram (ou qualquer outro transporte público) se ficares alojado na baixa, este meio pode ser bastante útil se o teu hotel estiver situado na periferia, já que as duas linhas se estendem ao norte, sul e sudoeste da cidade. Para além disso, o sistema está integrado no Google Maps, permitindo-te saber onde e qual eléctrico apanhar em tempo-real.
Relativamente a horários, o tram opera diariamente entre as 05h30 e a 00h30, com tempos de espera que variam entre os 4 e os 10 minutos.
No que toca a bilhetes, a nossa recomendação é que tires um TFI Leap Card, um cartão recarregável que podes usar em todos os transportes públicos de Dublin. Significa isto que podes carregar o teu cartão com o montante que te aprouver, sendo o saldo automaticamente descontado no final de cada viagem (necessário validar sempre à entrada e à saída). Este cartão pode ser comprado no aeroporto à chegada, online ou num dos vários pontos de venda espalhados pela cidade. Embora seja gratuito, deves deixar um depósito de €5,00, que será devolvido quando retornares o cartão no final da viagem. Ao utilizares este cartão, terás sempre acesso a um desconto de 31% face à compra de bilhetes individuais. As tarifas actuais dependerão ainda da distância percorrida. Se a distância entre duas paragens for inferior a 3 km, aplica-se a chamada “Short Fare”, que será de €1,50 com o Leap Card. Se ultrapassar este limite, o preço (“TFI 90 Minute Fare”) passa a €2,00. Sempre que precises de carregar o teu cartão, podes fazê-lo nas máquinas automáticas instaladas em cada estação de eléctrico, ou através da app Leap Top-up. Vale ainda a pena referir que o teu cartão terá um limite diário de gastos (cap) a partir do qual todas as viagens serão gratuitas. Se utilizares exclusivamente o eléctrico, esse cap diário é de €5,60 (ou €22,00 por semana). Se usufruíres de outros meios de transporte, então esse limite diário sobe para €8,00 (ou €32,00/semana).
Finalmente, se contas utilizar os transportes públicos de forma muito recorrente, então poderá valer a pena comprar um Leap Visitor Card e desfrutar das ofertas diárias e multi-diárias. No entanto, tendo em conta que o preço é exactamente igual ao cap diário do Leap card “normal” para quem utilize tram, comboios e autocarros, só vale mesmo a pena se não te quiseres chatear com carregamentos. De qualquer maneira, aqui estão os preços do Leap Visitor Card, dependendo do período de validade escolhido:
Em Dublin podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Dublin, o valor mínimo aceitável deverá rondar os €10,00.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Dublin:
Tendo em conta a cultura de pub da cidade, somos obrigados a abrir um pequeno segmento para destacar os melhores bares de Dublin. Seja pela história, ambiente, preços ou decoração, estes são alguns dos pubs da capital irlandesa que não quererás perder:
Apesar de ser a capital do país, com 3 dias em Dublin já é possível ficares a conhecer as principais atracções da cidade, sobrando ainda tempo para uma day trip até aos Cliffs of Moher. Posto isto, e se estiveres na disposição de fazer alguns desvios que nunca te afastarão em demasia da rota programada para cada dia, poderás ser surpreendido com algumas atracções secundárias dignas de registo.
Como tal, para tornar a tua experiência ainda mais rica, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Dublin:
Marsh’s Library: Considerada a biblioteca pública mais antiga da Irlanda, poucos sabem da existência deste tesourinho, uma alternativa (ou complemento) às bem mais populares Chester Beatty Library e Biblioteca do Trinity College. Um local encantador, com um agradável jardim privado a acompanhar!
Castelo Malahide: Situados a uns 30 minutos de comboio suburbano (DART) do centro de Dublin, este castelo do século XII – e os seus jardins – são uma opção bem mais autêntica e menos turística às confusões do Castelo Blarney. Para além disso, a localização é bem mais próxima!
Farol de Poolbeg: Ligado ao restante território da cidade através da uma estreitíssima península artificial, a única forma de chegar ao farol passa por percorrer um caminho de quase 2 km sobre o mar, a que as autoridades locais chamaram de Great South Wall. Num dia de sol (também existem em Dublin!) esta caminhada é considerada uma das mais agradáveis da cidade.
Igreja de Saint Michan: Embora por fora pareça apenas mais uma igreja antiga, o interior esconde um segredo extraordinário. Descendo à cripta, encontrarás várias múmias que ali foram colocadas dentro de caixões de madeira. No entanto, e de forma algo surpreendente, o ambiente na cripta fez com que os corpos ficassem especialmente bem preservados, com a madeira a apodrecer bem antes dos cadáveres, deixando-os expostos.
Como referimos acima, 3 dias é tempo mais que suficiente para explorar o que de melhor Dublin tem para oferecer. Assim, e com 72 horas completas, poderás apreciar dar um passeio pelo famoso distrito de Temple Bar, explorar o legado da Trinity College, relaxar no St Stephen’s Green, visitar a horripilante prisão de Kilmainham Gaol e ainda beber umas jolas na Guinness Storehouse. Aliás, se planeares tudo com cuidado e estiveres na disposição de deixar um ou outro museu de fora, podes até tirar o último dia do roteiro para a day trip da praxe até aos dramáticos Cliffs of Moher!
Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Dublin em 3 dias:
Embora esteja dividido em dois pelo Rio Liffey, a esmagadora maioria das atracções do centro histórico de Dublin pode ser encontrado na margem sul, pelo que o teu primeiro dia em terras irlandesas será passado por estas bandas. A título de exemplo, é aqui que visitarás o famoso distrito de Temple Bar, considerado o maior símbolo de toda a cidade. Muitas vezes confundido com o icónico bar homónimo de portadas vermelhas que aparece em praticamente todas as pesquisas turísticas da capital Irlandesa, este bairro típico (embora extremamente gentrificado) é muito mais do que isso! Considerado o quarteirão cultural e boémio da cidade, é o centro turístico de Dublin por excelência, sendo que nenhuma passagem pela cidade está completa sem pelo menos um passeio pelas suas ruas clássicas e animadas que escondem dezenas de bares, lojas vintage, galerias de arte e até mercados de rua.
De resto, é por estas bandas que poderás visitar a Catedral de Saint Patrick ou a Catedral de Christ Church, os dois principais edifícios religiosos de Dublin. Nas traseiras da primeira, aproveita ainda para dar um saltinho à Marsh’s Library (€7,00) Considerada a biblioteca pública mais antiga da Irlanda, poucos sabem da existência deste tesourinho, uma alternativa (ou complemento) às bem mais populares Chester Beatty Library e Biblioteca do Trinity College. Um local encantador, com um agradável jardim privado a acompanhar!
Depois de vistas estas atracções, segue-se a visita ao Castelo de Dublin (€8,00), uma antiga fortificação defensiva que, na sua forma actual, serviu de sede do governo durante os longos anos de administração britânica. Embora precises de pagar para visitar algumas salas e halls, explorar o recinto e entrar na já mencionada Chester Beatty Library é totalmente gratuito.
Ainda no Temple Bar, é absolutamente obrigatório percorrer a famosa Grafton Street. Considerada uma das principais artérias comerciais de Dublin, é também uma das avenidas mais caras do mundo – isto numa cidade onde os valores das rendas são já um completo absurdo. No entanto, para lá do apelo comercial e dos edifícios cuidados, a Grafton Street é considerada uma autêntica Meca para artistas de rua. Aliás, a sua popularidade é de tal forma amplificada que quem quiser actuar de forma espontânea nesta rua precisa de uma licença anual e tem que cumprir determinadas regras (por exemplo, o período máximo diário de actuação não pode exceder 1 hora). Como resultado desta fama, artistas locais consagrados já actuaram em tempos na Grafton Street, com destaque para Damien Rice, Keywest e – o maior deles todos – Bono, dos U2!
No entanto, e a par da popularidade do distrito, nenhuma atracção turística de Dublin é maior que a lendária Trinity College, a universidade mais antiga da Irlanda. Aliás, é até considerada uma das sete universidades medievais de Reino Unido e Irlanda, uma honra que partilha com instituições internacionalmente reconhecidas, como Oxford ou Cambridge.
Assim, poderás esperar toda a pompa e circunstância tão típicas de qualquer uma destas universidades clássicas, com os seus edifícios antigos, pracetas pedonais ou ruas em calçada. E não é para menos! Afinal, estarás a percorrer os mesmos caminhos anteriormente trilhados por nomes como Oscar Wilde ou Bram Stoker.
Embora não seja grátis – bilhete de adulto custa desde €21.50 (Book of Kellis Experience) – recomendamos fortemente a visita ao Edifício da Antiga Biblioteca da Trinity, famosa por albergar a fabulosa Long Room. Este hall é um popular depositário que contém mais de 200.000 livros e uma das bibliotecas mais belas da Europa! Daí, vais percorrer a belíssima Kildare Street, com a sua arquitectura clássica e edifícios governamentais, entre os quais se destaca o ramo de Arqueologia do Museu Nacional da Irlanda. Bem à semelhança dos seus vizinhos britânicos, também as autoridades irlandesas estabeleceram esta fabulosa prática de não cobrar entrada em museus estatais. Isto significa que, um pouco por toda a cidade, irás descobrir vários ramos do Museu Nacional da Irlanda, actualmente dividido em 4 instituições. De entre todas as opções, recomendamos a secção dedicada à Arqueologia. Finalmente, e já com o dia a chegar ao fim, darás um passeio por St Stephen’s Green, o parque público mais concorrido de Dublin (embora não seja o maior), antes de encerrares esta etapa inaugural na Merrion Square, conhecida pelos seus inúmeros edifícios clássicos da Era Georgiana.
Resumo do 1º dia:
Depois de visitado o centro histórico de Dublin, é altura de te debruçares sobre alguns dos melhores museus e tesouros escondidos da cidade, quase todos situados na margem norte do Rio Liffey. Para isso, terás que cobrir uma distância bastante grande entre atracções (mais de 9 km), pelo que poderás optar por caminhar ou ir transitando entre pontos turísticos com recurso aos transportes públicos (mais informações acima, na devida secção). Embora possa não parecer o dia mais entusiasmante para quem não costume frequentar museus, a verdade é que as instituições culturais de Dublin são conhecidas por serem bastante interactivas e/ou terem um historial macabro, pelo que este será um dia fascinante. Posto isto, vais começar bem a norte no Cemitério de Glasnevin, que, por mais bizarro que possa parecer, é um verdadeiro símbolo histórico e cultural. Aberto desde 1832, e adornado com centenas de campas, jazigos e esculturas monumentais, serve de local de repouso a algumas das figuras mais conhecidas e proeminentes da sociedade civil, artística e desportiva irlandesa, como Alfred Chester Beatty, Christy Brown ou Billy Whelan. Daí, vais começar uma longa caminhada de regresso às margens do rio. Felizmente, a parte final do trajecto atravessa a famosa O’Connell Street, a avenida central mais popular deste lado do Liffey e onde podes fotografar alguma da arquitectura antiga mais bonita da capital irlandesa.
Pousado junto ao leito, é obrigatória a visita ao EPIC The Irish Emigration Museum (€18,00), um museu inaugurado em 2016 e dedicado à história da emigração irlandesa pelo mundo. De resto, este é um tema prevalente na história do país, já que ao longo de várias gerações os irlandeses saíram da sua terra em busca de uma melhor vida, ao ponto de, de acordo com as estimativas, existirem mais de 80 milhões de pessoas no mundo com ascendência irlandesa (a República da Irlanda e a Irlanda do Norte têm, em conjunto, 7 milhões de habitantes). De resto, junto ao museu podes também encontrar o Famine Memorial, um monumento de tributo aos que pereceram e emigraram durante a Grande Fome da Irlanda, um período de 7 anos que viu a população do país reduzir para metade. Rumando para oeste, a tua próxima paragem terá lugar na Igreja de Saint Michan (€7,00). Embora por fora pareça apenas mais uma igreja antiga, o interior esconde um segredo extraordinário. Descendo à cripta, encontrarás várias múmias que ali foram colocadas dentro de caixões de madeira. No entanto, e de forma algo surpreendente, o ambiente na cripta fez com que os corpos ficassem especialmente bem preservados, com a madeira a apodrecer bem antes dos cadáveres, deixando-os expostos.
Para algo bem mais leve, vais finalmente atravessar o rio de regresso à margem sul e fazer um tour pela Guinness Storehouse (desde €20,00). Para os mais distraídos, este armazém é o quartel-general da Guinness, uma das marcas de cerveja mais famosas e apreciadas do planeta, erigido precisamente no local onde o fundador abriu a sua primeira loja em 1759! Ao juntares-te a um tour standard, vais poder entrar nas salas de prova da cerveja, descobrir mais acerca do processo de fabrico e ainda terminar com a subida ao Gravity Bar, onde desfrutarás da vista com uma Guinness (incluída) directamente da “fonte”! Finalmente, e para a despedida de Dublin (já que amanhã passarás o dia inteiro numa day trip), o teu itinerário chegará ao fim na tenebrosa Kilmainham Gaol (€8,00). Considerada um dos grandes símbolos na libertação irlandesa, esta antiga prisão era onde os mais fervorosos apoiantes da independência do país eram mantidos em cativeiro pelos Ingleses, passando por todo o tipo de tratamento desumano antes da (muitas vezes) inevitável execução. Com o espaço convertido num Monumento Nacional, a visita é dura e com detalhes sórdidos, mas é uma experiência essencial para perceber mais um capítulo duro da história nem sempre cor-de-rosa da República da Irlanda.
Resumo do 2º dia:
Embora existam day trips bem mais fáceis, rápidas e acessíveis a partir de Dublin, não há como negar o encanto dos Cliffs of Moher, para muitos a grande atracção de toda a Irlanda. Como tal, achamos que faz sentido tirar o derradeiro dia do itinerário para ver em primeira mão estas extraordinárias falésias que constituem uma das paisagens mais dramáticas de todo o Velho Continente. No entanto, prepara-te para um dia longo e extremamente cansativo – aliás, conseguir chegar às falésias de forma independente é logo toda uma aventura! Para isso, levanta-te com as galinhas e começa por apanhar um autocarro para Galway, a cidade “grande” mais próxima dos Cliffs of Moher. Esta viagem tem a duração de cerca de 2h30 e é feita pela CityLink, com os veículos a saírem de Crampton Quay. O bilhete pode ser comprado online e tem o custo de €15,00 ida. Chegado a Galway, deves fazer transbordo para outro autocarro da Bus Éireann, desta feita com destino a Ennis. A meio do caminho, o veículo vais parar nos Cliffs of Moher, a cerca de 500 metros da falésia. Por este troço, conta com mais 2h15 de caminho e €13,50 para o bilhete do segundo autocarro. Posto isto, e contas feitas para a viagem ida-e-volta, estamos a falar de €57,00 em bilhetes de autocarro e quase 10 horas de estrada, sem contar com tempos de espera. Face ao exposto, o melhor mesmo é contratar um tour que te leve a visitar os Cliffs of Moher directamente de Dublin.
Chegado ao destino, e embora seja obviamente possível ver as falésias de forma gratuita, existe um espaço vedado e para o qual é necessário bilhete. Designado de Cliffs of Moher Experience (€12,00), este centro de visitantes está equipado com um pequeno museu e um passadiço de 800 metros ao largo de duas aldeias locais, a partir do qual podes obter as melhores vistas de toda a região. Ainda dentro do centro, podes igualmente subir à Torre O’Brien, oficialmente o ponto mais alto dos Cliffs of Moher. Conforme esperado, a paisagem é absolutamente estonteante, fazendo deste um sítio a não perder em qualquer itinerário irlandês. Se não quiseres pagar para entrar no Visitor Center, existem muitos pontos a partir dos quais é possível tirar as fotos da praxe das falésias. Seja como for, ao final do dia será tempo de regressar à capital, onde terás à tua espera o voo de regresso a casa.
Resumo do 3º dia:
Glendalough: Conhecida como a “Cidade Monástica”, Glendalough é conhecida como um dos primeiros povoados cristãos da Irlanda. Como tal, aqui podes encontrar ruínas e vestígios arqueológicos de catedrais, igrejas, torres e cemitérios, sempre na boa companhia da fantástica paisagem das Wicklow Mountains.
Cork e o Castelo de Blarney: Embora o Castelo de Blarney seja altamente polarizado – uns adoram, outros detestam – o desvio até estas bandas ganha maior sentido se incluíres a visita a Cork, a menos de 10 km de distância. Para muitos a cidade mais bonita do país, Cork é conhecida pela Catedral de St Fin Barre e pelo distrito de Cobh, com as suas fileiras de casas coloridas.
Giant’s Causeway: Embora ainda seja um esticão, é perfeitamente possível visitar este ícone da Irlanda do Norte numa day trip a partir de Dublin (3 horas para cada lado). Tornada famosa pela série Game of Thrones, esta intrigante formação rochosa composta por inúmeras colunas de basalto forma uma paisagem absolutamente única, sendo associada a inúmeras lendas e tradições.
Newgrange: Sabias que a Irlanda tem uma construção neolítica que é mais antiga que o Stonehenge?! Construído há mais de 5000 anos, este gigantesco túmulo em pleno Vale do Boyne é o elemento mais conhecido do complexo de Brú na Bóinne, onde podes encontrar quase 100 estruturas/monumentos arqueológicos reconhecidos pela UNESCO como Património da Humanidade.
Ring of Kerry: Ideal para quem procura combinar natureza e cultura, este circuito em loop com menos de 200 km atravessa lagos e montanhas, mas também vilazinhas históricas e castelos, com destaque para o Parque Nacional de Killarney, o Castelo de Ross, as vilas de Portmagee e Kenmare e ainda para Carrantuohill, o ponto mais alto da Irlanda.
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