Guia de viagem da Guatemala – Transportes, hotéis, dicas + Roteiro de 2 semanas 🇬🇹

  • 27.02.2025 22:33
  • Bruno A.

Guia de viagem completo, ideal para quem procura que locais visitar e o que fazer na Guatemala. Inclui informações detalhadas sobre transportes, praias, hotéis e restaurantes, bem como um roteiro completo de 15 dias na Guatemala.

Queres receber notificações acerca de novas ofertas?

Regista-te e decide a frequência de envio. Não vamos enviar spam!

Escondida por entre a selva tropical da América Central e as costas paradisíacas do Pacífico e do Mar das Caraíbas, a nação da Guatemala é um verdadeiro tesourinho à espera de ser descoberto. Infelizmente, ou felizmente para quem queira resguardar o país do turismo de massas, a Guatemala vive na gigantesca sombra do vizinho Mexicano, embora preserve as mesmas ruínas Maias, praias idílicas e cidades coloniais que milhões e milhões de turistas tanto apreciam, a um custo de vida muito mais simpático.

No entanto, a oferta Guatemalteca vai ainda mais longe, permitindo-te subir a um dos vulcões activos mais extraordinários do planeta, relaxar nas margens do Lago Atitlán, visitar mercados de têxteis coloridos, nadar em piscinas naturais e experimentar algum do melhor e mais puro chocolate que alguma vez provarás. Um destino extremamente e surpreendentemente completo, especialmente face à sua modesta dimensão. A visitar em breve, antes que toda a gente descubra esta joia da América Central.

Assim sendo, e se estás à procura de o que fazer na Guatemala, vieste ao sítio certo! Aqui descobrirás um roteiro completo de 15 dias (2 semanas) no país, bem como todas as restantes informações necessárias para preparares a tua aventura. Acompanha-nos neste guia de viagem da Guatemala e descobre os melhores hotéis e restaurantes, como te deslocares entre cidades, quais as melhores praias, dicas de segurança e ainda as melhores alturas para visitar o país.

Guia de Viagem da Guatemala

Como chegar à Guatemala – Voos desde Portugal

Estando o país ensanduichado entre México, Belize, El Salvador e Honduras, são muitos os visitantes que aproveitam a proximidade para fazer um périplo pela região, acabando por entrar na Guatemala por terra. No entanto, para os que voem a partir da Europa, o principal aeródromo do país é mesmo o da capital: o Aeroporto Internacional La Aurora.

Como já seria de esperar, não existem voos directos entre Portugal e a Guatemala, sendo que terás sempre que fazer escala num outro país. Embora o melhor seja sempre consultar plataformas como a Google Flights para monitorizar as melhores ligações, companhias como a United e a Iberia, com escalas em Newark e Madrid, respectivamente, costumam ter as melhores ofertas a partir de Porto e Lisboa, com voos para a Cidade da Guatemala a partir dos €660 (ida-e-volta). Se estiveres na disposição de fazer mais do que uma escala, podes encontrar valores semelhantes, embora mais frequentes, ao voares com a Lufthansa, Air France ou KLM.

Quanto dias são necessários para visitar a Guatemala?

Apesar de ser um país relativamente pequeno, a Guatemala oferece muito para ver e fazer, com cidades, ruínas arqueológicas, praias e outras atracções culturais e naturais para todos os gostos. Para ajudar à festa, as condições rodoviárias e a topografia do terreno são absolutamente terríveis, fazendo com que uma mera deslocação de 400 km possa demorar uma boa dezena de horas.

Posto isto, e embora possa soar a exagero, recomendamos fortemente que dediques uma quinzena inteira de férias ao país, permitindo-te assim explorar toda a sua extensão, da arquitectura colonial e vulcões de Antigua às praias paradisíacas de Livingston, passando pelo mercado colorido de Chichicastenango, pelas margens idílicas do Lago Atitlán, pelas piscinas naturais de Semuc Champey e pelas extraordinárias ruínas Maias de Tikal. É certo que poderás cumprir o calendário em menos tempo (9 a 10 dias seria o mínimo dos mínimos), mas terás obrigatoriamente que deixar algo de fora, o que acaba por ser uma enorme injustiça para com aquele que é um dos países mais subvalorizados de toda a América.

Melhor altura para visitar a Guatemala

À semelhança da maioria dos restantes destinos da América Central e Caraíbas, também a Guatemala experiencia uma época seca e uma época das chuvas. Tendo em conta que as temperaturas são mais ou menos constantes o ano inteiro, com dias amenos e noites frias nos destinos de maior altitude e dias quentes (ou muito quentes) no resto do território, é esse o factor a ter em conta quando se decide qual a melhor altura para visitar o país. Como tal, se vais percorrer a Guatemala de lés-a-lés, o melhor é tentares que a tua visita coincida com o período compreendido entre Novembro e Abril, correspondente à época seca.

 No entanto, e mesmo que só possas ir noutra altura do ano, a Guatemala acaba por não ser particularmente afectada pelas monções. É quase certo que apanharás um pouco de chuva, mas são normalmente episódios curtos e pontuais ao longo do dia, com o sol a voltar numa questão de horas ou até minutos. Aliás, a maior dificuldade serão mesmo os níveis de humidade nas latitudes mais baixas (especialmente em Tikal), que podem ser verdadeiramente insuportáveis.

Documentos necessários para visitar a Guatemala

Estando a Guatemala situado fora da Europa, e sem nenhum tipo de acordo com a UE que te permita entrar com qualquer outro documento de identificação, é absolutamente obrigatório estares munido do teu passaporte para poderes visitar a Guatemala. Para além disso, o documento deverá ter uma validade mínima de 6 meses a contar da data de saída.

Felizmente, a Guatemala tem um do regime de visto bastante permissivo, sendo que os turistas portugueses podem permanecer em território Guatemalteco durante um período consecutivo de 90 dias sem qualquer visto.

Descobre mais: Vais viajar e tens o Passaporte ou Cartão de Cidadão caducado ou perdido? Vê aqui o que podes fazer

É necessário adaptador de tomada para a Guatemala?

É necessário utilizar um adaptador de tomada se viajares para a Guatemala. As tomadas elétricas no país não são compatíveis com as fichas dos nossos aparelhos electrónicos. No caso Guatemalteco, utilizam-se as tomadas de tipo A (e algumas do tipo B), pelo que irás precisas de um equipamento compatível com entradas do tipo C e F (as utilizadas em Portugal).

Para os viajantes mais regulares, pode valer a pena comprar um adaptador universal que permite ligar o teu dispositivo a múltiplos tipos de tomada. Por exemplo, este, vendido pela Amazon, pode ser uma boa opção.

Cartões SIM na Guatemala – Roaming em viagem

Estando a Guatemala situada fora da UE e sem nenhum tipo de acordo para a isenção de taxas de roaming nas telecomunicações, não poderás utilizar o teu tarifário português actual durante a tua viagem ao país.

Aliás, a primeira coisa que deves fazer antes de levantares voo rumo ao país é mesmo desligar todos e quaisquer dados móveis que tenhas activos no teu telemóvel, sob pena de teres uma (muito) desagradável surpresa no final do mês. Ainda que os custos possam variar de acordo com a operadora, e apenas para ficares com uma noção do que esperar, a Vodafone cobra os seguintes valores para comunicações em território Guatemalteco:

  • Chamadas efectuadas: 3,68€/min
  • Chamadas recebidas: 1,83€/min
  • SMS enviadas: 0,59€/sms
  • Dados Móveis: 7,27€/Mb

Posto isto, a nossa recomendação é que compres um cartão SIM para a tua viagem à Guatemala. No entanto – e isto é importante – não o faças no aeroporto, uma vez que todas as lojas do espaço vendem cartões a preços absolutamente absurdos, tentando assim aproveitar-se do desconhecimento dos turistas. Como tal, o melhor é esperar até que possas visitar uma loja oficial de telecomunicações no centro da Cidade da Guatemala ou em Antigua. Quanto ao mercado, existem duas grandes companhias de telecomunicações no país: Claro e Tigo.

SIM Card da Claro

  • All Included 4 GB
    • Dados: 4 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Minutos e SMS locais: Ilimitados
    • Validade: 7 dias
    • Preço: Q 30
  • All Included 6 GB
    • Dados: 6 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Minutos e SMS locais: Ilimitados
    • Validade: 15 dias
    • Preço: Q 50
  • All Included 10 GB
    • Dados: 10 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Minutos e SMS locais: Ilimitados
    • Validade: 30 dias
    • Preço: Q 100

SIM Card da Tigo

  • 5 GB
    • Dados: 5 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Minutos e SMS locais: 100
    • Validade: 15 dias
    • Preço: Q 50
  • 5 GB
    • Dados: 6 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Validade: 15 dias
    • Preço: Q 50
  • 13 GB
    • Dados: 13 GB
    • Utilização Redes Sociais: Ilimitada
    • Validade: 1 mês
    • Preço: Q 99

Dinheiro na Guatemala – Taxas bancárias e orçamento de viagem

Tendo como moeda oficial o Quetzal (GTQ), qualquer levantamento que faças na Guatemala recorrendo a um cartão português, recorrerá naturalmente ao pagamento de várias taxas. Para além da taxa percentual sobre o valor do levantamento (relativa à conversão), a tua transacção estará também sujeita ao pagamento de um valor fixo, referente à taxa por levantamento de divisa fora da zona Euro. Contas feitas, podes acabar a pagar ao teu banco bem acima de 6% do valor do teu levantamento.

Uma vez que efectuar o câmbio antes da viagem está também longe de ser económico – para além de não ser propriamente seguro andares com uma quantia tão grande em dinheiro vivo – a melhor alternativa passa por recorreres aos serviços de bancos online como o Revolut ou o N26.

No caso do primeiro, permite-te efectuar levantamentos até um determinado limite mensal sem que te seja cobrada qualquer taxa. Para além disso, mesmo depois de atingido esse patamar, as comissões são residuais quando comparadas às dos bancos tradicionais. Contudo, é importante ter em atenção que o Revolut não te “protege” no que toca a eventuais taxas que o banco responsável pela caixa automática que utilizares cobre por levantamentos com cartão estrangeiro. No caso da Guatemala, essas taxas podem variar entre os Q 31 e os Q 70, dependendo do operador. Seja como for, e existindo alguma comissão cobrada pelo banco do destino, essa informação é-te sempre comunicada antes de confirmares o levantamento, por isso nunca serás apanhado desprevenido.

Relativamente a pagamentos, e mesmo nas zonas mais turísticas, a sociedade Guatemalteca continua a privilegiar as transacções em dinheiro, pelo que é fundamental ter sempre algumas notas no bolso. Para além disso, é bastante comum que os estabelecimentos acrescentem uma taxa aos pagamentos com cartão para cobrir as suas próprias despesas com a transacção. Nalguns casos, esse valor pode chegar a uns inacreditáveis 8% do valor da compra! Infelizmente, e à data deste artigo, todos os bancos na Guatemala cobram taxas por levantamento com cartão estrangeiro. Se preferires levar algum dinheiro e fazer câmbio, podemos aconselhar 4 casas de câmbio com avaliações muito favoráveis em Antigua e na Cidade da Guatemala:

Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut

Segurança na Guatemala – Esquemas e burlas turísticas

Na onda do que acontece na esmagadora maioria dos países da América Central, também a Guatemala lida com índices de criminalidade bastante acima daquilo a que estamos habituados no Velho Continente. No entanto, muita dessa criminalidade está assente nas redes de tráfico humano e de droga, pelo que é extremamente improvável que os turistas sejam afectados a não ser que visitem zonas cartelizadas, “investiguem” operações de tráfico e comprem, vendam ou consumam drogas. Para além disso, os números são bastante mais animadores nas zonas turísticas, onde a economia local está bastante dependente do turismo. De resto, a cidade mais perigosa do nosso roteiro é mesmo a Cidade da Guatemala (capital), onde de facto é necessário ter bastante cuidado. Relativamente às zonas turísticas, bastante mais calmas, é ainda aconselhado que te faças acompanhar de um guia local para percorreres os trilhos, subidas e caminhadas mais populares, já que existem relatos online de criminosos locais que atacam precisamente estes sítios para roubar turistas que se aventurem sozinhos. Além do mais, uma vez que alguns destes trilhos incluem vulcões activos, teres alguém que esteja familiarizado com o terreno e actividade vulcânica oferece uma camada extra de segurança.

Evidentemente, e mesmo noutros locais, é aconselhável manter um certo nível de alerta para evitares tornares-te alvo de assaltos. Aqui, nada de novo – não andes com grandes quantidades de dinheiro, utiliza apenas caixas multibanco interiores e não faças grandes demonstrações públicas de riqueza. Deixa joias e outros objectos de valor no cofre do hotel, tem o cuidado de utilizares apenas o telemóvel e a máquina fotográfica em zonas turísticas e evita andar por ruas desertas e isoladas. Para além disso, recomendamos a utilização de uma bolsa anti-roubo. Ao contrário das bolsas comuns, as bolsas “anti-roubo” são especificamente desenhadas para dificultar o acesso dos carteiristas e ladrões aos pertences do utilizadorUma das marcas especializadas neste tipo de produto é a PacSafe. A PacSafe equipa as suas bolsas com bloqueio ou travão de fecho, materiais resistentes a cortes e tecido com bloqueio RFID que impede o roubo electrónico das informações de cartão de crédito por via contactless. Nós temos os modelos Lunar, CrossbodySling e podemos pessoalmente atestar pela qualidade dos materiais especialmente pelas tecnologias de bloqueio / travão de fecho, que praticamente impossibilita abrirem-te a bolsa sem te aperceberes.

Se tiveres o azar de experienciar algum crime, não te armes em herói, mais vale ficar sem o telemóvel do que arriscar a escalação da violência. No fundo, segue o teu instinto: se algo te parece errado ou arriscado, joga pelo seguro e não o faças. É só estar alerta e manter o bom senso. Quanto aos transportes, e caso optes por completar uma ou outra deslocação a bordo dos famosos “chicken buses” (mais informações na secção de transportes), deverás ter particular atenção aos teus pertences. Leva sempre as tuas mochilas e objectos de valor no colo, e não coloques nada debaixo do assento ou no compartimento superior, de onde alguém os possa retirar sem que dês conta. Para além disso, evita as viagens nocturnas, mais susceptíveis a assaltos e bloqueios na estrada.

Como dicas finais (e mais generalizadas), utiliza apenas táxis que tenham o taxímetro ligado (se recorreres à Uber, ainda melhor), nunca aceites cambiar dinheiro com estranhos que te abordem na rua e não bebas água da torneira. Para além disso, e uma vez que parte da Guatemala está situada numa zona de elevada ocorrência sazonal de furacões, cheias e tempestades, se tiveres o azar de experienciar algum desastre natural no decorrer da tua estadia, segue sempre as indicações dadas pelas autoridades – afinal, eles é que são os especialistas!

Onde dormir na Guatemala – Hotéis e Alojamentos

Embora acessível, a Guatemala não pode ser considerada um destino barato (pelo menos não na linha do que encontras no Sudeste Asiático, por exemplo). Se estiveres na disposição de perder tempo a procurar restaurantes locais, dormir em sítios mais humildes e andar de um lado para o outro de chicken bus, então o teu orçamento parecerá bem mais generoso. No entanto, se não tiveres cuidado e optares sempre pela opção mais prática, poderás facilmente gastar quantias semelhantes aos que despenderias no México ou até mesmo em algumas regiões da Europa. No entanto, no âmbito da América Central, a Guatemala é certamente mais barata que nações como a Costa Rica, Panamá ou Belize.

Posto isto, e se estás a priorizar a busca de sítios para dormir no país, deixamos-te uma sugestão para cada categoria de classificação no nosso guia de viagem da Guatemala.

Hotéis na Cidade da Guatemala

Hotéis em Antigua

Hotéis em Quetzaltenango

Hotéis no Lago Atitlán

Hotéis em Flores

Hotéis em Livingston

Transporte entre o Aeroporto La Aurora e a Cidade da Guatemala

Situado a apenas 7 km do centro histórico, a melhor forma de viajar entre o Aeroporto La Aurora e o coração da Cidade da Guatemala passa por recorrer à linha 13 (verde) do Transmetro, uma rede local de autocarros rápidos. A estação mais próxima do terminal de chegadas chama-se Acueducto, a cerca de 2 km de distância, e quererás desembarcar no centro, na Estação Tipografia. Dependendo do trânsito, a viagem poderá demorar 15 a 30 minutos, com a linha a operar diariamente entre as 05h00 e as 21h00 em intervalos de cerca de 12 minutos. Para comprares bilhete, terás primeiro que adquirir uma Tarjeta Ciudadana, disponível nas máquinas automáticas de qualquer estação. Estes cartões recarregáveis têm o custo de Q 20, oferecendo 5 viagens no acto da compra. A partir daí, todas as deslocações dentro da cidade passam a custar Q 1. Antes de embarcares, não te esqueças de validar o cartão nos scanners. Alternativamente, se não te apetecer andar os 2 m de trouxas às costas até à paragem, podes simplesmente pedir um Uber por um valor a rondar os Q 40 e Q 50.

Por outro lado, e embora não o recomendemos, sabemos que há muitos viajantes que optam por passar à frente a capital e seguir imediatamente para Antigua, a menos de 40 km de distância. Nesse caso, e embora não existam transporte públicos directos, existem vários operadores privados a que podes recorrer. Como primeira opção, podes apanhar um dos shuttles partilhados que saem do aeródromo rumo à cidade mais turística do país. Podes optar por marcar essa viagem previamente online, ou esperar pela chegada, já que existem vários angariadores logo à saída do terminal a tentar recolher clientes para poderem partir (os shuttles saem quando estiverem cheios e o pagamento é feito em dinheiro). O preço do shuttle varia entre os Q 100 e os Q 150. Por outro lado, e se não estiveres para te chatear, é só sacar o telemóvel e pedir um Uber, com a tarifa a oscilar entre os Q 300 e os Q 350. Resta mencionar que, apesar da curta distância, a viagem até Antigua nunca demorará menos que 1 hora, podendo mesmo chegar às 3 horas em caso de grande congestionamento de trânsito.

Para terminar, e se estiveres nas lonas e quiseres mesmo chegar a Antigua da forma mais barata possível, então terás que caminhar 3.5km do aeroporto até à estação El Trébol, de onde saem vários chicken buses (autocarros locais) por hora até Antigua. O bilhete custa uns míseros Q 15, mas andar 1 horas de malas pelo meio da Cidade da Guatemala poderá não ser a escolha mais sensata por razões de segurança.

Guia de viagem da Guatemala – Como te deslocares no país

Infelizmente, a rede de transportes na Guatemala ainda é bastante rudimentar, sem serviços de caminhos-de-ferro e com estradas básicas. Naturalmente, isto acaba por se traduzir em poucas opções de escolha no que toca a deslocações, para além de preços inflacionados para turistas, condições desconfortáveis e incontáveis horas perdidas na estrada.

Posto isto, e para aqueles com viagem marcada para a Guatemala, aqui está um pequeno apanhado de como te poderás deslocar!

Shuttles turísticos na Guatemala

Por mais contranatura que possa soar, especialmente se tivermos em conta que pautamos sempre pelas viagens independentes e com recurso a transportes locais, a verdade é que recorrer à indústria de shuttles partilhados/turísticos irá poupar-te imensas dores de cabeça na Guatemala. É certo que existem alguns Express Buses, que dizem respeito a autocarros grandes e relativamente modernos que completam um determinado trajecto entre duas cidades, mas a verdade é que a esmagadora maioria das opções colectivas na Guatemala é feita com recurso aos infames “chicken buses”, claramente impreparados para transportar passageiros ao longo de mais que 3 ou 4 horas (mais informações já a seguir).

Assim, e em especial para as viagens mais longas, recomendamos que utilizes um shuttle turístico. Podes pesquisar que shuttles existem entre dois destinos no site da GuateGo ou directamente em empresas da especialidade, como a Atitrans, a Magic Travel ou a Adrenalina Tours. Também podes comprar bilhetes a partir destas plataformas. Depois é só estares atento ao ponto de embarque (e desembarque) e desfrutares da viagem. Passar 8+ horas dentro de uma van poderá não ser a experiência mais apelativa do mundo, mas a alternativa é bem pior e mais insegura!

Posto isto, aqui estão os detalhes dos shuttles turísticos habitualmente mais concorridos entre turistas na Guatemala (empresas cobram em dólares americanos):

  • Cidade da Guatemala – Antigua: 2h00; $15,00
  • Cidade da Guatemala – Panajachel (Lago Atitlán): 4h30; $35,00
  • Cidade da Guatemala – Lanquín: 7h30; $41,00
  • Cidade da Guatemala – Flores: 9h00; $48,00
  • Cidade da Guatemala – Puerto Barrios: 5h30; $25,00
  • Cidade da Guatemala – Rio Dulce: 6h30; $20,00
  • Antigua – Quetzaltenango: 3h30; $35,00
  • Antigua – Panajachel/San Pedro Laguna (Lago Atitlán): 3h00/4h30; $20,00
  • Antigua – El Paredon: 3h00; $20,00
  • Antigua – Lanquín: 9h00; $41,00
  • Antigua – Flores: 12h00; $75,00
  • Panajachel – Chichicastenango – Panajachel: 1h30 (cada lado); $30,00
  • Panajachel (Lago Atitlán) – Quetzaltenango: 2h30; $25,00
  • Panajachel (Lago Atitlán) – El Paredon: 4h00; $35,00
  • Panajachel (Lago Atitlán) – El Paredon: 9h00; $40,00
  • Panajachel (Lago Atitlán) – Lanquín: 9h00; $41,00
  • Panajachel (Lago Atitlán) – Flores: 15h00; $95,00
  • Quetzaltenango – Lanquín: 10h00; $75,00
  • Quetzaltenango – Flores: 10h00; $55,00
  • Lanquín – Flores: 8h00; $34,00
  • Flores – Rio Dulce: 3h00; $25,00
  • Flores – Puerto Barrios: 4h30; $40,00

Chicken Buses na Guatemala

Conforme mencionado acima, os chicken buses são o meio de transporte colectivo mais popular entre os residentes na Guatemala. Reaproveitados a partir de antigos autocarros escolares Norte-Americanos, estes veículos são uma autêntica bizarria, com cores berrantes, espaços extremamente apertados e (por vezes) música nas alturas. Infelizmente, qualquer viagem a bordo de um chicken bus tem o potencial para se tornar a mais desconfortável da tua vida, embora o preço possa compensar nas distâncias mais curtas. No entanto, e por mais baratas que as viagens sejam, não podemos recomendar recorrer a estes autocarros para viagens de maior duração. Para tudo o que seja acima de 2 horas, e para bem de teu corpo e mente, mais vale bateres umas lecas e apanhar um shuttle turístico.

Para além disso, os chicken buses têm fama de ser relativamente perigosos, com muitos relatos e histórias de turistas que viram as suas mochilas roubadas e até de assaltos à mão armada por gangs criminosos. Também durante a noite, e independentemente da duração da viagem, os chicken buses são de evitar. A adicionar ao desconforto constante e insegurança, resta mencionar que muitas destas deslocações exigem ainda a troca de autocarro. Ou seja, se precisares de fazer uma viagem um pouco mais longa entre o ponto A e o ponto B, pode muito bem acontecer que tenhas que parar nos pontos C e D pelo caminho para que sejas transferido para outro(s) autocarro(s). Isto faz com que as viagens – já longuíssimas – durem ainda mais tempo.

Muito sinceramente, a única deslocação deste roteiro que se justifica fazer a bordo de um chicken bus é mesmo a travessia de apenas 40 km entre a Cidade da Guatemala e Antigua. Embora já o tenhamos descrito acima, na secção do transporte de/para o aeroporto, o chicken bus parte da estação El Trébol, demorando umas 2 horas a concluir o trajecto. O preço é de uns ridículos Q 20, a comparar com os Q 100 que custa um shuttle.

Voo internos na Guatemala

Finalmente, e dada a duração de muitas destas deslocações terrestres, é perfeitamente compreensível o porquê de muitos dos itinerários pelo país incluírem (pelo menos) um voo interno. É certo que de shuttle/autocarro também chegas lá, mas o tempo perdido na estrada é muitas vezes incompatível com um período de férias de apenas 1 ou 2 semanas! Como tal, optimizar o tempo é essencial! Felizmente, o país é servido por vários aeroportos domésticos, com companhias como a Avianca e a TAG a ligarem vários destinos espalhados pelo território Guatemalteco.

Uma vez que as distâncias são relativamente exequíveis no sul do país, apanhar um voo revela-se particularmente útil para quem queira cortar distâncias no norte e não tenha interesse (ou tenha tempo para) visitar Semuc Champey, perto de Lanquín, optando por voar directamente entre a Cidade da Guatemala e Flores (lar do Tikal). O voo dura apenas 55 minutos e as tarifas começam nos €77,00.

Culinária da Guatemala – Gastronomia e pratos típicos

Um bocadinho à semelhança do resto da América Central, a gastronomia na Guatemala está longe de fazer manchetes, debruçando-se demasiado nos carboidratos e na banana-pão. Para além disso, o país tem ainda a desvantagem de ficar ali encostadinho ao México, onde é possível provar alguma da melhor comida do planeta – uma missão perdida, logo à partida! Seja como for, isso não significa que não existam umas quantas iguarias locais que devas provar, de que é exemplo o Pepián, considerado o prato nacional da Guatemala. Confecionado com qualquer tipo de carne, este estufado é cozinhado com diferentes variedades de malaguetas, tomates assados, coentros e sementes, num preparado que é depois ralado até formar um molho vermelho e extremamente espesso.

Apesar de este ser o mais famoso de todos, e por isso o mais comum em todos os restaurantes locais, não deixes de passar pelo país sem provar outras especialidades, como o Kak’ik, um refogado de coxa de peru em molho de tomate; Tamales, uns bolinhos de farinha de milho cozinhados ao vapor em folha de bananeira; Jocón, um guisado de frango num molho verde feito com tomatilhos, cebolinha, pimento verde, aipo e coentros; Hilachas, carne de vaca desfiada num caldo espesso de tomate, batatas e cenouras; e Tapado, feito com peixe e marisco do Rio Dulce, que são depois misturados com banana e servidos com um molho picante à base de leite de coco. Outras iguarias mais abrangentes incluem o Churrasco Guatemalteco, no qual é servido um bife acompanhado de arroz, feijão, banana-pão e guacamole; e o Pequeno-Almoço Tradicional da Guatemala, habitualmente composto por ovos, tortilhas, feijão preto, banana-pão, tomates, abacate e qeso fresco (um queijo local que é uma espécie de feta mais macio).

Para fecharmos este périplo culinário com os doces e sobremesas, recomendamos que experimentes Plátanos en Mole, banana-pão frita e depois coberta com um exótico molho de chocolate, sésamo, sementes de abóbora, malaguetas e tomate (sim, não é engano); Pastel Borracho, uma espécie de pão de ló embebecido em rum local e coberto com uma fina camada de pudim de leite; Polvorosas, pequenas bolachinhas quebradiças cobertas com açúcar em pó; Arroz en Leche, versão local do arroz doce; Pan de Banano, pão de banana; e Rellenitos, uns bolinhos de banana-pão cozida e posteriormente esmigalhada com canela e açúcar, que são depois recheados com uma pasta doce de feijão e fritos em imersão. Para a malta de gostos mais simples e sofisticados, nada melhor que um (ou muitos) quadradinhos de Chocolate da Guatemala, considerado um dos melhores e mais puros do mundo, acompanhado de uma chávena do fortíssimo e lendário Café Guatemalteco.

Melhores praias da Guatemala

Playa Blanca: Acessível apenas através de uma viagem de barco a partir de Livingston (ou de um trilho pedestre), esta é provavelmente a mais paradisíaca de todas as praias da Guatemala, cumprindo na íntegra toda a lista de estereótipos que tantas vezes associamos às Caraíbas.

Punta Manabique: Igualmente banhada pelas águas caribenhas da Baía de Amatique, esta praia está totalmente cercada por uma península coberta por selva densa, onde residem macacos, crocodilos, iguanas e até jaguares. Nada temas, porque a praia está protegida, sendo um dos locais de eleição no país para assistir à desova de tartarugas-marinhas.

Punta de Cocoli: Embora esta praia até nem seja assim tão famosa quanto isso, é apenas mais um exemplar dos vários locais de excelência para ires a banhos nos arredores de Livingston, juntamente com as cascatas de Siete Altares. É só montares poiso na famosa estância e percorreres a pé os vários trilhos da região, encontrando pequenos tesourinhos (como este) pelo caminho.

Playa Dorada: Nem todas as praias têm que ser oceânicas, certo? Neste caso, trazemos-te um areal banhado pelo imponente Lago de Izabal. Para além de banhos de sol e mergulhos, podes aproveitar e alugar caiaques e jet skis para passares uma tarde mais animada.

Las Cristalinas: Bom, se abrimos o leque das praias fluviais, é mais que evidente que teríamos que inclui um exemplar do lendário Lago Atitlán, um dos destinos mais populares de toda a Guatemala. Assim, optámos pela Playa Las Cristalinas, uma das mais conhecidas da região. Embora não tenha um areal (e por isso não seja tecnicamente uma praia), o melhor local para mergulhar e passar algum tempo nas águas do Atitlán é a Reserva Natural Cerro Tzankujil.

Semuc Champey: Outro dos locais mais icónicos do país, esta reserva natural é conhecida pelas inúmeras piscinas naturais de calcário, criadas por força da acção das águas turquesa do Rio Cahabón. O cenário não podia ser mais bonito, e mesmo não sendo uma praia no sentido exacto do termo, não deixa de ser um sítio onde podes nadar e apanhar sol. Imperdível!

Playa de Monterrico: Passando, por fim, à costa do Pacífico, esta é uma das praias mais concorridas entre os locais, já que muitos Guatemaltecos aproveitam o fim-de-semana para vir aqui dar um mergulho a partir da capital. É uma praia comprida, animada, e onde podes encontrar a famosa areia negra que caracteriza esta região do país.

Playa de Tilapa: Uma das opções mais fora-da-caixa desta lista, Tilapa é uma minúscula vilazinha piscatória de terra batida situada ali bem juntinho à fronteira Mexicana. São poucos os que se dão ao trabalho de cá vir, razão pela qual a praia e o ambiente retiveram toda a sua autenticidade e encanto.

El Paredon: Finalmente, fechamos com a praia mais famosa de toda a Guatemala. Também ela banhada pelo Pacífico, a localidade de El Paredón começou a fazer manchetes no mundo do turismo à conta da sua ondulação, tendo-se tornado um destino de referência para a prática de surf e outros desportos de prancha.

Roteiros de 15 dias na Guatemala – Itinerário de 2 semanas

Embora possa soar surpreendente, dada a relativa obscuridade e modesto tamanho do país (pelo menos em comparação com o vizinho Mexicano), recomendamos que passes pelo menos uma quinzena a explorar a Guatemala. Não só tens à tua espera uma imensidão de locais para visitar, como o tempo despendido em deslocações vai tomar uma porção significativa do teu itinerário, muito à conta das más condições rodoviárias e da topografia do terreno.

Posto isto, e embora mesmo assim não dê para tudo, com uma estadia de 15 dias já é possível desfrutar do que de melhor o país tem para oferecer. Para além da paragem clássica em Antigua, com direito a subida ao Acatenango, com 2 semanas completas podes visitar a capital Cidade da Guatemala, navegar pelo majestoso Lago Atitlán, fazer compras no colorido Mercado de Chichicastenango, completar trilhos em Quetzaltenango, ver em primeira mão o extraordinário Semuc Champey, explorar algumas das melhores ruínas Maias do mundo em Tikal (Flores) e ainda despedir-te em beleza com um mergulho nas águas caribenhas de Livingston.

Ainda assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades e atracções que deves visitar num roteiro de 15 dias pela Guatemala.

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 1 – Cidade da Guatemala

Na linha do que acontece em praticamente todos os outros países da América Central, a capital está muito longe de ser o sítio mais turístico ou encantador da nação. No caso específico da Cidade da Guatemala, a metrópole é conhecida por ser – de longe – o destino mais perigoso do país, o que, aliado ao facto do melhor da Guatemala poder ser encontrado por outras paragens, faz com que muitos visitantes não visitem sequer a capital, aterrando e saindo imediatamente para Antigua. Embora esta decisão seja compreensível, somos da opinião que deverás passar pelo menos 1 dia na capital, quanto mais não seja para teres uma pequena amostra da realidade Guatemalteca, longe dos seus destinos mais turísticos. Posto isto, e já depois de te instalares, o teu dia passará invariavelmente pelo Centro Histórico, oficialmente designado de Zona 1. Considerado o coração da cidade, e onde encontrarás alguns resquícios da arquitectura antiga colonial, nada melhor que começar pela Plaza de la Constitución, a maior praça de toda a Guatemala. Expandindo-se em redor de uma fonte, é nos flancos do espaço que encontrarás alguns dos edifícios mais emblemáticos da capital, como a Catedral de Santiago ou o Palácio Nacional da Cultura, originalmente a residência oficial do Presidente do país. Por Q 40, podes fazer uma visita guiada dos interiores (dizem que vale a pena). Perto da praça, vais aproveitar para tomar o pequeno-almoço no gigantesco, caótico e inebriante Mercado Central.

Daí, tomarás o Paseo de La Sexta – também conhecida como a 6A Avenida – uma via pedonal e a mais famosa de todas as ruas da Zona 1, onde podes encontrar fachadas clássicas misturadas com verdadeiras monstruosidades arquitectónicas, artistas de rua, cafés, restaurantes e pedintes. Um verdadeiro microcosmo da sociedade Guatemalteca. Pelo caminho, podes fazer um desvio rápido para ver o Edificio de Correos Central, um dos mais fotogénicos da cidade. No final da 6A Avenida, vais apanhar um autocarro rápido (Transmetro) da linha 13 na Estação Tipografia e a paragem final dependerá de que museu queiras visitar a seguir. Uma vez que não terás tempo para os dois, oferecemos-te a escolha entre o Museu Nacional de Arte Maia (Q 50), focado nas descobertas etnográficas e nos objectos escavados dos vários locais arqueológicos da Guatemala; e o Museu Ixchel do Traje Indígena (Q 45), dedicado à preservação do legado cultural associado aos coloridos têxteis do país. Se optares pelo primeiro, então terás que sair na paragem de transmetro chamada Montúfar. Já para o segundo, a estação é a 626. Independentemente de qual escolhas, no final da visita deverás pedir um Uber para te levar até Ciudad Cayalá, a última paragem do dia. Construída de raiz para albergar um dos distritos comerciais e residenciais mais exclusivos da capital, esta é uma espécie de “cidade dentro de uma cidade”. Ao contrário do resto da metrópole, Ciudad Cayalá é segura, limpa, organizada e extremamente bonita, tendo sido artificialmente erigida para simular um estilo europeu clássico. Um excelente sítio para um passeio, mas que mostra na perfeição as desigualdades gritantes do país e a extrema concentração de riqueza/poder nas mãos de uma restrita elite.

Resumo do 1º dia:

  • Zona 1
    • Plaza de la Constitución
    • Catedral de Santiago
    • Palácio Nacional da Cultura
    • Mercado Central
    • Paseo de La Sexta
    • Edificio de Correos Central
  • Museu Nacional de Arte Maia OU Museu Ixchel do Traje Indígena
  • Ciudad Cayalá

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes na Cidade da Guatemala

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 2 – Antigua

Acordando em plena capital Guatemalteca, segue-se a paragem por Antigua Guatemala (ou só Antigua), a apenas 40 km de distância. Situada sob a sombra de 3 imponentes vulcões – Acatenango, Fuego e Agua – esta adorável cidade colonial é possivelmente o destino turístico mais famoso de todo o país, e o sítio com que provavelmente te depararás quando fizeres qualquer pergunta ao Dr. Google acerca da Guatemala. Dada a proximidade entre as cidades, podes sair da capital pela manhãzinha e chegar ainda bem cedo a Antigua (mais informações na secção de transportes), permitindo-te assim desfrutar do dia inteiro. Já na cidade, não demorará a perceber as razões por detrás do hype. As ruínas, as fachadas coloridas, o pavimento em calçada, os picos vulcânicos… tudo resulta, ao ponto da própria UNESCO a ter considerado Património da Humanidade! Para começares em beleza, e até para o sempre necessário enquadramento histórico, recomendamos que a tua primeira paragem tenha lugar na Casa Santo Domingo (Q 48) Agora convertido num hotel de 5 estrelas que inclui vários museus e um complexo arqueológico, o espaço dizia originalmente respeito a um convento antigo, semelhante a dezenas de outros que polvilhavam as ruas de Antigua.

Afinal, e para além de uma das capitais históricas da Guatemala, a cidade foi outrora o centro de toda a porção da América Central do gigantesco Império Espanhol, transformando-a num dos centros mais ricos e poderosos do “Novo Mundo”. Infelizmente, Antigua tinha um pequeno probleminha impossível de descortinar há 500 anos – era especialmente susceptível a terramotos! Uma e outra vez, mas com especial violência em 1773, a cidade foi tremendo e os seus edifícios religiosos deixados em ruínas, muitos deles até aos dias de hoje, dando a Antigua aquele ar tão característico de museu a céu-aberto. Aliás, a paragem seguinte, o Convento de Santa Clara (Q 40), é outro excelente exemplo desses efeitos sísmicos, embora a estrutura até se tenha aguentado em condições mais ou menos decentes. Já mesmo no coração da cidade, é impossível não passar no Parque Central, o nome dado à principal praça de Antigua. Como é costume nas cidades Latino-Americanas, a praça central está sempre cercada por edifícios importantes, neste caso pelas espectaculares arcadas do Palacio del Ayuntamiento, pelo Palacio de los Capitanes Generales, cujo interior alberga um museu de arte gratuito, e pela Catedral de San José, subdividida entre a igreja renovada e as ruínas do edifício original (Q 20), também ele tombado pelo terramoto de 1773.

De saída da praça, continuarás pela rua principal na direcção norte até dares de caras com o famoso Arco de Santa Catalina. Adornado com um relógio, o arco servia de ponto de passagem para que as freiras pudessem transitar entre edifícios sem serem notadas. Agora, com a sua característica cor amarela e o Vulcão Água a decorar o horizonte, tornou-se na imagem de marca do turismo na Guatemala. Após tirares a foto da praxe, segue-se a visita às Ruínas de La Recoleccion (Q 40). Embora sejam já as quartas ruínas do dia, estão são particularmente fascinantes. Ao passo que os restantes edifícios destruídos ainda foram mantendo algum tipo de forma/estrutura, o abalo afectou seriamente este antigo mosteiro, ao ponto de parecer quase partido em pedaços. Não muito longe, recomendamos ainda que visites a Iglesia de La Merced, a mais bonita e ornamentada de Antigua. A entrada é gratuita, mas por Q 20 podes subir ao telhado da igreja! Se não quiseres gastar esse dinheiro, também não é razão para te apoquentares, já que a última actividade do dia brindar-te-á com a melhor vista em toda a Antigua. Para isso, é só subires ao Cerro de la Cruz, onde podes apreciar o cenário à medida que o sol se põe, sempre com o Vulcão Agua em plano de fundo.

Resumo do 2º dia:

  • Casa Santo Domingo
  • Convento de Santa Clara
  • Parque Central
  • Palacio del Ayuntamiento
  • Palacio de los Capitanes Generales
  • Catedral de San José
  • Arco de Santa Catalina
  • Ruínas de La Recoleccion
  • Iglesia de La Merced
  • Cerro de la Cruz

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Antigua

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dias 3 e 4 – Vulcão Acatenango

Uma das actividades mais populares em toda a Guatemala, muitos dos turistas aproveitam a proximidade de Antigua para subir ao Vulcão Acatenango, a partir do qual podem desfrutar de vistas absolutamente extraordinárias sobre as erupções do Vulcão Fuego, que se mantém activo até aos dias de hoje. De resto, este é um dos espectáculos naturais mais fabulosos do mundo, com as erupções constantes do Fuego a expelirem lava e cinza a cada 20 minutos, com sinais que podem ser vistos até a partir das ruas de Antigua. No entanto, para a derradeira experiência vulcânica, o melhor é mesmo subir ao Acatenango e passar a noite num acampamento improvisado, aproveitando a escuridão para apreciar as explosões e chamas do Fuego. Se estiveres fisicamente apto, e embora possa soar desconfortável, esta é uma daquelas experiências obrigatórias para quem visita a Guatemala, já que existem poucos fenómenos que se consigam equiparar – como se estivesses a presenciar magia no mundo real!

Dada a natureza do trilho e os preparativos necessários para passar a noite no Acatenango, a esmagadora maioria dos visitantes opta por se juntar a um tour guiado, já que dessa forma não precisarás de estar equipado com o teu próprio material de campismo, nem de o carregar vulcão acima. Para além disso, e a não ser que sejas um hiker experiente, ter um guia ajuda sempre na análise de risco e para saber qual o melhor caminho a tomar. Seja como for, se quiseres subir ao Acatenango de forma independente, o trilho começa junto à aldeia de La Soledad, a cerca de 30 km de Antigua. Para lá chegar, o melhor é pedir um Uber por cerca de Q 200 a Q 250. Uma vez que existem vários caminhos possíveis até ao pico, recomendamos que baixes a app Maps.me para te orientares da melhor forma. No total, o trilho até ao topo do Acatenango (+ regresso) é de cerca de 20 km com um ganho de altitude de 1600 metros, o que pode demorar umas boas 10 a 12 horas. Se quiseres fazer tudo num só dia, existe um trilho mais curto e directo até ao topo de “apenas” 11 km ida-e-volta. No entanto, as erupções do Fuego são especialmente deslumbrantes durante a noite, pelo que recomendamos que optes por dormir no acampamento do vulcão.

Voltando novamente à opção do tour, os trilhos guiados costumam seguir uma estrutura semelhante. Uma carrinha passará a recolher-te no centro de Antigua e juntará todos os clientes num restaurante local para o pequeno-almoço, antes do transporte até ao início do trilho. Segue-se uma subida de cerca de 6 horas até ao base camp do Acatenango, onde os guias prepararão todo o acampamento e servirão o jantar. A subida é exigente e o percurso duro, pelo que é necessária uma condição física decente para conseguir concluir o trajecto. Não precisas de correr a maratona, mas se não estiveres habituado a fazer exercício é provável que tenhas alguma dificuldade. Seja como for, o teu esforço será recompensado quando enfim puderes assistir ao espectáculo natural das explosões ritmadas à medida que a lava laranja fluorescente do Vulcão Fuego ilumina o breu total da noite. Com uma camisola quentinha e uma boa chávena de café Guatemalteco, está dado o mote para uma noite memorável! Tem apenas em atenção que as noites são especialmente frias no vulcão, pelo que é recomendado que vistas várias camadas. Já depois de umas horas de sono em pleno Acatenango (alguns optam por fazer directa a assistir às erupções), o 2º dia do trilho irá começar ainda de madrugada com a subida final até ao topo do vulcão, onde poderás assistir ao nascer do sol. Finalmente, resta-te a descida de regresso a La Soledad, onde te espera o transfer de regresso a Antigua. Uma vez que chegarás à cidade por volta do meio-dia, podes aproveitar para almoçar, recolher a tua bagagem e apanhar um shuttle para Panajachel, em pleno Lago Atitlán!

Resumo dos 3º e 4º dias:

  • Subida ao Vulcão Acatenango

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 5 – Lago Atitlán: Panajachel, Santa Cruz, San Marcos e Santa Catarina de Palopó

Considerado um dos lagos mais extraordinários do mundo, o inigualável Lago Atitlán é um dos destinos mais famosos da Guatemala! Também ele cercado por várias estruturas cónicas, o lago foi criado após uma violentíssima explosão vulcânica ter deixado esta cratera massiva, que após ser alimentada por várias nascentes acabou para dar azo ao seu próprio ecossistema. A paisagem, como seria de esperar, é uma coisa do outro planeta, formada por águas cristalinas rodeadas de picos vulcânicos e natureza verdejante, à medida que várias vilazinhas tradicionais vão aparecendo no horizonte. Mais do que andar a correr entre diferentes atracções, visitar o Lago Atitlán passa muito por apreciar o cenário, fazer uma ou outra actividade aquática e ir saltitando entre algumas das vilas supramencionadas. Verdade seja dita, seria possível passar facilmente só 1 semana a explorar as margens do lago, pelo que teremos que ser selectivos com o curto período a que teremos direito. Por uma questão logística, recomendamos que faças de Panajachel a tua base, já que este é o maior, mais desenvolvido e melhor ligado centro urbano em toda a região do lago.

Para além disso, convém mencionar que a melhor forma de viajares ao longo do lago passa por recorreres às lanchas, que são serviços locais (como autocarros aquáticos) que ligam as diferentes vilas do Atitlán. Existem várias docas de onde saem lanchas para diferentes destinos, sendo que basta perguntar para que alguém te encaminhe para o barco correcto. O preço do bilhete varia entre Q 10 e Q 25, consoante a distância. O mesmo vale para o tempo de viagem, que pode chegar a 60 minutos para a rota mais comprida. Por outro lado, se precisares de viajar fora do horário de operação das lanchas colectivas (07h00-18h30), recorrer a uma privada será muito mais caro (para cima de Q 300). Escusado será dizer, os locais pagam sempre valores inferiores aos mencionados e as tarifas podem nem sempre fazer sentido, já que este é um sistema informal e descentralizado. Para além disso, recomendamos que ignores quaisquer abordagens de barcos privados durante o dia e nunca compres bilhetes a ninguém fora das docas.

Sem mais demoras, e agora que já abordámos os principais aspectos práticos, o teu dia inaugural no Atitlán será dedicado ao Lower Mayan Trail, um dos trilhos mais bonitos da região. Prolongando-se por 9 km, este percurso liga as localidades de Santa Cruz La Laguna e San Marcos La Laguna, com vistas absolutamente fenomenais sobre o lago e os vulcões que se erguem em seu redor. É um caminho fácil e bem demarcado, pelo que podes andar a um ritmo baixo e ir apreciando as coisas com calma. Quando chegares a San Marcos, podes aproveitar e dar um mergulho na Reserva Natural Cerro Tzankujil. Apesar do aspecto límpido das fotos, a verdade é que as águas do Atitlán tendem a acumular algum lodo nas margens, o que significa que nem todos os locais são apropriados para ir a banhos. No entanto, esta reserva é uma notável excepção, sendo até possível saltar de forma segura a partir de uma plataforma própria situada num pequeno promontório.

Já depois de um almoço tardio, vais apanhar a lancha de regresso a Panajachel, onde podes aproveitar para ver o ambiente na Calle Santander, principal via da vila, antes de pedires um tuk tuk que te ajude a percorrer a curta distância de 4 km até à localidade vizinha de Santa Catarina de Palopó (Q 30 a Q 40 para cada lado). Uma das vilas menos conhecidas do Atitlán, Santa Catarina foi alvo de um gigantesco projecto de remodelação e 2016, quando um investidor local decidiu pintar toda a vila de tons azuis com padrões tradicionais Maias, e transformá-la numa espécie de galeria de arte a Céu-aberto. O resultado foi positivo, tendo o número de visitantes subido e, por consequência, o nível de vida da população local melhorado. Para além de percorrer as suas ruas azuladas, podes sempre subir ao Mirador de Santa Catarina para apreciar as vistas, antes de regressares a Panajachel.

Resumo do 5º dia:

  • Santa Cruz La Laguna
  • Lower Mayan Trail
  • San Marcos La Laguna
  • Reserva Natural Cerro Tzankujil
  • Panajachel
  • Santa Catarina de Palopó

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Panajachel (Lago Atitlán)

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 6 – Lago Atitlán: San Juan e San Pedro

Depois de visitares 4 vilas na margem norte, irás virar atenções para a secção ocidental do lago, começando com a emblemática subida ao Indian Nose, o trekking mais famoso e concorrido do Atitlán. Situado nas proximidades de San Juan La Laguna, este pico montanhoso é especialmente encantador ao nascer do sol, razão pela qual muitos visitantes acordam com as galinhas só para cá vir. Infelizmente, a essa hora não operam lanchas públicas ao longo do lago, pelo que terás obrigatoriamente que negociar um barco privado a partir de Panajachel (conta com uns Q 300). Alternativamente, se não quiseres fazer o trilho de forma independente e preferires juntar-te a um tour guiado, podes sempre pedir para tratarem de uma lancha privada para ti. Quanto ao percurso, tem uma extensão de cerca de 7 km (ida-e-volta) e demora umas boas 3 horas a completar, com alguns trechos bastante inclinados. A vista compensa bem o esforço, já que o miradouro oferece uma vista magnífica sobre as águas do lago, com os vulcões San Pedro, Atitlán e Toliman a adornarem a paisagem. No caminho de regresso a San Juan, e já com o sol a brilhar bem lá no alto, podes fazer um desvio até ao Miradouro Kaqasiiwaan, lar da panorâmica mais pitoresca sobre esta vila.

Chegado ao centro, podes tomar um verdadeiro pequeno-almoço dos campeões e aproveitar para explorar as redondezas. San Juan é conhecida por ser a vilazinha mais adorável do Atitlán, e isso está bem patente na forma como as suas ruas são tratadas, com os locais a pendurarem chapéus (Calle de los Sombreros) e sombrinhas (Calle de las Sombrillas) sobre as vias para torná-las mais airosas. Para além disso, as ruas em calçada e edifícios coloridos também ajudam à festa. Quando estiveres pronto, podes pedir um tuk tuk até à vizinha San Pedro La Laguna, a última localidade do Atitlán que visitarás. A par de Panajachel, San Pedro é a outra base mais popular para quem quiser passar uns dias no lago, sendo particularmente conhecida pela sua colecção invejável de rooftops e cafés da pinta. Aliás, se quiseres um ambiente mais animado e com mais diversão nocturna, podes sempre optar por escolher um hotel aqui (embora as ligações sejam um pouco mais limitadas). Embora a cidade em si não seja forte em atracções turísticas, é um excelente sítio para alinhares nas actividades clássicas de kayaking e stand-up paddle nas águas do Atitlán, antes de apanhares a derradeira lancha do dia de volta a Panajachel.

Resumo do 6º dia:

  • Indian Nose
  • San Juan La Laguna
    • Miradouro Kaqasiiwaan
    • Calle de los Sombreros
    • Calle de las Sombrillas
  • San Pedro La Laguna
  • Kayak ou Stand-Up Paddle no Lago Atitlán

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 7 – Lago Atitlán: Day trip ao Mercado de Chichicastenango

Para o teu último dia no Lago Atitlán, vamos aproveitar a proximidade para fazer uma day trip até ao Mercado de Chichicastenango. Situado, tal como o nome indica, na pequena cidade de Chichicastenango, a menos de 40 km de Panajachel, este é o mercado mais lendário de toda a Guatemala, cumprindo na íntegra o estereótipo do bazar confuso, contagiante e extremamente colorido que reside no imaginário que a maioria tem da América Central. O tipo de sítio que, apesar de receber muitos turistas, continua acima de tudo a ser um mercado de locais, para locais, e onde podes encontrar um conjunto extraordinário de potenciais souvenirs. Entre estas últimas destacam-se os famosos e garridos têxteis Guatemaltecos, cuja história e processo manual de fabrico constituem, quiçá, a maior herança cultural e intangível do Império Maia no país. Aliás, quase toda a população de Chichicastenango é indígena (de etnia K’iche’), sendo por isso eles os grandes herdeiros históricos desta civilização. Outros produtos típicos incluem máscaras tradicionais, cerâmicas e incensos. É certo que os preços destes artigos específicos podem ser um bocadinho mais caros que noutros mercados do país, mas acabas por estar a pagar a experiência cultural.

Para além disso, é uma imagem bonita, a das centenas de banquinhas em madeira a ocupar as ruas antigas em calçada enquanto ainda paira o nevoeiro e neblina típicos das terras altas da Guatemala.  A par do mercado, aproveita também para visitar a Igreja de Santo Tomás, onde se misturam as crenças católicas com os ritos ancestrais indígenas; a mais pequenina Capilla del Calvario; o bizarro e estranhamente atmosférico Cemitério de Chichicastenango (um dos mais coloridos que algum dia verás); e Pascual Abaj, um altar formado por uma pedra sagrada erigido em honra de um antigo Deus Maia, ao qual a população local ainda se desloca para orar e participar em cerimónias tradicionais. Infelizmente, um grupo católico danificou seriamente o altar nos anos 50, raspando a cara da divindade que havia sido esculpida nessa mesma pedra/rocha. No entanto, isso não esmoreceu a crença da população, que continua a afluir a este local sagrado. Pelo caminho, podes parar no Museu das Máscaras Cerimoniais, normalmente utilizadas precisamente nesse tipo de celebração religiosa e em outras festividades culturais.

Quanto a informações práticas, o melhor é começar por referir que este mercado NÃO É diário, tendo apenas lugar às Quintas-Feiras e aos Domingos. Já para te deslocares entre Panajachel e Chichicastenango, tens pelo menos 3 hipóteses. As mais prontas e fáceis passam por recorrer a um shuttle turístico por $30 ida-e-volta (ver secção de transportes) ou contratar um tour organizado. Já para os mais intrépidos e/ou as carteiras mais apertadas, podes sempre apanhar um dos animados chicken buses. Na verdade, não existe um autocarro colectivo directo entre as duas localidades, obrigando-te por isso a alguns transbordos. Para começar, irás embarcar nesta paragem até Solola, onde irás trocar de autocarro para outro em direcção a Los Encuentros. Finalmente, farás aí o último transbordo até Chichicastenango. No total, a viagem durará cerca de 2 a 3 horas (dependendo dos tempos de espera), sendo que terás que fazer o percurso inverso para o regresso. Quanto a preços, conta gastar cerca de Q 40 ida-e-volta. Como dicas adicionais, pagamentos em cartão raramente são aceites (leva dinheiro), negociar o primeiro preço que te dão é praticamente obrigatório e tem especial cuidado com os teus pertences, já que está é uma zona propícia à actuação de carteiristas.

Resumo do 7º dia:

  • Mercado de Chichicastenango
  • Igreja de Santo Tomás
  • Capilla del Calvario
  • Cemitério de Chichicastenango
  • Museu das Máscaras Cerimoniais
  • Pascual Abaj

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 8 – Quetzaltenango (Xela)

Após despertares no Lago Atitlán pela última vez, vais sair de manhã bem cedo e apanhar um shuttle turístico até Quetzaltenango, a cerca de 2h30 de distância. Apesar do nome oficial aparentemente complicado, atribuído pelos espanhóis após a sua conquista, a maioria dos locais continua a chamar-lhe Xela, o seu nome original Maia. De resto, a preservação da cultura e tradições indígenas é um dos encantos de Quetzaltenango (ou Xela), já que são muito poucos os turistas que se aventuram pela segunda maior cidade da Guatemala. Bom, isso e os trilhos, já que, estando cercada pelos habituais vulcões e picos verdejantes das Terras Altas, a metrópole é considerada um dos melhores destinos do país para fazer trekking. No entanto, e até porque terás que fazer a viagem por terra e pousar as trouxas no hotel, o teu primeiro dia em Quetzaltenango terá uma vertente mais tranquila e cultural. Assim, já bem instalado, irás começar por visitar o Templo de Minerva, situado junto à estação de autocarros à porta do centro histórico. De resto, este templo que parece saidinho da Grécia Antiga é um excelente cartão de boas-vindas à singularidade de Xela, que tem um ambiente e sentido estético distinto do resto da Guatemala. No caso específico deste edifício, foi apenas uma das várias construções deste tipo ordenadas por Manuel Estrada Cabrera, ditador durante mais de 2 décadas.

Ao que parece, o homem levava muito a sério a educação das gerações futuras, razão pela qual financiou um pouco por todo o país diversos templos de homenagem a Minerva, divindade Romana da sabedoria. Junto ao monumento, podes aproveitar para explorar o caótico Mercado Minerva, antes de dares entrada no distrito central da cidade, onde os prédios altos e descaracterizados dão lugar às típicas casinhas baixas de fachadas coloridas, pontualmente intercaladas com edifícios históricos. De resto, um desses diz precisamente respeito ao Teatro Municipal, que podia muito bem figurar em qualquer cidade europeia! À semelhança da maioria das cidades Latino-Americanas, o casco antigo de Xela desenvolve-se em redor de uma praça central – neste caso o Parque Centro América – flanqueada por imponentes edifícios religiosos e governativos do tempo colonial, como a Catedral do Espírito Santo ou o Palácio Municipal. Nas imediações da praça, recomendamos a visita à Pasaje Enriquez, uma arcada comercial decrépita e estranhamente fotogénica, e à Puente de los Chocoyos. Para fechar em beleza, e até para uma pequena amostra das vistas fenomenais que te esperam no dia seguinte, sugerimos que termines com a subida ao Cerro El Baúl, principal miradouro de Quetzaltenango. Podes fazer a subida sozinho, mas assegura-te de que regressas ao centro antes do sol se pôr, por razões de segurança.

Resumo do 8º dia:

  • Templo de Minerva
  • Mercado Minerva
  • Teatro Municipal
  • Parque Centro América
  • Catedral do Espírito Santo
  • Palácio Municipal
  • Pasaje Enriquez
  • Cerro El Baúl

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Quetzaltenango

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 9 – Trilho do Vulcão Santa Maria

Agora que já visitaste o centro de Xela, é altura de fazeres aquilo que verdadeiramente te trouxe até estas paragens: trekking! Conforme mencionado, a cidade está cercada por diferentes vulcões, lagoas e miradouros, permitindo-te completar vários trilhos e apreciar da melhor forma as terras altas da Guatemala. Posto isto, e uma vez que não terás tempo de visitar todos estes locais, achámos por bem concentrar os teus esforços na subida ao Vulcão Santa Maria, o percurso mais famoso da região! No entanto, prepara-te para uma missão bastante cansativa, com uma subida de 4 horas até ao pico mais alto do vulcão, a uma altitude de mais de 3700 metros (+ 2h30 a 3h00 para descer). Durinho, mas bastante compensador, já que a vista sobre o vale circundante é absolutamente sublime, destacando-se na paisagem a cratera fumegante do Santiaguito, o vulcão mais activo de toda a Guatemala (sim, ainda mais do que o Acatenango). Como sempre, podes fazer a subida de forma independente com recurso aos mapas offline do Maps.me, ou com a ajuda de um guia que te ajudará a enveredar pelo caminho certo (recomendado se não tiveres experiência de trekking). Se optares por ir sozinho, o primeiro passo é mesmo conseguir chegar ao início do trilho, na pequena aldeia de Llanos del Pinal, a 7 km de Xela.

Para a curta deslocação, podes pedir um Uber ou apanhar um chicken bus (uns bons 20 minutos de caminho) na paragem do Parque El Calvario. Chegado ao ponto de partida, espera-te então a longa e exigente subida, com um percurso que nem sempre está devidamente demarcado. No entanto, se estiveres atento às marcas vermelhas que vão aparecendo e utilizares os mapas offline, dificilmente te irás perder. Acima de tudo, vai com tempo e com muita calma, para que o esforço físico, o stress e a altitude não comecem a afectar as tuas capacidades e experiência. Gere o esforço, vai parando sempre que necessário e aproveita a sensação de realização assim que finalmente chegues ao topo e aprecies a paisagem vulcânica por detrás das nuvens de fumo expelidas pelo Santiaguito! Por outro lado, se achares que este trilho pode ser demasiado exigente para aquilo que procuras, podes subir apenas até ao Mirador Volcán Santiaguito, ou optar pelo bem mais curto e acessível Vulcão Cerro Quemado. Se já estiveres cansado de tanto vulcão e preferires uma caminhada diferente, recomendamos também o trilho até à Laguna Chicabal, que para além da beleza natural, é considerado um local sagrado pelos seguidores das religiões ancestrais Maias. Com sorte, podes até assistir a uma cerimónia nas águas do lago!

Resumo do 9º dia:

  • Trilho do Vulcão Santa Maria

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 10 – Deslocação até Lanquín

Se já por diversas vezes mencionamos que as deslocações na Guatemala podem ser bastante morosas e aborrecidas, muito à conta das estradas rudimentares e da topografia acidentada do terreno, hoje é finalmente dia de sentires essa inconveniência na pele. Afinal, terás pela frente a looooonga deslocação até Lanquín, o próximo ponto do roteiro. Partindo de Xela, e assumindo que optas pelo shuttle turístico (mais infos na secção de transportes), a viagem terá a duração de nada menos que 10 horas!

Assim, e sem surpresa, não terás tempo para mais nada, restando-te apenas fazer check-in no teu alojamento de Lanquín, comer alguma coisa e descansar as pernas para o entusiasmante dia que se avizinha.

Resumo do 10º dia:

  • Shuttle entre Quetzaltenango (Xela) e Lanquín

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 11 – Semuc Champey

Já bem no interior da densa selva Guatemalteca, a pequena e insuspeita cidade de San Agustín de Lanquín pode parecer, pelo menos à primeira vista, um destino com muito pouco para oferecer. Aliás, se considerarmos a ginástica logística necessária para cá chegar, é fácil chegar à precipitada conclusão de que não merece o esforço. No entanto, a apenas 10 km de distância, esconde-se um dos maiores tesouros naturais de toda a Guatemala, sob a forma do pitoresco e resplandecente Semuc Champey. Formado por um desfiladeiro coberto por vegetação densa, este monumento natural é outro dos locais mais icónicos do país, destacando-se pela formação em cascata de inúmeras piscinas naturais de calcário, criadas por força da acção das águas turquesas do Rio Cahabón. Em suma, um sítio onde podes fazer trekking, apreciar uma das paisagens mais singulares do planeta e ainda ir a banhos – o que há para não gostar? Para além disso, e ao contrário do que acontece com as subidas aos vulcões, o local é bastante bem organizado e sinalizado, o que significa que, depois de tratares do transporte, visitar de forma independente é muito fácil. Falando no diabo, existem várias formas de te deslocares entre Lanquín e Semuc Champey. Cientes da popularidade do destino, vários locais organizam carrinhas de pick-up (chamadas localmente de Colectivos 4×4) para transportar turistas, saindo com bastante frequência desta localização e chegando à entrada do parque em quase meia-hora. O preço é de Q 25 só ida. Alternativamente, podes optar por caminhar toda a distância até à reserva ou juntar-te a um tour guiado de Semuc Champey.

Já no destino, e depois de pagares Q 50 de entrada, é só seguir as placas e visitar todo o espaço, aproveitando para nadar nas várias piscinas naturais e subir ao miradouro para a vista emblemática que aparece em todos os guias da região. Embora tenhas que pagar entrada separada, o complexo inclui ainda as Cavernas Ka’an Ba (Q 60), um sistema subterrâneo que irás navegar em grupo, de vela na mão, enquanto mergulhas, saltas e te esgueiras gruta afora até à saída. Se isso te parece demasiada adrenalina para uma só hora, podes trocar (ou complementar) esta intrépida visita por uma sessão de Tubing pelo leito do Rio Cahabón. Igualmente por Q 60, ser-te-á providenciada uma boia onde te podes sentar/deitar à medida que flutuas tranquilamente rio abaixo de cerveja na mão. Tem só em atenção que, na época das chuvas, é muito comum formarem-se rápidos, tornando a viagem muito mais atribulada. No final do percurso, existem carrinhas pick-up para te levar de regresso ao ponto de embarque. Finalmente, deverás levar a tua própria toalha, chinelos e farnel, já que não existem restaurantes dentro da reserva e os poucos que tens à “porta” são de qualidade duvidosa. Existem também cacifos para colocares os teus pertences enquanto nadas, mas de nada te servem se não levares um aloquete que possas utilizar para trancar o compartimento.

Resumo do 11º dia:

  • Semuc Champey

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Lanquín

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 12 – Deslocação até Flores

Derradeira prova de que Lanquín fica mesmo no fim do mundo, irás perder mais um dia inteiro (será o último, prometemos) à conta de uma deslocação com origem ou destino na selva. Desta vez, irás fazer-te à estrada durante 8 horas a bordo de um shuttle turístico até Flores, principal cidade do Distrito de Petén e um dos mais importantes centros urbanos e culturais do norte do país.

No entanto, o que justifica o desvio até Flores é mesmo a oportunidade de visitar um dos mais impressionantes tesouros arqueológicos de toda a América. Mas sobre isso falaremos já a seguir!

Resumo do 12º dia:

  • Shuttle entre Lanquín e Flores

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 13 – Flores: Tikal

Recuperado de mais uma longa travessia pela selva e floresta da Guatemala, despertarás finalmente em Flores, que curiosamente é o primeiro destino de muitos viajantes que visitam o país, nomeadamente dos que entram por terra a partir de México (Península de Yucatan) e Belize. Um pouco à semelhança de Lanquín, a popularidade desta cidade entre turistas está intimamente associada a um único sítio, embora Flores ofereça bem mais para ver e fazer. Seja como for, e porque o tempo é limitadíssimo, vais começar precisamente por visitar esse marco histórico, porventura a grande atracção turística do país. Falamos – claro está – de Tikal, um local arqueológico que muitos defendem tratar-se das melhores ruínas Maias do planeta, suplantando até o lendário Chichén Itzá, uma das Sete Maravilhas do Mundo. A isso também ajuda o facto de, ao contrário das suas congéneres Mexicanas, Tikal ter uma história bem pesquisada e definida, que ajudou a compreender melhor o antigo reino local, a sua forma de organização e a história dos vários edifícios das ruínas. Para além disso, a forma como estes edifícios imponentes estão meios escondidos e os vais descobrindo à medida que se erguem por entre o arvoredo irá fazer-te sentir um autêntico Indiana Jones! Aliás, mesmo à data de hoje, os historiadores e arqueólogos sabem que parte da cidade continua soterrada sob a selva Guatemalteca.

No entanto, do que está disponível para visita (e já não é nada pouco), é importante começar por destacar as estruturas que fazem parte da Gran Plaza, considerada o coração do Tikal, como o Templo do Grande Jaguar, o edifício que aparece na maioria das fotos; a Acrópole Norte, a Acrópole Central e o Templo das Máscaras. Já depois de avançares pelo espaço adentro, em plena floresta, não deixes de procurar o Templo da Serpente Bicéfala, o mais alto de Tikal e cuja escadaria podes subir para uma vista fabulosa sobre a antiga cidade Maia; o Templo V, a pirâmide mais escondida e camuflada pela vegetação; ou o Complexo Mundo Perdido, uma espécie de subsecção do Tikal com mais edifícios históricos. Quanto às informações práticas, Tikal fica a cerca de 65 km de Flores. Existem várias formas de viajar entre os dois locais, com as mais populares a passarem pelo shuttle turístico (20$ ida-e-volta), pelo chicken bus (Q 50 para cada lado, a partir da estação de autocarros de Flores) ou por um tour guiado. Quanto aos bilhetes, este é o único sítio na Guatemala onde recomendamos que compres o bilhete online. O preço é o mesmo (Q 150), mas a bilheteira física fica bastante longe da entrada das ruínas, e nem todos os autocarros esperam pelos passageiros que têm que parar lá. Fora isso, é tudo bastante simples e organizado.

Se saíres de Flores bem cedo e apanhares a hora de abertura to Tikal (8h00), estarás de regresso à base pelas 13h00, tendo ainda tempo para almoçar e passar a tarde a explorar um pouco. Situada nas margens do Lago Petén Itzá, Flores conta com uma pequenina e adorável Cidade Velha situada numa ilhota que está ligada ao resto da cidade por uma ponte. De resto, fazer essa travessia é quase como entrar numa realidade diferente, com a azáfama, trânsito e barulho a darem lugar a um adorável rendilhado de ruelas, becos e casinhas coloniais coloridas. Um verdadeiro encanto! Aqui, podes parar para um café na Praça Central, chamada Parque Monsenor Próspero Penados del Barrio, e visitar a Catedral de Nuestra Senora de los Remedios, antes de percorreres toda o Malecon, o passadiço marginal junto ao lago que rodeia toda a ilha. O distrito em si é muito pequenino, bastando uns 40 minutos para correr todas as ruas e recantos, mas é também um dos mais charmosos do país. Se ainda tiveres tempo e te quiseres aventurar pelas águas do lago, podes sempre alugar um kayak ou apanhar um water taxi até à Península de San Miguel, na margem oposta do lago (Q 20 ida-e-volta), dar um mergulho na Playa Chechenal e subir ao Mirador del Rey Canek para uma panorâmica bem bonita da Ilha de Flores e das águas do Lago Petén.

Resumo do 13º dia:

  • Tikal
    • Gran Plaza
    • Templo do Grande Jaguar
    • Acrópole Norte
    • Acrópole Central
    • Templo das Máscaras
    • Templo da Serpente Bicéfala
    • Templo V
    • Complexo Mundo Perdido
  • Ilha de Flores (Cidade Velha)
    • Parque Monsenor Próspero Penados del Barrio
    • Catedral de Nuestra Senora de los Remedios
    • Malecon
  • Península de San Miguel
    • Playa Chechenal
    • Mirador del Rey Canek

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Flores

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 14 – Río Dulce

Mais uma voltinha, mais uma viagem! Desta feita, o destino final será Livingston, a principal estância balnear da costa caribenha da Guatemala. No entanto, ao invés de perderes o dia inteiro numa deslocação enfadonha, vais aproveitar a viagem para completar o curso mais pitoresco da Guatemala. Acontece que Livingston está isolada do resto do país, cercada por um parque natural e reserva protegida que não é atravessado por qualquer estrada. Como tal, a única forma de chegares à vila passa por apanhares um ferry, com ligações recorrentes a partir de Puerto Barrios e de Río Dulce. Neste caso, recomendamos que optes pela última, já que a travessia de barco entre Río Dulce e Livingston é uma das mais bonitas (e subvalorizadas) do mundo, ziguezagueando pelos canais do rio homónimo e atravessando o Lago El Golfete. Se sempre sonhaste navegar uma floresta tropical, esta é a tua oportunidade sem que tenhas que te sujeitar a uma viagem dura e longa. Para além disso, a partir daqui começarás a notar uma mudança gradual na composição étnica da população, com os Maias e começarem a dar lugar à cultura Afro-Caribenha dos Garifunas.

Para chegares a Río Dulce a partir de Flores, terás que apanhar um shuttle turístico (3h00; $25,00). Assim que chegues, não vale a pena perderes grande tempo na vila, já que o verdadeiro encanto está mesmo na água. Actualmente, existem duas partidas de ferry diárias até Livingston, com saída do Cais Municipal às 9h30 e às 14h30. Os bilhetes custam Q 125. Curiosamente, e apesar de ser um meio de transporte colectivo, as viagens são organizadas quase como se de um tour se tratasse, com paragens estratégicas em locais populares ao longo do percurso, como o Castelo de San Filipe ou a Isla de Pajaros. De qualquer das formas, não são precisas grandes atracções ou marcos, já que o melhor é mesmo relaxar e apreciar a paisagem. Ao fim de 2 horas, o rio desaguará na Baía de Amatique, com o barco a parar em Livingston para o desembarque. É provável que não reste tempo para muito mais, pelo que deves fazer check-in no hotel, comer alguma coisa e aproveitar para relaxar. Amanhã espera-te um dia no paraíso!

Resumo do 14º dia:

  • Río Dulce (travessia de ferry até Livingston)

Roteiro de 15 dias na Guatemala: Dia 15 – Livingston

Chegados ao último dia do teu itinerário pela Guatemala, considerámos apropriado fechar esta aventura no local mais paradisíaco do país, onde podes apanhar sol, fazer praia e ir a banhos antes do regresso. Verdade seja dita, Livingston em si até nem é assim tão idílica, já que algumas das praias são um bocadinho sujas e as águas da Baía de Amatique tendem a ser bastante escuras (e por isso pouco apelativas) junto ao centro da vila. No entanto, assim que te aventures pelos trilhos das redondezas e te afastes do centro urbano, o cenário muda e passa a ser possível ter um vislumbre do cenário estereotipado das Caraíbas. Claro que o turismo balnear não é propriamente o forte da Guatemala (para isso mais valia ires para o México ou para qualquer ilha das Caraíbas), mas é um excelente complemento para um destino surpreendentemente completo. Para além disso, se em Río Dulce já tiveste um primeiro contacto com os Garifunas, Livingston é o elemento central desta comunidade, permitindo-te interagir com esta cultura e perceber as diferenças para o resto da Guatemala, não só no que toca a traços étnicos, mas também a aspectos culturais como a música ou a comida. Posto isto, calça umas sapatilhas (ténis é no court) confortáveis e faz-te aos trilhos a norte de Livingston.

Os caminhos estão bem demarcados e não são particularmente exigentes, pelo que podes completá-los de forma independente. Ao fim de 2 horas de percurso, chegarás a Siete Altares (Q 20), umas cascatas fenomenais e, muito provavelmente, a grande atracção turística de Livingston. 6 km mais a norte, é também obrigatório visitar a Playa Blanca (Q 30), umas das mais selvagens e pristinas da Guatemala. Uma vez mais, importa ajudar expectativas, até porque as praias locais são muito menos impressionantes que as dos países vizinhos. Ainda assim, dentro do quadro Guatemalteco, dificilmente encontrarás melhor! Pelo caminho, podes também parar na pequenina Punta de Cocoli. Se quiseres poupar algum tempo e esforço, basta passares no cais local e procurar um barco público até Siete Altares (Q 50), cumprindo “apenas” o resto do percurso a pé. Ao final do dia, passarás a última noite na Guatemala, já que o dia seguinte será passado a regressar à Cidade da Guatemala, onde embarcarás no voo transatlântico de volta a casa. Neste caso, será mais rápido apanhar o ferry para Puerto Barrios (em vez de Río Dulce, por onde vieste), onde podes depois apanhar um shuttle até à capital. Por outro lado, se estiveres a fazer um périplo pela América Central, podes apanhar um barco directamente de Livingston para o Belize (Punta Gorda) ou seguir por terra de Puerto Barrios para as Honduras.

NOTA: Atendendo à forma como o roteiro foi desenhado, optei por incluir Livingston como o destino de praia a visitar na Guatemala. No entanto, se quiseres explorar outros areais do país, o melhor que tens a fazer é ficar-te pela costa do Pacífico, onde encontrarás locais populares como El Paredon ou Monterrico.

Resumo do 15º dia:

  • Siete Altares
  • Punta de Cocoli
  • Playa Blanca

Onde comer na Guatemala – Melhores restaurantes em Livingston

Seguro de Viagem

Para contratar o teu seguro de viagem recomendamos a Heymondo, que tem aquela que é, para nós, a melhor gama de seguros da atualidade, com uma relação qualidade-preço imbatível, e que inclui também cobertura para os teus equipamentos eletrónicos.

Se reservares connosco, através deste link, tens 5% de desconto no teu seguro e, ao mesmo tempo, dás-nos uma ajuda preciosa 🙂

Consulta do Viajante

Aconselhamos a marcar a tua consulta na Consulta do Viajante Online. Segue esta ligação para marcar a tua consulta.

Tours & Atividades

Reserva já os teus tours ou atividades no Viator, do grupo Tripadvisor! E ao fazê-lo estás-nos a dar uma grande ajuda 🙂

Queres receber notificações acerca de novas ofertas?

Regista-te e decide a frequência de envio. Não vamos enviar spam!

Sugestões de viagem