Guia de viagem de Paris que inclui informações acerca de hotéis, restaurantes e transportes entre aeroportos e cidade, bem como um roteiro completo de 72 horas (com hipótese de prolongar 2 dias para visitar a Disneyland). O itinerário menciona tudo o que ver e fazer em Paris em 3 dias, com destaque para as principais atracções e pontos turísticos.
Paris, Cidade Luz. O destino turístico mais visitado do mundo, a capital francesa é uma das metrópoles mais celebradas do planeta à conta da sua história antiga, arquitectura monumental e museus de topo. Dos clássicos que todos conhecem e querem ver, com a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo ou a Catedral de Notre Dame à cabeça, segue-se a Paris dos filmes e do imaginário, onde as fachadas clássicas em tons bege são adornadas por arranjos florais, os artistas expõem os seus quadros nas ruas dos quarteirões históricos e casais de namorados passeiam de mãos dadas junto às margens do Sena.
Como em tudo na vida, Paris é complexa. Não é o sonho idílico e pristino pintado nas telas dos séculos XIX e XX, mas também não é o local sobrevalorizado e aparentemente perigoso que muitos gostam de apregoar hoje em dia. Paris pode não ser preta ou branca, mas certamente que não é cinzenta. E se a Cidade Luz já roubou o coração de milhões de pessoas, quiçá também possa ficar com um pedacinho do teu.
Posto isto, convidamos-te a ler o nosso guia de viagem de Paris e descobrir o que de melhor a capital francesa tem para oferecer, incluindo hotéis, restaurantes, transportes, dicas de segurança e ainda um roteiro completo de 3 dias com tudo o que deves ver e fazer em Paris, com hipótese de estender por um período extra de 2 dias para visitar a Disneyland Paris.
Sem surpresa, dado o seu estatuto enquanto destino turístico de referência, Paris é servida por nada menos que 4 aeroportos internacionais: o Aeroporto Charles de Gaulle, o Aeroporto de Orly, o Aeroporto Beauvais-Tillé e ainda o Aeroporto de Vatry.
Partindo de Portugal, é possível voar directamente para Paris através dos seguintes pontos:
A proximidade e facilidade de acessos de Paris fazem com que qualquer temporada passada na Cidade Luz seja digna de registo. Afinal, se não conseguires visitar tudo, há sempre uma boa desculpa para regressar à capital francesa! Posto isto, seja num fim-de-semana prolongado de 3 dias ou numa aventura mais extensa de 1 semana, é perfeitamente possível desfrutar de Paris a ritmos diferentes.
Por outro lado, quanto mais day trips ou excursões acrescentares, com destaque para os desvios clássicos a Versalhes e à Disneyland, maior a necessidade de prolongares o roteiro.
Estando situada ali na parte mais ocidental do continente europeu, ditam as regras que a melhor altura para visitar Paris coincida com a Primavera, Verão e Outono, com o período compreendido entre os meses de Maio e Setembro a ser o mais apetecível. Tem, contudo, em atenção que os meses de Verão em Paris podem ser extraordinariamente quentes e os preços de fugir, com multidões de estrangeiros verdadeiramente avassaladoras!
Em contrapartida, deverás então optar pela chamada shoulder-season, correspondente aos restantes meses de Primavera e Outono, quando as temperaturas tendem a ser mais equilibradas e o número de turistas – bem como os preços – um pouco mais baixos. Por outro lado, e para uma experiência mais amiga da carteira, o Inverno também não é má altura para visitar a Cidade Luz. É verdade que ficas um pouco mais à mercê do que o São Pedro te oferecer, mas a capital francesa não fica menos encantadora por isso.
Uma vez que continuarás dentro da União Europeia, não te é exigida a apresentação de passaporte para poderes viajar, bastando apenas que estejas na posse de cartão de cidadão válido.
Estando o país vinculado às regras de roaming da UE, não te será cobrada qualquer taxa de roaming durante a tua visita a Paris.
Assim sendo, poderás simplesmente utilizar o teu cartão (quase) como se estivesses em Portugal (os dados das apps que as operadoras portuguesas contam num plafond separado, passam a contar para o teu plafond principal de dados. Isto significa que se tiveres 5GB de dados + 15GB para apps, enquanto estiveres em Paris esses dados vão ser retirados aos 5GB e não aos 15GB).
Uma vez que a França faz parte da Zona Euro, o conjunto de países onde é utilizada a moeda única, poderás utilizar o teu cartão de crédito/débito português para fazer levantamentos e pagamentos no destino sem que te seja cobrada qualquer taxa de conversão.
Assim sendo, terás apenas que ter em atenção potenciais taxas cobradas pelo banco emissor da própria caixa automática onde fizeres o levantamento. Contudo, e sempre que haja lugar ao pagamento de qualquer comissão deste tipo, essa informação é descortinada antes de confirmares o levantamento, o que significa que podes sempre cancelá-lo e procurar outra caixa. Tem especial atenção às caixas da Euronet, que cobram uma comissão fixa por levantamento com cartão estrangeiro.
Por outro lado, se precisas de ajuda a manter o orçamento de viagem sob controlo, recomendamos neste guia de viagem de Paris a utilização do cartão Revolut. Ainda que neste país não possas usufruir da principal vantagem deste produto – levantamentos em moeda estrangeira sem taxas de conversão – continua ainda assim a ser uma ferramenta útil.
Através da aplicação do banco online, terás acesso imediato a todos os gastos e ao saldo da tua conta, monitorizando assim os teus gastos diários. Para além disso, poderás carregar o cartão apenas com o valor que esperas gastar (por dia ou na viagem), evitando assim que gastes mais do que aquilo que esperavas e limitando também o valor que podes perder em caso de roubo ou fraude.
Descobre mais: Dicas para viajantes: Tudo que precisas de saber sobre o Cartão Revolut
Embora Paris pareça ter recentemente desenvolvido esta fama de destino semi-perigoso, a verdade é que a capital francesa é um destino perfeitamente seguro. Afinal, que cidade com 12 milhões de habitantes e 40 milhões de visitantes anuais não tem os seus desafios? Como em qualquer outro sítio de dimensões semelhantes (e até mais pequenas) o importante é manter o bom-senso. Cuidado com os veículos sem taxímetro, tem especial atenção aos teus pertences em zonas movimentadas (especialmente junto às estações de comboios e às principais atracções turísticas) e nunca aceites ajudas de ninguém quando estiveres a utilizar o multibanco. No fundo, não faças nada que não farias em nenhuma outra cidade do mundo!
Embora Paris tenha as suas zonas potencialmente mais perigosas e degradadas, a verdade é que, enquanto turista, muito dificilmente te aproximarás sequer desses distritos. Como tal, e à semelhança de qualquer cidade com muito turismo, o teu principal risco serão mesmo os scammers e burlões. E aí, a receita é a mesma em todo o lado: quanto mais corda deres, maior é a probabilidade de arranjares problemas. Ignora quaisquer abordagens suspeitas e não interajas com actividades que são ilícitas ou claramente boas demais para ser verdade (como os tradicionais joguinhos de apostas onde tens que adivinhar em que copo o scammer esconde a bola). Isto não significa que não possas interagir com ninguém ou estar constantemente em estado de alerta – basta apenas ter os cuidados básicos para não te tornares um alvo.
Relativamente a burlas/truques específicos de Paris (à excepção do jogo da bolinha), é bastante comum encontrar grupetas a tentar “vender” pulseirinhas junto às zonas mais turísticas. Especialmente nas imediações da Sacré Coeur, estes bandos organizem-se na escadaria de acesso e tentam prender as bugigangas nos pulsos dos mais desatentas. Estas pulseiras têm um mecanismo que faz com que não sejam intuitivamente fáceis de retirar, sendo que os “vendedores” te irão coagir a pagar pelo objecto enquanto, com dificuldade, o tentas remover. Nesses casos, e se fores apanhado desprevenido, o melhor a fazer é simplesmente prosseguir e ameaçar que irás chamar a polícia. A situação poderá ser desconfortável e até intimidante, uma vez que serás cercado, mas é importante não ceder e não pagar absolutamente nada – ou estarás a recompensar e perpetuar uma prática ilícita.
O mesmo vale para os tradicionais angariadores de dinheiro para causas solidárias, uma prática comum em outras cidades europeias. A não ser que os voluntários estejam devidamente identificados, a probabilidade de ser apenas mais um esquema para sacar dinheiro a turistas insuspeitos é extremamente elevada.
Finalmente, recomendamos especial cuidado na hora de completares o teu pedido nos restaurantes situados em zonas mais turísticas. Certifica-te sempre de que consultas o preço no menu antes de pedir, caso contrário podes apanhar uma desagradável surpresa na hora de receber a conta! O mesmo vale para os espectáculos burlescos na zona de Pigalle e Montmartre. Se os preços dos shows são estranhamente acessíveis, prepara-te para menus absolutamente ultrajantes!
Sem surpresa, Paris é uma cidade onde o alojamento levará uma porção substancial do teu orçamento de viagem. Se os preços nunca foram propriamente baixos, os últimos anos de inflação galopante acabaram por ter um efeito quase assustador nos valores cobrados, mesmo nas zonas menos nobres e mais periféricas.
Posto isto, e até para ajudar na logística da tua viagem, é importante saber quais as melhores zonas para se ficar alojado em Paris. Composta pelos famosos 20 arrondissements, o nome dado aos diferentes distritos administrativos parisienses, estamos aqui para te ajudar a decifrar quais os melhores quarteirões a utilizar como base, tendo por critérios a proximidade a atracções turísticas, a segurança, a atmosfera e o orçamento.
Nota: Ao fazeres as tuas reservas através dos vários links abaixo não vais pagar mais e estás a contribuir significativamente para a sustentabilidade deste projeto 🙂
Uma excelente opção para os viajantes mais inexperientes que visitem Paris pela primeira vez, o 1º Arrondissement é uma aposta segura. Neste distrito, poderás encontrar o Louvre, o Palais Royal ou o Jardin des Tuileries, abrangendo ainda uma parte considerável da Île de la Cité, lar da Sainte-Chappelle e – mais importante – da lendária Catedral de Notre Dame. Para além disso, e num raio de cerca de 3 km, estarás na proximidade de praticamente todas as atracções parisienses de culto.
No fundo, se não quiseres depender do sistema de transportes públicos local e preferires percorrer a cidade a pé, este é um dos distritos mais centrais de Paris. Em contrapartida, a conveniência é paga a preço de ouro na capital francesa, pelo que os preços do alojamento tendem a ser bastante altos.
Outra opção extremamente central, o 2º Arrondissement não fica atrás do seu predecessor no que toca a acessos e conveniência. Embora o distrito em si não contenha nenhuma atracção digna de renome, continuarás a uma caminhada de distância das principais atracções da capital francesa. A desvantagem, uma vez mais, passa pelos preços, sendo este um dos arrondissements mais caros de Paris.
Por outro lado, o ambiente dificilmente poderia ser melhor. Com uma concentração bastante grande de bares, cafés e restaurantes, sempre com aquele toque clássico que só Paris oferece, o 2º Arrondissement é uma excelente base para quem procura a Paris do imaginário colectivo e dos cartões-postais.
Dividida entre os 3º e 4º Arrondissements, Le Marais é uma das áreas mais pitorescas e populares de Paris, situada junto às margens do Rio Sena. Apesar de ligeiramente mais deslocada que as opções acima, o quarteirão continua a ser extremamente central. Para além disso, se precisares que utilizar os transportes públicos, tens à tua disposição várias paragens de metro e ainda a grande estação de Les Halles, uma das mais bem conectadas da capital francesa.
Le Marais é a Paris dos filmes de época. Das ruas estreitas e das lojinhas antigas. Das vias pedestres e das fachadas pastel. Dos jardins de rua e das pracetas monumentais. A Paris que todos querem conhecer. Infelizmente, e este será um tema recorrente no artigo, os preços em Le Marais tendem a ser substancialmente mais altos que a média.
O nome dado ao 5º Arrondissement, o Quartier Latin é o distrito boémio de Paris, ou não fosse este o lar da famosa Universidade Sorbonne. Como tal, podes esperar o cenário típico de qualquer quarteirão associado a uma comunidade estudantil, com muitos bares, restaurantes (relativamente) baratos, livrarias e muita animação. Para além disso, o próprio distrito alberga algumas atracções bastante populares, como o Panteão, o Museu de Cluny ou a Grande Mesquita de Paris.
Ao contrário dos outros arrondissements mencionados até aqui, o Quartier Latin é também famoso por disponibilizar alojamentos a preços mais simpáticos que a média parisiense.
Também conhecido por Saint-Germain-des-Pres, este é o centro original da boémia de Paris. Embora seja hoje em dia um local bastante exclusivo, era nas margens do Sena que filósofos, artistas e escritores de reuniam e debatiam o estado da nação gaulesa. Foram-se os artistas, mas ficaram os cafés, que figuram entre os mais clássicos e populares da cidade. Quanto a atracções propriamente ditas, o distrito alberga o extraordinário Jardin du Luxembourg.
Com uma excelente localização que te permitirá caminhar para praticamente todo o lado, ensanduichado entre o Quartier Latin e o popular 7º Arrondissement, o único downside é o mesmo do costume: o preço dos hotéis e alojamentos!
Provavelmente o mais clássico e popular de todos os Arrondissements parisienses, é aqui que poderás encontrar a emblemática Torre Eiffel, símbolo maior da nação francesa. Para além disso, o distrito conta ainda com outras atracções de renome, como o Museu d’Orsay ou o Hôtel des Invalides, e fica bastante próximo da Ponte Alexandre III, da Place de la Concorde, dos Campos Elísios e do Arco do Triunfo. Em suma, um arrondissement que marca pontos no que toca a conveniência, centralidade e acessos.
Por outro lado, é também o distrito mais turístico de Paris, o que acaba por se transcrever em preços bastante altos (os mais altos da realidade já inflacionada da cidade) e um corrupio quase infindável de multidões de outros turistas.
Outro distrito extraordinariamente emblemático, o 8º Arrondissement será, porventura, um dos mais centrais da cidade, permitindo-te caminhar até praticamente todos os pontos de interesse da cidade (salvo algumas honrosas excepções). De resto, este é o distrito situado imediatamente a norte do arrondissement destacado acima, e é o lar de locais tão famosos quanto o Arco do Triunfo e os Campos Elísios.
Infelizmente, e a par dos 6º e 7º Arrondissements, o 8º integra o pódio dos distritos com os alojamentos mais caros de Paris, pelo que ficar por estas bandas vai certamente deixar-te um buraco na carteira.
Considerado o antigo Red Light District de Paris, o 9º Arrondissement continua a ser um dos principais epicentros da vida nocturna parisiense, embora agora com uma toada bem mais “family-friendly”. Como tal, podes esperar uma concentração bastante generosa de bares, restaurantes e clubes nocturnos. Por outro lado, a sua localização é também um grande atractivo, permitindo-te explorar a pé todos os pontos de interesse da margem norte do Sena (incluindo Montmartre).
Embora não seja tão pristino e limpo quanto os arrondissements mais turísticos, Pigalle (o seu outro nome) oferece um dos melhores rácios de qualidade-preço no que toca a alojamentos nas zonas centrais de Paris. É de aproveitar!
Para aqueles que procuram opções mais low-cost para a sua estadia em Paris, vale bem a pena explorar os alojamentos situados nas proximidades do Canal Saint-Martin. Este corpo de água estende-se pelos 10º, 11º e 19º Arrondissements da capital gaulesa, passando por várias zonas residenciais. É um lado bem mais pacato da cidade, ideal para quem não se importar de trocar a conveniência das caminhadas por uma experiência mais autêntica e amiga da carteira.
Para além disso, esta zona está extremamente bem ligada ao resto da cidade através do sistema de metropolitano, para além de albergar a Gare du Nord e a Gare d l’Est, duas das principais estações ferroviárias de Paris.
Para fechar a nossa lista das melhores áreas onde ficar em Paris, damos um último saltinho até Montmartre, um dos quarteirões mais apreciados da cidade. Situado no 18º Arrondissement, esta é considerada a zona mais romântica da cidade, desfrutando de uma estética bastante própria. Longe das fachadas monumentais dos distritos mais centrais, os edifícios clássicos dão aqui lugar às vielas estreitas em calçada, fazendo com que pareça que foste transportado até uma pequena vila gaulesa, longe da azáfama de Paris. Para além disso, os preços são muito mais competitivos na maioria dos outros arrondissements de que falámos anteriormente.
A grande desvantagem de Montmartre é o facto de ficar relativamente longe dos principais pontos turísticos da cidade, apesar dessa distância poder facilmente ser colmatada pelo metro. Seja como for, e sob a sombra da extraordinária Sacré-Coeur, este é um dos melhores distritos para se ficar alojado em Paris e a nossa escolha no que a qualidade-preço diz respeito.
Considerado o principal aeroporto parisiense, a melhor forma de viajar entre o Charles de Gaulle e o centro de Paris passa por recorrer à linha B do RER, uma rede ferroviária urbana. Estes veículos operam diariamente entre as 04h50 e a 00h50, com uma frequência de passagem que varia entre os 10 e os 15 minutos. Uma vez que a linha é composta por quase 50 estações, podes optar por sair em diversas zonas de Paris. No entanto, as estações mais centrais são as de Gare du Nord, Châtelet-Les-Halles, Saint-Michel-Notre-Dame, Luxembourg, Port Royal e Denfert-Rochereau, com o percurso a tomar cerca de 25 a 35 minutos, dependendo do destino. Quanto a preços, o trajecto entre o aeroporto e a baixa parisiense tem um valor fixo de €11,00, e podes comprar o bilhete nas máquinas automáticas. As estações de comboio estão situadas nos terminais 2 e 3. Caso aterres no terminal 1, podes apanhar o CDGVAL Airport Shuttle, um transporte gratuito que liga os vários terminais aeroportuários.
Por outro lado, se viajares com muita bagagem, a solução passa por recorrer a um dos serviços de shuttle. Aqui, tens 2 opções: a RoissyBus e a Terravision. Em conjunto, as companhias garantem várias ligações diárias entre as 05h15 e a 00h30, com tempos de espera que variam entre os 15 e os 30 minutos. Quanto à Terravision, os preços rondam os €15,00 por trajecto com destino a Porte de Clichy, e os bilhetes podem ser comprados online no site oficial da companhia. Já para a RoissyBus, os valores até à Ópera de Paris são de €16,00 ida, e podem ser comprados directamente no autocarro, nas máquinas dos terminais ou online através da app Bonjour RATP.
O segundo aeroporto mais importante da cidade, ainda assim com um volume de passageiros anual superior a 30 milhões, Paris Orly recebeu recentemente uma estação de metro novinha em folha, inaugurada ainda antes dos Jogos Olímpicos de 2024. Esta estação faz parte da Linha 14 do sistema de metro local, ligando o aeródromo à estação Saint-Denis-Pleyel. Pelo meio, poderás sair ou moudar de linha em estações como Gare de Lyon, Châtelet ou Saint-Lazare (entre outras), todas convenientemente ligadas a outras linhas de metro e/ou de RER, permitindo-te assim fazer transbordo para onde bem entenderes. O valor do bilhete está actualmente fixado em €11,50.
Antes do metro, e ainda uma solução perfeitamente viável, a melhor forma de viajar até ao centro de Paris passava por combinar o OrlyVal e a linha B do RER. O primeiro é um metropolitano automático que liga os terminais à estação Antony, onde podes depois apanhar o comboio até à baixa parisiense. Uma vez que esta é exactamente a mesma linha utilizada para quem aterra no CDG, as estações mais centrais são as que partilhamos acima (a saber: Gare du Nord, Châtelet-Les-Halles, Saint-Michel-Notre-Dame, Luxembourg, Port Royal e Denfert-Rochereau). A duração total da viagem poderá variar entre 35 e 45 minutos, sendo que o bilhete combinado OrlyVal + RER B tem o custo de €14,50. Esta opção está disponível diariamente entre as 06h00 e 23h35.
Alternativamente, se não te apetecer andar a fazer transbordos, podes descomplicar e optar por simplesmente apanhar o OrlyBus. Ligando o aeroporto à Place Denfert-Rochereau em cerca de 30 minutos, o valor da tarifa é de €11,20, com um novo autocarro a partir a cada 15 minutos, entre as 05h35 e a 00h30. Os ingressos podem ser comprados directamente no autocarro, nas máquinas dos terminais ou online através da app da Bonjour RATP.
Por fim, e para a opção mais barata de todas (de longe), podes apanhar a linha 7 do tram/eléctrico no aeroporto e sair em Villejuif-Louis Aragon (estação final). Uma vez que esta paragem tem ligação ao sistema de metro (curiosamente através também da linha 7), basta fazer transbordo e sair numa das estações mais centrais, situadas no troço entre Pont Marie e Gare de l’Est. O bilhete do tram será também válido no metro, pelo que o valor total da deslocação cifrar-se-á nos €3,80. O tempo total da viagem, por outro lado, é também o mais longo – cerca de 90 minutos até ao centro.
De longe o menos importante dos aeroportos de Paris (sem contar com o residual aeródromo de Vatry), Paris-Beauvais é o principal hub da Ryanair na Cidade Luz. No entanto, tem em atenção que o aeroporto fica situado a mais de 100 km da capital francesa, pelo que vais sempre precisar de algum tempo para as deslocações. Seja como for, a melhor forma de viajar entre ambas as localizações passa por utilizar um dos shuttles aeroportuários, com a própria organização do aeroporto a ter as suas próprias linhas de transporte. Actualmente, existem três rotas que ligam o Aeroporto de Beauvais à baixa da capital francesa:
A estas, há ainda que acrescentar a linha A05, com destino à Disneyland Paris. Seja como for, estes transfers operam entre as 08h00 e as 23h30, com um novo veículo a sair a cada 15 minutos. O bilhete para a viagem de cerca de 1h30 tem o custo de €16,90, e pode ser adquirido online.
Sem surpresa, dada a dimensão, a população e a extrema popularidade turística de Paris, a capital francesa está equipada com uma rede de transportes públicos bastante abrangente, permitindo-te transitar entre o centro e qualquer subúrbio da cidade. É certo que a pontualidade, eficiência ou limpeza podem nem sempre estar à altura dos trâmites que encontrarás nos países nórdicos ou germânicos, mas haverá sempre forma de chegares onde bem quiseres!
Assim, importa realçar que a Cidade-Luz é servida por um sistema de metro, bem como por uma rede extensa de autocarros, eléctricos/trams e comboios suburbanos (apelidados de RER), pelo que vale a pena fazer um pequeno apanhado com as informações mais importantes acerca da rede de transportes públicos de Paris.
Composta por 14 linhas distintas, divididas ao longo de mais de 300 estações, a rede de metropolitano de Paris é a melhor ferramenta para deslocações dentro da cidade. Para além de cobrir virtualmente todo o centro histórico, bem como outros arrondissements mais populares entre visitantes, o metro chega também aos subúrbios da capital gaulesa, sendo por isso particularmente útil para quem preferir ficar longe da baixa para poupar algum dinheiro. Para além disso, o sistema está integrado no Google Maps, permitindo-te saber onde e qual metro (ou eléctrico) apanhar em tempo-real.
Relativamente a horários, o metro opera diariamente entre as 05h30 e a 01h00, sendo o horário prolongado até às 02h00 nas noites de Sexta e Sábado. Quanto a tempos de espera, podem variar entre os 2 e os 12 minutos, consoante a linha e a hora do dia.
No que toca a bilhetes, o título de viagem standard é designado de T+ Ticket, permitindo-te fazer uma viagem entre qualquer estação de metro (transbordos incluídos) num espaço de 90 minutos. Este bilhete de papel pode ser comprado em qualquer máquina automática ou cabine de atendimento, tendo o custo de €2,15. Ao embarcares, deves certificar-te de que validas sempre o título nas máquinas apropriadas. Como alternativa, e de forma a simplificar o processo, podes simplesmente adquirir um Navigo Easy Pass (mediante o custo de €2,00), que funciona como um cartão Andante ou Navegante, e carregar todas as tuas viagens num único cartão ao invés de comprares bilhetes individuais em papel.
Ainda melhor – podes simplesmente baixar a app da Bonjour RATP, comprar o teu Navigo Easy Pass através da plataforma (e carregar os respectivos T+ Tickets), utilizando o teu smartphone como título de viagem. Ainda através deste método, tens também a possibilidade de comprar uma caderneta digital com 10 títulos de viagem, saindo o pacote a €17,35 (€1,735€ por bilhete).
Tem ainda em atenção que estes bilhetes são intermodais, sendo igualmente válidos em eléctricos, RER (comboios suburbanos) ou autocarros. No entanto, aí terás que ter em atenção as zonas contempladas, uma vez que o T+ Ticket te permite transitar apenas entre as zonas 1 e 2 da rede de transportes públicos, dentro dos limites das quais estão enquadradas praticamente todas as estações de metro existentes. De resto, estas são, naturalmente, as zonas que mais interessam aos visitantes. As únicas excepções são o Palácio de Versalhes e a Disneyland (bem como a linha do Orlyval, do aeroporto de Orly), situados fora das zonas 1 e 2, requerendo por isso bilhetes distintos. Para estes casos o T+ Ticket não é válido.
1. Podes pedir este passe nos guichets dos transportes de Paris (SNCF ou RATP), disponíveis no Aeroporto de Charles de Gaulle (na loja da estação de TGV / RER) – e no Aeroporto de Orly (no guichet junto à paragem do OrlyBus) – e também em várias estações de metro da cidade. Não está disponível nas máquinas automáticas. Para carregares este passe num cartão físico, terás que adquirir um Navigo Travel Card ou um Navigo Easy Travel Card. Em ambos os casos, o cartão físico tem o custo de €2,00.
Outra opção é comprares através da App. Caso tenhas um smartphone (independentemente de ser Android ou Apple), podes comprar o passe a usar diretamente nas máquinas de validação, através de NFC. Neste caso, e ao contrário da opção acima, o cartão digital não tem qualquer custo (pagas apenas o valor do passe).
2. Embora seja um passe semanal, o seu preço extremamente baixo para viagens ilimitadas nos transportes públicos (€30.75) das 5 zonas de Paris (inclui Aeroportos Charles de Gaulle e Orly e Disney) faz com que seja um absoluto no-brainer. Para comparação, o Passe Paris Visite para 1 dia e 5 zonas custa €29.25.
3. A desvantagem é que, embora seja um passe semanal, não é válido durante 7 dias, mas sim de Segunda a Domingo, ou seja, pagas exatamente o mesmo se o utilizares de Segunda a Domingo, ou de Quinta a Domingo. Caso a tua viagem seja de, por exemplo, Quinta a Segunda, terás de o carregar duas vezes. Nesse caso deves fazer as contas verificando qual a melhor opção para ti.
4. MUITO IMPORTANTE: Se carregares o cartão numa Sexta-Feira, não o poderás usar no fim de semana, ficando apenas disponível na Segunda-Feira seguinte. Para uso nesse fim de semana, ele tem se ser comprado até à Quinta Feira anterior. No entanto, há uma forma relativamente fácil de contornar este problema: basta usar a app Bonjour RATP: Se a tua chegada for apenas na Sexta, Sábado ou Domingo, podes simplesmente comprar o Passe na Quinta-Feira imediatamente antes da tua viagem e podes usá-lo já nesse fim de semana.
1. Semelhante ao Navigo (válido nos transportes públicos urbanos da das zonas definidas, excepto o Orlyval), mas sem as limitações de carregamento / datas.
2. Disponível nas máquinas automáticas.
3. Mais caro que o Navigo. Por exemplo, um bilhete para 3 dias, com 3 zonas (centro de Paris), fica a €30.90 para um adulto e €15.45 para uma criança (4-11 anos). O passe para 5 zonas pelo mesmo período custa €62.30 para um adulto e €31.15 para uma criança.
Embora não tão prominentes entre visitantes, os comboios suburbanos de Paris (chamados “RER”) são um elemento fundamental da rede de transportes parisienses, ligando o centro da cidade aos subúrbios mais populosos da capital. No entanto, e mesmo entre turistas, o RER é particularmente útil se estiveres alojado nos subúrbios e para quem quer que queira visitar o Palácio de Versalhes e a emblemática Disneyland Paris. De resto, o sistema é composto por 5 linhas distintas (A, B, C, D e E) e mais de 250 estações, com os comboios a operar entre as 05h00 e a 00h30. Tal como o metro, também o RER está perfeitamente integrado no Google Maps.
Relativamente a tarifas, o princípio é também semelhante, sendo que podes comprar T+ Tickets para cada viagem individual ou fazer uso de um dos passes intermodais mencionados acima. Tal como já referimos, terás apenas que ter em atenção o número de zonas que irás atravessar no decorrer do trajecto, escolhendo o teu passe ou o teu bilhete individual em função disso. Se a tua viagem tiver lugar dentro das zonas 1 e 2, independentemente de utilizares RER, metro, tram ou autocarro, o T+ Ticket de €2,15 é válido. Por outro lado, se apanhares um comboio suburbano que atravesse outras zonas, então terás que comprar um bilhete distinto nas máquinas automáticas (ou cabines de atendimento) da estação, descriminando a tua estação de origem e destino, sendo automaticamente calculada a tarifa de acordo com a origem.
Naturalmente, os preços irão variar de acordo com as zonas contempladas, oscilando entre os €3,20 (zona 1 para zona 3), os €4,15 (zona 1 para zona 4 – Versalhes) e os €5,00 (zona 1 para zona 5 – Disneyland Paris). Este último valor é o tecto máximo estipulado para qualquer viagem de RER.
Em Paris podes optar por explorar o centro com recurso a um free walking tour. Administrados por empresas ou guias locais, estes tours consistem em visitas guiadas pelos quarteirões históricos, no qual te vão contando as histórias de cada sítio e providenciando um importante contexto cultural. Embora os tours sejam, de facto, gratuitos, mandam os bons costumes que no final cada pessoa dê uma gorjeta ao guia como compensação pelo seu trabalho. No caso de Paris, o valor mínimo aceitável deverá rondar os €10,00.
Posto isto, aqui estão algumas empresas que organizam free walking tours em Paris:
Embora apertado, com 3 dias em Paris já é possível ficares a conhecer as principais atracções da cidade, não restando, contudo, grande espaço para inovações. Ainda assim, se estiveres na disposição de fazer alguns desvios que nunca te afastarão em demasia da rota programada para cada dia, poderás ser surpreendido com algumas atracções secundárias dignas de registo.
Como tal, para tornar a tua experiência ainda mais rica, tomámos a liberdade de mencionar alguns sítios menos óbvios que deverás juntar à tua lista de coisas para ver e fazer em Paris:
Cemitério Père-Lachaise: Um local bastante bonito, com as suas tumbas monumentais e vários memoriais. De resto, este é o maior e mais visitado cemitério da capital francesa. Para além da beleza incomum para um espaço desta natureza, ao apelo do cemitério certamente não será alheio o facto de servir de último lugar de descanso a alguns dos grandes nomes da cultura francesa, e até mundial, como Frédéric Chopin, Édith Piaf, Marcel Proust, Oscar Wilde ou Jim Morrison.
Catacumbas de Paris: Embora já não sejam assim tão desconhecidas quanto isso, ainda são muitos os visitantes que desconhecem esta autêntica necrópole escondida no subsolo da Cidade-Luz. No total, estima-se que as ossadas de 6 milhões de pessoas tenham sido expostas nas catacumbas, resultado da sobrelotação dos cemitérios da cidade no século XVIII. Um local bastante peculiar e extremamente fascinante.
Galerias Lafayette: Sendo Paris um dos principais destinos de compras e moda no mundo, não surpreende que aqui possas encontrar um dos centros comerciais mais bonitos que alguma vez verás. Uma gigantesca maravilha do Art Nouveau, com uma arquitectura e decoração que mais parecem saídas de um palácio imperial, as lojas serão, contudo, um mero detalhe. Como cereja no topo do bolo, podes ainda subir ao terraço situado no oitavo piso e desfrutar de uma das melhores vistas de toda a Paris!
Marché des Enfants Rouges: Porventura o mais espectacular dos mercados cobertos de Paris, podes encontrar este tesourinho escondido em pleno distrito de Les Marais. Aqui podes encontrar de tudo um pouco, das tradicionais banquinhas de frutas e legumes, a espaços de representação de alguns dos restaurantes, bistrôs e padarias mais conhecidos da cidade. Aproveita para um snack rápido ou para comprares um jantar leve e portátil a desfrutar mais tarde.
Passagens Cobertas de Paris: Uma combinação de clássico e industrial, as passagens de Paris foram projectadas no final do século XVIII e foram um dos primeiros formatos de centro comercial da cidade. No auge da sua popularidade, chegaram a ser quase 200 as passagens espalhadas por toda a cidade, porém, apenas pouco mais de uma vintena sobreviveu até aos dias de hoje. Das 25 que permanecem abertas ao público, as Galeries Colbert e Vivienne e as Passages du Grand Cerf, des Panoramas e Jouffroy destacam-se como as mais bonitas.
Canal Saint-Martin: Estendendo-se ao longo de quase 5 km e atravessando os territórios de 3 arrondissements distintos, este corpo de água expansivo ajuda a ligar o Sena ao Canal de l’Ourcq. Uma vez que esta é uma zona bem mais residencial que turística, o ambiente ao longo do canal é muito mais relaxado e autêntico, transformando as margens deste canal num dos melhores locais para um passeio em Paris.
Arènes de Lutèce: Descobertas por acidente em 1870, estas ruínas de uma antiga arena romana já contam com quase 2000 anos e são um verdadeiro achado arqueológico. Extraordinariamente, o espaço está totalmente aberto ao público, permitindo-te percorrer as bancadas e o círculo central à vontade. Quase custa a crer que podes encontrar um sítio destes em pleno Quartier Latin!
Como referimos acima, 3 dias está longe de ser um período particularmente generoso para explorar aquela que é uma das cidades mais lendárias do mundo! Entre montanhas de coisas para fazer e as inevitáveis filas, tudo terá que ser programado ao pormenor. Ainda assim, e com 72 horas completas na Cidade-Luz, poderás subir à Torre Eiffel e ao Arco do Triunfo, percorrer as ilustres ruas dos Campos Elísios, Montmartre e Les Marais, visitar a lendária Catedral de Notre-Dame, apreciar o retrato de Mona Lisa no Louvre e ainda fazer uma escapadinha até ao Palácio de Versalhes. Exigente, mas compensador! Para adicionar um toque de magia ao roteiro, deixamos ainda a opção de prolongares a tua estadia por 2 dias para visitares a emblemática Disneyland Paris!
Posto isto, fica com o nosso guia de viagem e descobre o que ver e fazer em Paris em 3 dias:
Cidade do Amor, Cidade-Luz – são muitos os apelidos atribuídos à capital francesa ao longo de incontáveis gerações, mas nenhum é capaz de encapsular a 100% todos os encantos de Paris! Aliás, todos os anos, são muitos os milhões que se dão ao trabalho de visitar a cidade, que figura constantemente nos rankings dos destinos de viagem mais populares do mundo. Poderia ser de alguma outra maneira? Berço da Revolução Francesa e do Iluminismo, diz-se que o que acontece em Paris (e, por arrasto, em França) acaba sempre por, mais cedo ou mais tarde, se replicar no resto do Velho Continente, dando à capital gaulesa uma aura muito própria que fez dela um dos mais importantes polos culturais, artísticos, comerciais, científicos e gastronómicos (e, agora, turísticos) da história da Humanidade.
Posto isto, e para o teu dia inaugural na Cidade-Luz, o melhor é mesmo começarmos pelo seu principal símbolo: a única, a inconfundível, a emblemática, Torre Eiffel. Construída propositadamente por Gustave Eiffel para a Expo 1889, o plano original ditava que a torre fosse desmantelada ao fim de 20 anos, tal era a forma como destoava do estilo clássico do resto da cidade (o que, de resto, suscitou muitas críticas).
Quis o curioso destino que a estrutura acabasse por se tornar quase sinónimo de Paris, tendo-se tornado na atracção turística paga mais concorrida do mundo. Seria possível, hoje em dia, imaginar Paris sem a Torre Eiffel? Para melhor admirares a famosa “Dama de Ferro”, deves começar por visitar o Trocadéro, a praça onde podes tirar a foto que aparece em todos os cartões-postais de Paris.
Já para a subida ao topo do observatório mais alto de toda a EU, a uma altura de 276 metros, vais precisar de um bilhete. Actualmente, existem várias versões disponíveis, dependendo de até onde queres subir, e de que forma. Posto isto, se te contentares com o segundo piso, o preço é de €14,20 para subidas a pé, e de €26,90 para utilizares o elevador. Já se quiseres ir até ao topo, os valores sobem para €22,60 de escadas, e para €35,30 de elevador. Independentemente da tua escolha, e até para poupares algum do teu precioso tempo, recomendamos muito fortemente que compres os bilhetes online.
De regresso ao rés-do-chão, e já depois de um breve passeio pelo Champ-de-Mars, é tempo de visitar o Hôtel National des Invalides (€15,00). Originalmente um hospital para combatentes de guerra, o complexo é agora formado por vários museus do exército. No entanto, a maior atracção é mesmo a Eglise du Dôme des Invalides, onde repousa o túmulo de Napoleão Bonaparte.
Daqui, vais atravessar o Sena através da Ponte Alexandre III, considerada a mais bonita de Paris, entrando oficialmente no 8º Arrondissement. De resto, este é um dos distritos mais populares de Paris, onde podes apreciar a arquitectura do Grand Palais e pisar a gigantesca Place de la Concorde, onde foram executados, com recurso à guilhotina, Louis XVI e Maria-Antonieta no rescaldo da Revolução Francesa.
Numa nota mais animadora, a praça alberga ainda um verdadeiro obelisco egípcio. Ainda no mesmo arrondissement, é absolutamente obrigatório percorrer a Avenida dos Campos Elísios, uma das artérias comerciais mais célebres do mundo. Embora comprar o que quer que seja por estas bandas seja absolutamente absurdo, a realidade é que passear por esta famosa via e admirar a arquitectura envolvente não custa um único cêntimo. Todos os anos, nas celebrações do Dia Nacional de França, que comemora a 14 de Julho a data da tomada da Bastilha durante a Revolução Francesa, os Champs-Elysées são ainda palco da maior parada/marcha militar em toda a Europa! Uma vez que começaste o dia no principal símbolo de Paris, é adequado que o termines num local igualmente célebre! Vindo da Place de la Concorde, no final dos Campos Elísios encontrarás o lendário Arco do Triunfo!
Mandado construir em celebração da vitória na Batalha de Austerlitz, porventura o maior feito bélico de Napoleão, o arco celebra todos os concidadãos que deram a vida nas Guerras Revolucionárias Francesas e nas Guerras Napoleónicas, com inscrições de todos os locais onde foram travadas batalhas vencidas pelos franceses nesses conflitos, e dos respectivos generais. Embora possas ver o arco e atravessá-lo sem que te seja cobrada qualquer admissão, o caso muda de figura se quiseres subir para apreciar a vista (uma das melhores de Paris). Aí, o valor cobrado por bilhete é de €16,00.
Resumo do 1º dia:
Apesar de já teres visitado locais tão lendários como a Torre Eiffel, os Campos Elísios ou o Arco do Triunfo, Paris está de tal forma repleta de atracções emblemáticas que existe ainda uma mão-cheia de pontos turísticos famosos a visitar. No entanto, o teu segundo dia na cidade começará nas Catacumbas de Paris (€29,00, apenas disponível online), um sítio bastante distante – no sentido figurado – da beleza imperial e clássica da Cidade-Luz.
Embora já não sejam assim tão desconhecidas quanto isso, ainda são muitos os visitantes que ignoram esta autêntica necrópole escondida no subsolo. No total, estima-se que as ossadas de 6 milhões de pessoas tenham sido expostas nas catacumbas, resultado da sobrelotação dos cemitérios da cidade no século XVIII. Um local bastante peculiar e extremamente fascinante.
De volta à superfície, é tempo de arrepiar caminho até ao mais belo parque de Paris. Uma espécie de zona monumental, com o seu palácio principal e as suas inúmeras esculturas clássicas, lago artificial e magnífica Fonte de Médici, o Jardin du Luxembourg é o mais concorrido, pelo menos entre turistas, dos inúmeros espaços verdes da cidade. Nas imediações, podes depois entrar no sempre-animado Quartier Latin, considerada a zona boémia de Paris. Lar da famosa Universidade Sorbonne e de outras faculdades, este é um excelente sítio para encontrar os bares da moda e os bistrôs baratos onde os estudantes passam parte do seu tempo.
Entre as várias atracções do distrito, o grande destaque vai para o extraordinário Panteão (€13,00), onde estão sepultadas algumas das maiores figuras da nação gaulesa, como Marie e Pierre Curie, Rousseau, Voltaire, Victor Hugo, Saint-Exupéry, Dumas ou Louis Braille. Ainda no Quartier Latin, podes encontrar as Arènes de Lutèce, um dos melhores tesouros escondidos de Paris. Descobertas por acidente em 1870, estas ruínas de uma antiga arena romana já contam com quase 2000 anos e são um verdadeiro achado arqueológico. Extraordinariamente, o espaço está totalmente aberto ao público, permitindo-te percorrer as bancadas e o círculo central à vontade.
Para a primeira paragem lendária do dia, vais atravessar o Sena e visitar a Île de la Cité, o pequeno ilhéu onde repousa a magnífica Catedral de Notre Dame. Uma das igrejas mais famosas do mundo, à conta da sua arquitectura gótica, importância histórica (Napoleão foi aqui coroado Imperador) e estatuto “pop-culture” (com o aclamado “Corcunda de Notre-Dame”), a catedral está actualmente encerrada ao público, em resultado do aterrador incêndio de 2019 que quase a consumiu. Felizmente, as obras de remodelação parecem ir de vento em popa, e está programada a reabertura da catedral – a turistas e crentes – para Dezembro de 2024.
No mesmo ilhéu, podes aproveitar e visitar a belíssima Sainte-Chapelle (€13,00), uma pequena capela real com alguns dos vitrais mais deslumbrantes que alguma vez verás. Atravessando de vez o rio para a margem norte, é então tempo de percorrer as ruas do elegante distrito de Le Marais, considerado um dos mais pitorescos da capital francesa. Aliás, esse ambiente mais cosmopolita está longe de ser coincidência, já que esta zona era onde historicamente viviam as classes mais abastadas da cidade, com epicentro da majestosa Place des Vosges.
Para a pausa de almoço, aproveita e dá um saltinho até ao Marché des Enfants Rouges, porventura o mais espectacular dos mercados cobertos da cidade. Já com o estômago confortado, recomendamos um passeio no Jardin des Tuileries, antes da inevitável paragem no Museu do Louvre (€22,00). Um museu consagrado nos anais da história da arte, aqui podes ver em primeira mão algumas das obras mais famosas do mundo, como a Vénus de Milo, a Coroação de Napoleão, a Liberdade Guiando o Povo ou o Escriba Sentado. E não, não nos esquecemos da Mona Lisa de da Vinci.
Já com o dia a caminhar para o final, vais ainda fazer um último esforço para visitar o formidável Palais Garnier (€15,00), uma das óperas mais conceituadas do planeta (o edifício é uma coisa do outro mundo), antes de fechares este capítulo nas Galerias Lafayette Haussman. Uma gigantesca maravilha do Art Nouveau, com uma arquitectura e decoração que mais parecem saídas de um palácio imperial, quase custa a crer que estás perante um centro comercial! Como cereja no topo do bolo, podes ainda subir ao terraço situado no oitavo piso e desfrutar de uma das melhores vistas de toda a Paris!
Resumo do 2º dia:
Agora que já visitaste praticamente todos os clássicos do centro de Paris, achamos por bem incluir uma manhã nos subúrbios para a visita da praxe ao pomposo Palácio de Versalhes, uma das residências reais mais famosas do Velho Continente. Mandado construir no século XVII por Louis XIV – o emblemático Rei-Sol – Versalhes tornou-se o padrão-ouro dos palácios europeus, um estatuto que mantém até aos dias de hoje. Ao todos, são 2300 salas e 800 hectares de terreno, ao longo dos quais podes encontrar, para além do gigantesco palácio principal, um conjunto abastado de jardins, palacetes secundários e estábulos reais. Um sítio absolutamente fundamental para perceber o ócio em que viva a realeza francesa, em claro contraste com a pobreza generalizada do resto da população, e que haveria de levar à Revolução de 1789, na qual o palácio foi invadido e pilhado.
Hoje em dia, são milhões os visitantes anuais que exploram a propriedade, com o percurso a guiá-los por entre alguns dos elementos mais impressionantes do palácio, como a Galeria dos Espelhos, os Apartamentos do Rei, os Apartamentos da Rainha, o Domaine de Trianon, a Chapelle Royale, a Ópera Real ou os Jardins de Versalhes. O bilhete para visitar toda a propriedade (incluindo os jardins e o Petit Trianon) tem o custo de €32,00 em época alta (€24,00 época baixa), ao passo que que se quiseres apenas ver o palácio principal e o parque podes fazê-lo por €21,00.
Resta ainda mencionar que, para chegares a Versalhes, basta usar a linha C do RER (comboio suburbano) saindo na estação Versailles Château Rive Gauche, a uns 10 minutos a pé do portão principal. Se vieres do centro de Paris, podes apanhar o comboio em Champ de Mars, Pont de l’Alma, Invalides, Musée d’Orsay, Saint-Michel Notre Dame ou Paris Austerlitz. O preço do bilhete é de €4,15 ida.
Quando regressares a Paris, vais tirar a tarde para explorar o distrito de Montmartre, para muitos o mais fotogénico e romântico da cidade. Situado ao longo de uma colina, este é um bairro pitoresco de ruas medievais estreitas e sinuosas. Curiosamente, e embora seja hoje em dia um dos distritos mais procurados e trendy da cidade, Montmartre costumava ter péssima fama, muito à conta dos inúmeros bordéis que aqui se podiam encontrar. No entanto, isso acabou por se tornar parte da identidade tão peculiar deste bairro, que acabou por oferecer ao mundo a cultura do cabaret e do burlesco. Ao visitares Montmartre, é impossível ignorar a Basílica do Sacré-Coeur, situada precisamente no ponto mais alto do bairro. Com a sua silhueta branca, que parece brilhar sob a luz do sol, poucos sítios em Paris fotografam tão bem!
Para acederes ao topo do promontório, podes apanhar um funicular (pago) ou subir a escadaria de 300 degraus (gratuito). Chegado/a ao cimo, terás acesso a uma das vistas mais belas de toda a Paris. Finalmente, para terminares a tua aventura na Cidade-Luz antes do inevitável regresso a casa, podes coroar o teu city-break com um cruzeiro pelo Sena. Embora seja um passeio bonito a qualquer hora do dia, depois do anoitecer, quando as atracções ribeirinhas da cidade estão iluminadas, a experiência ganha outro brilho (pun intended). Aqui, tens todo o tipo de tour disponível, por isso é só procurar o que melhor se adequa à tua carteira e expectativa.
Resumo do 3º dia:
Uma day trip obrigatória para miúdos e graúdos, se tiveres 2 dias extra em Paris não pode faltar a visita ao mundo mágico da Disneyland! Composta por 2 parques distintos – o Disneyland Park e o Walt Disney Studios – o ideal será dedicar um dia a cada parque. No entanto, se tiveres apenas um dia disponível deverás passá-lo no Disneyland Park, onde fica a maioria das atracções mais celebradas, como a dos Piratas das Caraíbas e da Guerra das Estrelas, bem como a experiência de lasers do Buzz Lightyear. É também aqui que fica o famoso castelo da bela adormecida.
Nesse caso, tenta chegar à hora de abertura (9h30) e ficar até ao espectáculo de luzes no castelo da Disney para aproveitares ao máximo. Porém, para os fãs mais dedicados, um dia vai sempre saber a pouco. O mesmo se aplica se viajares com crianças e quiseres ter uma experiência mais relaxada. Para isso, dois ou mais dias serão o ideal, sendo que poderás ficar alojado num dos vários hotéis do complexo.
Há muito a dizer e partilhar acerca da Disneyland Paris. Dos transportes desde Paris aos diferentes tipos de bilhete de entrada (e como comprar), passando pelos alojamentos, melhores atracções e restaurantes, e dicas sobre como evitar as longuíssimas filas e ter estatuto de prioridade, facilmente poderíamos escrever um artigo inteiro sobre o tema… e foi o que fizemos! Posto isto, se tens especial interesse em visitar “O Lugar Mais Feliz da Terra”, recomendamos vivamente o nosso post com tudo o que deves saber antes de visitares a Disneyland Paris.
Outras leituras recomendadas:
A nossa experiência no Disney Sequoia Lodge
A nossa experiência no Disney Hotel New York – The Art of Marvel
A nossa experiência no Disney Hotel Cheyenne
Se a tua nacionalidade pertence a um país da UE e tens até 25 anos (inclusive), então vais gostar daquilo que temos para te dizer!
Felizmente, muitas das atracções turísticas e instituições culturais de Paris permite a admissão gratuita a cidadãos que cumpram os pressupostos acima. Significa isto que bastarás levares o teu cartão de cidadão e não pagarás absolutamente nada para visitar locais como o Arco do Triunfo (subida), o Hôtel des Invalides, o Panteão, o Louvre, a Sainte Chapelle ou o palácio medieval da Conciergerie, entre muitos outros!
Vale do Loire: Considerada uma das regiões mais belas e pitorescas de França, o Vale do Loire é um verdadeiro parque de diversões a céu-aberto, repleto de palácios majestosos, campos vinícolas, colinas verdejantes e cidades históricas, aparentemente saídos de uma qualquer história de encantar. Dos (muitos) châteaux da região, os mais populares serão os palácios de Chambord, Chenonceau, Cheverny, Valençay e Azay-le-Rideau.
Praias da Normandia: A day trip ideal para os entusiastas da Segunda Guerra Mundial, ao visitares a costa norte da Normandia poderás ver em primeira mão as infames praias do Dia D, as ruínas de alguns bunkers nazis e ainda prestar o teu tributo no Cemitério Americano. É um dia longo, e não apelará a todo o tipo de público… mas se fores um aficionado de História, é um destino a não perder!
Château de Fontainebleau: Situado a menos de 70 km de Paris, esta é uma excelente opção se o teu voo de regresso tiver lugar apenas ao final do dia. Lar do maior jardim palacial Europa, dizem os especialistas que o palácio pode muito bem rivalizar Versalhes no que toca a importância e história. Muitos optam ainda por combinar a visita com o Château de Vaux-le-Vicomte, a apenas 30 minutos de distância.
Reims: Em pleno coração da belíssima região de Champagne, a cidade de Reims é conhecida pela sua extraordinária catedral, onde os monarcas franceses costumavam ser coroados. Depois de explorares a cidade e a sua arquitectura antiga, terás ainda tempo para visitar pelo menos uma das inúmeras fazendas vinícolas históricas das redondezas.
Giverny: Famosa pelos seus jardins, parques e outros espaços verdes, Giverny tem um lugar especial nos anais da arte francesa. Afinal, foi aqui que nasceu a corrente do Impressionismo, à boleia das inúmeras paisagens da cidade retratadas por Monet, onde viveu durante 40 anos. À semelhança da Normandia, esta day trip poderá não ser para todos, mas é certamente um “must” para estudantes e amantes de arte.
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