Na estrada: Um fim de semana pelo Gerês e Galiza 🚗

  • 15.06.2023 13:20
  • Paulo
Vista_Valença

Um relato de uma escapadinha de dois dias ao norte de Portugal e à Galiza, com sugestões para quem quer seguir este roteiro

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A Galiza pode não receber tanta atenção turística quanto outras regiões de Espanha, como a Andaluzia ou as Canárias. Mas, principalmente para os nortenhos, é um destino bastante acessível e com muito para descobrir.

Recentemente, trouxemos-te um artigo sobre como visitar e o que fazer nas Ilhas Cíes, o surpreendente paraíso atlântico da Galiza. Neste artigo, ficamos pelo interior, para te contamos a nossa experiência na Galiza, sem esquecer a nossa passagem pelo Parque Nacional Peneda-Gerês.

Dia 1 – Pelo Gerês até Ourense

Galiza_dia1

O nosso objetivo inicial era ficar a conhecer um pouco melhor a Galiza, particularmente a capital da comunidade autónoma – Santiago de Compostela. Decidimos visitar também Ourense, que pelas fotos que vimos parecia uma pequena mas pitoresca cidade.

A meio caminho entre Porto e Ourense fica, claro está, o parque nacional do Gerês. E assim se foi desenhando um roteiro entre a natureza e a cidade.

Partindo do Porto e saindo da autoestrada em Braga, a paisagem vai ficando cada vez mais verde. A estrada vai seguindo ao longo da albufeira criada pela Barragem da Caniçada, até chegar à aldeia de Rio Caldo.

Antes de entrar no parque nacional, paramos no Café da Ponte. No nosso caso só queríamos mesmo um café, mas para quem já estiver com fome, aqui também se servem francesinhas. De qualquer das formas, a vista sobre a albufeira compensa a paragem.

Gerês_EN

A primeira grande atração do dia são os últimos 13 quilómetros da estrada nacional 308-1, que ligam a Vila do Gerês à fronteira com Espanha. Esta é uma das poucas estradas que te permite entrar no coração do parque nacional e não apenas serpentear em volta deste. Aqui não é permitido parar, já que estamos em área protegida, mas ninguém se ofende se seguires a passo de caracol.

Entre Junho e Setembro, é necessário pagar 1.50€ para circular nesta estrada, válido para a sua utilização durante todo o dia. Este valor reverte para a conservação da zona.

No final da estrada, deixamos o carro no pequeno parque de estacionamento a escassos metros da fronteira com Espanha para depois seguir a pé durante cerca de 700 metros até à Cascata de São Miguel.

Gerês-cascata_portela_do_Homem

No fundo da cascata forma-se uma piscina natural a que é possível descer. O caminho até ao fundo da cascata é feito por entre as pedras. Não é preciso grande perícia para a descida, mas para quem tem mobilidade reduzida esta pode ser bastante complicada.

Desta vez não houve direito a banho, ficamo-nos pelo piquenique. Mas nadar nesta piscina natural é uma experiência fantástica. A água é translucida, deixando ver o fundo, bem como os peixes que ai nadam. Uma maravilha

De volta à estrada, mas não por muito tempo. Passando a fronteira com Espanha pelo posto abandonado da Portela do Homem, seguimos até à localidade de Os Baños, o nome apropriado para esta aldeia conhecida pelas águas termais. Quer seja nas pocinhas na margem do Rio Caldo, ou na piscina ao ar livre, aqui as águas termais são de livre acesso.

Ourense_Catedral

Finalmente chegamos a Ourense. A cidade é pequena mas com muita vida nas ruas. Sem surpresa, os monumentos mais conhecidos da cidade são a catedral e a ponte romana – mas esta descrição poderia servir certamente para muitas outras cidades da Galiza e do Norte de Portugal. O que distinguiu a cidade foi mesmo a vida nas ruas.

Consoante nos aproximávamos das oito da noite, hora em que os restaurantes abrem as portas, mais e mais gente saia à rua, enchendo os cafés e as tascas. A oferta é enorme, principalmente no quarteirão formado pelas ruas dos Fornos, Lepanto e Juan de Austria. A nossa escolha recaiu sobre o Arco da Vella, uma das tradicionais tascas de pinchos, ou petiscos.

E petiscar foi o que fizemos. Pedimos batatas com alioli e pimentos padrón, mas rapidamente percebemos que o pincho mais requisitado nesta terra é mesmo a tortilha. Esta teria que ficar para o dia seguinte já que era tempo de seguir até ao nosso alojamento.

Resumo do primeiro dia:

  • Parque Nacional Peneda-Gerês
  • Cascata de São Miguel da Portela do Homem
  • Águas termais de Os Baños
  • Centro histórico de Ourense
  • Catedral de Ourense
  • Ponte Romana

Onde comer em Ourense:

Arco da Vella – pinchos, a nossa escolha

Bar Orellas – tapas de porco

A Casa do Pulpo – especialidades de polvo

O Barellete – pinchos

Dos Puertas – pinchos

Onde ficar:

Para a estadia, resolvemos seguir o nosso conselho de ficar fora das cidades principais para ter um preço mais favorável e facilitar o estacionamento – descobre aqui outras dicas para poupar numa roadtrip. Ficamos por isso numa pensão de estrada, o Hostal A Taberna de Vento. Não há muito a dizer: simples e utilitário, com a vantagem de ser tanto pensão como taberna, por isso, se der a fome à chegada, até às 22h vai haver algo de comer.

Outras sugestões para uma estadia a preços acessíveis:

New J&J Hostel – Ourense

Hostal Lido – Ourense

As Casas das Minas – A Trigeira, junto à estrada para Santiago de Compostela

A Taberna de Gundián – Vedra, junto à estrada para Santiago de Compostela

Dia 2 – Santiago de Compostela e uma paragem em Valença

Galiza_dia2

No segundo dia chegamos finalmente àquele que era o nosso destino inicial. Chegar a Santiago de Compostela carro até parece batota, tendo em conta o quanto caminharam os peregrinos que se vêm um pouco por toda a cidade.

Apesar de ser maior do que Ourense, Santiago de Compostela continua a ser fácil de percorrer a pé. Todos os caminhos vão dar à Praza do Obradoiro, onde se pode ver a frontaria da famosa catedral, mas também o Paço de Raxoi, a sede de governo da Galiza e do município de Santiago de Compostela.

No nosso caso, decidimos guardar a principal atração para depois de um passeio pelo resto da cidade cidade. Vale a pena perder-nos pelas ruas medievais da cidade, indo de praça em praça. Um sítio que gostamos muito de visitar foi o Mercado de Abastos, um mercado de frescos à antiga, onde nos ofereceram vários queijos à prova.

Santiago_Catedral

Feito o reconhecimento da cidade, já não dava mais para evitar seguir para a incontornável catedral. A entrada é feita pela lateral, na pequena Praza das Praterías e é gratuita para quem só pretende visitar a nave da catedral, incluindo o sepulcro do apóstolo Santiago Maior. A visita a outras partes da catedral têm de ser pagas. O bilhete mais caro, de 20 euros, dá acesso a todas as zonas restritas da catedral e aos seus museus.

Antes de almoço, ainda houve tempo para descobrir o interior do Paço de Fonseca, parte da Universidade de Santiago de Compostela. O pequeno claustro, com janelas trabalhadas e um jardim bem cuidado, é um pequeno refúgio de paz numa cidade que, apesar de pequena, é bastante movimentada.

Tortilha_Santiago

Para almoçar escolhemos o Bar Coruña. Com uma atmosfera bem rústica e um staff bastante amigável, decidimos que era aqui que íamos comer a tortilha, um prato extremamente simples mas muito saboroso e reconfortante. Para a sobremesa, experimentamos uma das famosas tortas de santiago, à base de amêndoa, e com o polvilho a desenhar a cruz de santiago.

Nesta viagem falhamos no marisco. Infelizmente não houve tempo nem fome para todos os pinchos – não cometas o mesmo erro e deixa espaço para os calamares, o polvo e o camarão. Depois de almoço tardio, tempo para mais um passeio pela cidade, agora mais vazia, antes de voltar à estrada.

No retorno ao Porto, decidimos parar em Valença, para uma visita à fortaleza. Estávamos por volta das 20h quando entramos na fortaleza, e fomos apanhados de surpresa pelo quão vazia esta estava. A parte boa foi a facilidade com que podemos estacionar para subir até à muralha e daí contemplar a vista sobre o Rio Minho e a Galiza que tínhamos deixado há pouco.

Resumo do segundo dia:

  • Centro histórico de Santiago de Compostela
  • Mercado de Abastos
  • Praza do Obradoiro
  • Paço de Raxoi
  • Paço de Fonseca
  • Catedral de Santiago de Compostela
  • Fortaleza de Valença

Onde comer na Corunha:

Bar Coruña – pinchos, a nossa escolha de almoço

Bar la Tita – pinchos

Bar O’46 – pinchos

Taberna O Gato Negro – mariscos

El Mesón Do Pulpo – especialidades de polvo

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