Roteiro de 15 dias na Geórgia – Itinerário de 2 semanas 🇬🇪

  • 10.01.2024 18:15
  • Bruno A.

Itinerário completo com direito a roteiro de 15 dias na Geórgia. Inclui menção a cidades e pontos turísticos a visitar para quem procura o que fazer na Geórgia em 2 semanas.

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Este roteiro de 10 dias na Geórgia faz parte do nosso Guia Geral de Viagem ao país. Consulta-o para saberes todas as dicas práticas e informações importantes sobre a Geórgia, incluindo transportes, hotéis, restaurantes e documentação de viagem.

Roteiro de 15 dias na Geórgia – O que ver e fazer em 2 semanas

Caso te estejas a perguntar se um país tão pequeno como a Geórgia é merecedor de duas semanas inteiras de férias, então talvez te surpreendas com a natureza afirmativa da resposta. Para além dos acessos e da topografia do terreno fazer com que as deslocações sejam mais longas que o esperado, a verdade é que há muito para ver e fazer na Pérola do Cáucaso. Para além de Tbilisi, uma das capitais mais “cool” do mundo (e surpreendentemente histórica), com 15 dias poderás visitar as regiões montanhosas de Svaneti e Kazbegi, vilas históricas como Akhaltsikhe e Mtskheta, cidades directamente esculpidas na rocha (Uplistsikhe e Vardzia), fazer uma road trip pela cénica região de Kakheti e ainda, se o tempo convidar a isso, ir a banhos nas águas do Mar Negro em Batumi.

De qualquer das formas, e se não tiveres disponibilidade para todo este tempo, és sempre bem-vindo a dar uma vista de olhos nos nossos roteiros recomendados mais curtos da Geórgia:

Ainda assim, e sem mais demoras, apresentamos-te as cidades e atracções que deves visitar num roteiro de 15 dias pela Geórgia.

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 1 – Tbilisi: Avlabari e a Cidade Velha

Considerada a maior e principal cidade do país, a maioria dos itinerários georgianos terão precisamente início em Tbilisi, a capital. Na verdade, e de forma surpreendente, Tbilisi é uma metrópole com muito para ver e fazer, exibindo um centro histórico bastante grande que se estende às duas margens do Rio Kura. Ao explorares o coração da cidade, irás reparar que a arquitectura é bastante eclética, e que alguns edifícios foram esplendorosamente renovados, ao passo que a maioria aparenta um semi-estado de delapidação. No entanto, é esse o encanto de Tbilisi, uma cidade que pertence à população, e onde a baixa ainda é povoada pelos locais, algo cada vez mais raro nas capitais europeias. De resto, uma actividade a não perder é mesmo entrar indiscriminadamente nos prédios mais antigos. Passo a explicar: o centro de Tbilisi era uma zona nobre e a população local vivia confortavelmente há muitas gerações (as desigualdades eram gritantes). Como tal, todas as casas eram verdadeiros palácios. Acontece que, quando a União Soviética foi formada, todos os espaços foram expropriados e passaram a pertencer ao governo. Uma vez que Tbilisi foi inundada de migrantes vindos da província em busca de trabalho, o governo decidiu dividir estes palácios em várias casas. Até hoje, a população da baixa continua a viver em locais com pátios partilhados que, originalmente, eram enormes casas senhoriais. Quando entras no hall de cada prédio, nunca sabes bem o que vais encontrar. Na maioria, claro, as pinturas exuberantes e cornucópias coloridas já desapareceram, mas continua a ser possível encontrar verdadeiros tesourinhos. Dois desses exemplos são a Kaleidoscope House e a Moorish House, embora existam dezenas de locais deste tipo escondidos na cidade.

Depois de visitadas estas casas próximas, segue-se uma passagem na Praça Lado Gudiashvili, um espaço totalmente remodelado e uma das mais belas pracetas da cidade, antes de subires a Escadaria Betlemi. Tendo em conta a topografia de Tbilisi, onde o centro foi construído nas escarpas de um pequeno desfiladeiro, poucas cidades têm miradouros tão deslumbrantes quanto a capital Georgiana, sendo esta escadaria um dos pontos mais fotogénicos. Depois de subires a escadaria e desfrutares da vista, podes prosseguir até à Estátua da Mãe Geórgia (um clássico das antigas repúblicas soviéticas) e visitar a Fortaleza de Narikala, a imponente estrutura defensiva que domina a paisagem sobre a baixa de Tbilisi. Depois, iniciarás a descida pelas vielas estreitas e inclinadas da Kala, o quarteirão correspondente à Cidade Velha. Ao contrário do resto do centro, este quarteirão já foi praticamente todo renovado, parecendo quase numa realidade à parte. Pelo caminho, não deixes de visitar a Mesquita Juma, o único local de culto islâmico da cidade, construído ainda no período de controlo otomano. Chegado às margens do rio, irás dar de caras com o fabuloso quarteirão de Abanotubani, lar da maioria das muitas casas termais de Tbilisi. Acontece que a cidade Georgiana foi precisamente fundada neste local devido à presença de inúmeras fontes naturais de água quente no subsolo, tendo por isso desenvolvido uma cultura de “bathhouses” que já conta com vários séculos. Para além das fotos da praxe, ou não fosse este um dos recantos mais pitorescos de Tbilisi, é absolutamente obrigatório ir a banhos numa destas estâncias.

Ao contrário de Budapeste, onde os espaços são gigantescos e comuns, em Tbilisi cada cliente (ou grupo) aluga a sua própria sala privada, que está sempre equipada com uma piscina de água quente e outra de água fria. Depois, dependendo do preço que estejas disposto a pagar, as salas poderão incluir extras como sauna, banho turco ou jacuzzi. Posto isto, deixamos abaixo algumas opções que poderás querer explorar em Abanotubani (reservas devem ser feitas com antecedência):

  • Gulo’s – Tradicional, com salas privadas ornamentadas em azulejo e vários serviços extra disponíveis (banhos e massagens). Marcações por WhatsApp: +995 599 588 122. Cabines privadas a partir de 100 GEL/hora (4/5 pessoas);
  • Orbeliani – Opção mais luxuosa, dentro do edifício mais emblemático de Abanotubani. São os banhos mais conhecidos e turísticos da cidade. Marcações online. Cabines privadas a partir de 100 GEL/hora (2 pessoas);
  • Sulphur Bathhouse №5 – Banhos públicos, com opção de aluguer de cabine privada. Provavelmente a opção mais autêntica, mas menos deslumbrante. Marcações de cabines privadas por telefone (não é necessário para a área pública): +995 322 722 090. Banhos públicos têm o custo de 10 GEL para homens e 6 GEL para mulheres. Cabines privadas disponíveis a partir de 70 GEL/hora (4/5 pessoas);
  • Royal Bath House – Uma das opções mais antigas, alegadamente em funcionamento desde 1704. Marcações feitas por telefone: +995 322 196 700. Cabines privadas a partir de 100 GEL/hora (4 pessoas).

Já rejuvenescido, estarás enfim pronto a seguir caminho até à Grande Sinagoga e à Catedral de Zion, completando assim a tarefa de, no espaço de algumas centenas de metros, visitar locais de culto históricos pertencentes às três grandes religiões monoteístas (Islão, Judaísmo e Cristianismo). Não há muitas cidades onde isto seja possível! Finalmente, irás atravessar o Rio Kura e dar um saltinho até à Igreja Metekhi. No entanto, mais do que a fachada do edifício ou os seus interiores, o que realmente impressiona é a vista fenomenal sobre a Cidade Velha a partir do seu terraço. A travessia do rio marca também a entrada no distrito de Avlabari, outrora o principal centro da comunidade Arménia no país. Hoje em dia, vale a pena passar no distrito e visitar a gigantesca Catedral de Sameba, uma das construções mais imponentes em toda a Tbilisi e um dos maiores edifícios religiosos do mundo, que, apesar do seu ar histórico, foi apenas finalizada em 2004. Se por esta altura já te sentires assoberbado, podes dar o teu dia por terminado. No entanto, se tens um especial interesse na história da União Soviética e da Revolução Bolchevique, há mais um sítio imperdível a adicionar à lista. Conhecido como o Museu da Prensa de Stalin (10 GEL), e situado no subsolo das instalações do Partido Comunista da Geórgia, esta pequena exibição mostra a prensa original de 1893, propositadamente trazida da Alemanha, utilizada por Stalin (que era georgiano) e pelos seus camaradas para imprimir propaganda bolchevique e anti-imperial. Tal como há 120 anos, a prensa continua no mesmo local onde era escondida, no fundo de um poço improvisado, e é um pedacinho sagrado do processo que viria a culminar numa das maiores revoluções da história da humanidade.

Para sugestões de hotéis para a estadia em Tbilisi, clica aqui.

Resumo do 1º dia:

  • Kaleidoscope House
  • Moorish House
  • Praça Lado Gudiashvili
  • Escadaria Betlemi
  • Estátua da Mãe Geórgia
  • Fortaleza de Narikala
  • Kala – Cidade Velha
  • Mesquita Juma
  • Quarteirão de Abanotubani
  • Estâncias Termais de Abanotubani
  • Grande Sinagoga
  • Catedral de Zion
  • Igreja Metekhi
  • Catedral de Sameba
  • Museu da Prensa de Stalin

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Avlabari e na Cidade Velha:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 2 – Tbilisi: Mtatsminda e Chugureti

Para o segundo e último dia que passarás a explorar Tbilisi, embora ainda te espere mais um par de noites na capital, irás explorar os distritos de Chugureti, na margem oposta à baixa, e Mtatsminda, a zona do centro que não integra a Cidade Velha. No entanto, a tua primeira paragem do dia terá lugar bem longe do centro de Tbilisi, num dos locais mais impressionantes e subvalorizados da capital: o monumento Chronicle of Georgia. Este memorial absolutamente mastodôntico, situado no topo de uma escadaria com vista sobre o reservatório de água conhecido como o Mar de Tbilisi, é formado por 16 colunas massivas, decoradas com figuras importantes e lendárias da história do país. Uma verdadeira ode à pedra e ao metal. Para lá chegares, podes recorrer a uma combinação de metro e autocarro (metro até à estação Ghrmaghele + autocarro nº 360) ou podes simplesmente apanhar um táxi (cerca de 15 GEL a partir do centro). Depois de visitado o monumento, recomendamos que enchas o bucho com o fabuloso pequeno-almoço buffet do Fabrika (27 GEL). Apesar da variedade e qualidade da comida, o Fabrika tornou-se uma referência entre locais, visitantes e expatriados por representar uma espécie de símbolo do rejuvenescimento georgiano pós-independência. Originalmente uma fábrica de costura soviética, o espaço foi convertido num gigantesco centro cultural, albergando actualmente cafés e restaurantes, um hostel, uma galeria de arte, um espaço de co-working e vários eventos artísticos. Em suma, um dos locais da moda em Tbilisi!

Depois do repasto, vale a pena percorrer a Avenida Davit Aghmashenebeli, uma das vias mais bonitas e movimentadas da cidade, antes de passar no Rike Park (de onde parte o teleférico para a fortaleza de Narikala, caso queiras fazer a viagem rápida por curiosidade). Depois de terminado o teu périplo por Chugureti, vais então atravessar a ultra-moderna Ponte da Paz e dar entrada no distrito de Mtatsminda. Aqui, vais começar por visitar a Basílica Anchiskhati, considerada a igreja mais antiga de toda a Geórgia, antes de passares no vizinho Teatro Rezo Gabriadze, um anfiteatro de marionetas antigo, famoso pelo seu edifício estrambólico e pela torre de relógio que parece em risco de colapsar a qualquer instante. A partir daí, vais subir até à Praça da Liberdade, palco central de grandes comemorações, protestos e ajuntamentos, e que marca o ponto de partida da Avenida Rustaveli, a principal artéria de Tbilisi. Ao percorreres esta avenida, irás deparar-te com todo o tipo de arquitectura, sendo possível encontrar vários estilos num espaço de algumas dezenas de metros. Pelo caminho, podes sempre dar uma vista de olhos no Museu Nacional da Geórgia (10 GEL), no Parlamento, na Igreja de São Jorge, no Teatro Nacional e no Teatro de Ópera e Ballet de Tbilisi. Já com dia a caminhar para o final, há poucos sítios melhores para assistir ao sol pôr-se sobre a capital georgiana que o Parque de Mtatsminda. Situado no topo de uma colina, este espaço verde e parque de diversões é acessível através de um funicular (16 GEL ida-e-volta) que te levará até a um espectacular miradouro, marcando assim a despedida perfeita de Tbilisi.

Resumo do 2º dia:

  • Chronicle of Georgia
  • Fabrika
  • Avenida Davit Aghmashenebeli
  • Rike Park
  • Ponte da Paz
  • Basílica Anchiskhati
  • Teatro Rezo Gabriadze
  • Praça da Liberdade
  • Avenida Rustaveli
    • Museu Nacional da Geórgia
    • Parlamento da Geórgia
    • Igreja de São Jorge
    • Teatro Nacional
    • Teatro de Ópera e Ballet de Tbilisi
  • Parque de Mtatsminda (miradouro)

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Mtatsminda e Chugureti:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 3 – Day trip a Mtskheta, Gori e Uplistsikhe

Embora Tbilisi continue a ser a tua base, hoje o dia será passado a visitar três localidades vizinhas. Assim sendo, irás acordar cedo e apanhar uma marshrutka (informações mais específicas no nosso guia geral da Geórgia) rumo a Mtskheta, considerada a cidade mais sagrada da Geórgia e o “Vaticano” do ramo georgiano do Cristianismo Ortodoxo. No entanto, e embora haja naturalmente igrejas e mosteiros para visitar, Mtskheta é muito mais que religião, revelando-se uma das localidades mais bonitas do país e a sua antiga capital histórica. Para além disso, os seus monumentos foram designados Património da Humanidade pela UNESCO! Assim sendo, e chegado à cidade, situada a uns míseros 20 minutos de Tbilisi, vais pedir um táxi (20 GEL ida-e-volta + tempo de espera) e pedir para ser levado até ao Mosteiro Jvari, considerado a grande atracção de Mtskheta. Situado no topo de um monte, esta igreja marca o início do cristianismo na Geórgia. No entanto, mais do que a estrutura propriamente dita, o que realmente impressiona é a vista fenomenal sobre a Cidade Velha de Mtskheta, situada na confluência entre os rios Kura e Aragvi. Quando estiveres pronto a regressar, o táxi trar-te-á de volta até ao centro da cidade, onde poderás por fim explorar a pé. De resto, o centro histórico de Mtskheta, embora pequenino, é verdadeiramente adorável, pautado pela arquitectura antiga em pedra e pelas incontáveis banquinhas de rua que acabam por formar um bazar improvisado. Aqui, o destaque vai direitinho para a Catedral Svetitskhoveli, a mais importante igreja do país. Para além de ser o centro espiritual da Geórgia e o local de repouso de muitos dos seus antigos reis, a igreja é conhecida por albergar (alegadamente, porque nestas coisas nunca há certezas) o manto que Cristo vestiu antes da crucificação, bem como um pedaço de madeira da própria cruz. Ainda na cidade, vale a pena visitar a Antioquia de Mtshkheta, o Convento de Samtavro e a Fortaleza de Bebristsikhe.

Ainda antes de almoço, e para que consigas fazer tudo o que está programado para este dia, é tempo de voltares ao desconforto de uma marshrutka e completares mais um curto trajecto, desta feita até à insuspeita cidade de Gori. Terra natal do lendário e temível Joseph Stalin, Gori é lar de um dos museus mais rocambolescos que alguma vez verás. Ao passo que a maioria dos ditadores sanguinários do século XX são repugnados (ou quanto muito ignorados) pelas sociedades actuais, o Museu de Stalin (15 GEL) celebra abertamente a vida e obra do seu filho pródigo. Para além disso, podes visitar a cabana de madeira onde Stalin nasceu e a carruagem principal do comboio oficial onde o ditador costumava viajar nas suas longas jornadas pela interminável União Soviética. De resto, e embora o museu seja o indubitável destaque de Gori e o que realmente atrai os turistas que se dão ao trabalho de lá ir, a cidade tem outros pontos dignos de menção, como a Fortaleza de Gori ou a Cidade Velha, um adorável quarteirão antigo que sobreviveu ao devastador terramoto de 1920. Para fechar o dia em beleza, terás que pedir outro táxi em Gori (40 GEL ida-e-volta + tempo de espera) ou, se tiveres ainda muito tempo, apanhar um autocarro local na estação, e percorrer os 15 km que separam a cidade de Uplistsikhe (15 GEL), uma localidade com 4000 anos, totalmente cravada na superfície rochosa. Hoje convertida num museu ao ar livre, custa a crer que Uplistsikhe era uma paragem emblemática na famosa Rota da Seda, e a principal cidade da Geórgia até ao século XIII, com os próprios governantes a viverem nestas cavernas rochosas. Depois de visitares o local, terás que regressar a Gori, onde apanharás nova marshrutka de regresso a Tbilisi, onde pernoitarás.

Resumo do 3º dia:

  • Mtskheta
    • Mosteiro Jvari
    • Catedral Svetitskhoveli
    • Antioquia de Mtshkheta
    • Convento de Samtavro
    • Fortaleza de Bebristsikhe
  • Gori
    • Museu de Stalin
    • Fortaleza de Gori
    • Cidade Velha de Gori
  • Uplistsikhe

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Gori:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 4 – Road trip por Kakheti

Para a tua derradeira noite na capital, voltarás a passar o dia numa day trip, desta feita pela região vinícola de Kakheti, famosa por ter sido o local onde, alegadamente, foi produzido o primeiro vinho do mundo! De resto, este é o único dia do roteiro onde recomendamos vivamente que alugues carro (conforme explicado no guia geral), uma vez que as estradas de Kakheti são maioritariamente planas, em condições decentes e com pouco trânsito. Para além disso, teres o teu próprio veículo facilitará de sobremaneira a deslocação pelos muitos pontos de interesse da região. Na verdade, seriam necessários pelo menos 2 dias para experienciar o que de melhor Kakheti tem para oferecer, mas como o tempo é finito e é necessário fazer escolhas, optámos por criar uma espécie de itinerário “express” (e, mesmo assim, será preciso andar da perna). Por fim, e caso alugar carro não seja uma hipótese para ti, recomendamos que te fiques pelos pontos mencionados no próximo parágrafo, uma vez que existem marshrutkas recorrentes entre Tbilisi e Sighnaghi, tornando possível visitar a vila (e o mosteiro mais próximo) recorrendo a transportes colectivos.

Agora que está feita a introdução, é tempo de te fazeres então à estrada rumo a Sighnaghi, apelidada como a vila mais romântica da Geórgia. Entende-se. Com a sua arquitectura tradicional, ruas estreitas em calçada e varandins típicos coloridos, é um local bastante agradável à vista, com aquela atmosfera europeia de “small town”. Para além disso, estando situada no topo de um planalto, as vistas sobre o gigantesco e verdejante Vale de Alazani são absolutamente extraordinárias. Aqui, vale a pena caminhar ao longo da Muralha de Sighnaghi, a antiga estrutura defensiva da vila, visitar a Basílica de São Jorge, subir ao telhado da Igreja de Santo Estevão, e dar um passeio nos memoriais soviéticos do Parque 9 de Abril. No entanto, só passear pelas ruas e vielas da cidade já é um verdadeiro encanto, com várias banquinhas de bordados e tapetes coloridos a adornar as fachadas em pedra. A apenas 40 minutos a pé de Sighnaghi (ou curta viagem de táxi), não deixes de visitar o Convento de São Nino de Bodbe, um dos mosteiros mais impressionantes de Kakheti, já de si uma região repleta de exemplares dignos de uma visita. Para além disso, o caminho até passa por um dos melhores miradouros de Sighnaghi. Para outra vista emblemática sobre a vila e o imenso vale, recomendamos a zona de jantar do restaurante The Terrace. Embora toda a região esteja repleta de adegas e pequenos produtores que podes visitar para provas ou para acompanhar o processo de produção de vinho georgiano, recomendamos um tour/prova na Pheasant’s Tears Winery (30 GEL), em Sighnaghi. Desta forma, a dica vale tanto para os que aluguem carro, como para os que vão de marshutka. De resto, o método de produção tradiconal é bastante interessante, uma vez que as uvas, grainhas e talos são colocados dentro de um pote de barro tradicional – chamado qevri – e enterrados durante 6 meses, com o processo de fermentação, lento e 100% natural, a dar lugar ao vinho georgiano.

Para quem não alugar carro, a aventura ficará por aqui. Para os outros, contudo, é tempo de regressar à estrada e completar mais 60 km até Telavi, considerada a maior cidade da região de Kakheti. Apesar desse título, Telavi assemelha-se mais a uma vila, com um ritmo relaxado e alguma da melhor arquitectura tradicional do país, que podes ficar a conhecer percorrendo a Rua Erekle II e a Rua Cholokashvili, as duas principais vias do centro histórico. Para além disso, vale também a pena deambular pelo animado Bazar de Telavi e desfrutar das vistas a partir do Parque Nadikvari. No entanto, o ponto alto de Telavi é mesmo a Fortaleza de Batonistsikhe (5 GEL), uma estrutura defensiva, em estilo persa, cujo interior alberga o Museu da História de Telavi e o Palácio do Rei Erekle II, uma antiga residência real, recentemente renovada. Por esta altura, o dia estará já a correr para o final, mas não podia fechar esta etapa do itinerário sem recomendar a passagem por, pelo menos, outros dois mosteiros de Kakheti. No primeiro, o Mosteiro de Ikalto, podes encontrar as ruínas de uma antiga escola com mais de 1000 anos, e o espaço está cheio de antigos qveris, entretanto deixados no recinto para decoração. No entanto, o verdadeiro destaque vai todinho para o segundo – o espectacular Mosteiro de Alaverdi – um dos meus favoritos em toda a Geórgia!

Resumo do 4º dia:

  • Sighnaghi
    • Muralha de Sighnaghi
    • Basílica de São Jorge
    • Igreja de Santo Estevão
    • Parque 9 de Abril
    • The Terrace (restaurante – vista fabulosa)
    • Pheasant’s Tears Winery (prova de vinhos)
    • Convento de São Nino de Bodbe
  • Telavi
    • Fortaleza de Batonistsikhe (Museu da História de Telavi e Palácio Rei Erekle II)
    • Rua Erekle II
    • Rua Cholokashvili
    • Bazar de Telavi
    • Parque Nadikvari
  • Mosteiro de Ikalto
  • Mosteiro de Alaverdi

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Sighnaghi e Telavi:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 5 – Georgian Military Highway

Embora possa parecer estranho aos nossos olhos, ocidentais, andar à boleia é algo extremamente comum na Geórgia, e parte integrante da cultura do Cáucaso. Por causa disso, é muito comum encontrares locais de dedo estendido na estrada, e extremamente fácil, mesmo para turistas, conseguir arranjar boleia (mesmo nos locais mais isolados). Ora, uma vez que existem vários locais de destaque ao longo da Georgian Military Highway, a estrada moderna e que atinge os 2400 metros de altitude, ligando a Geórgia à Rússia, nada melhor que colocar esta teoria à prova! Assim sendo, e já que pernoitarás em Kazbegi (também conhecida por Stepantsminda), a tua base para os próximos dias e também ela situada ao longo da emblemática autoestrada, vais começar por apanhar uma marshutka com destino a esta cidade (vans partem do terminal Didube, em Tbilisi). Esta marshutka irá fazer o seu curso ao longo da Georgian Military Highway, mas ao invés de completares a viagem, irás pedir para ser deixado na Fortaleza de Ananuri, o primeiro local da autoestrada digno de paragem. Situada junto às margens do Reservatório de Zhinvali, esta fortaleza guarda uma igreja ortodoxa georgiana, e é um local extremamente bonito. Para além da entrada ser gratuita, podes subir a muralha e desfrutar das vistas sobre as cúpulas do complexo e as águas da reserva.

Quando estiveres satisfeito, é só regressar à estrada e levantar o dedo. Aliás, a nossa escolha não foi inocente, já que este é, provavelmente, o local mais simples para pedir boleia no país. A estrada está em excelentes condições, o fluxo de trânsito é adequado (não precisas de esperar muito tempo para ver carros passar) e não tens sequer o problema de encontrar veículos que tenham um destino diferente, já que praticamente todos os carros/camiões vão para Kazbegi ou para a fronteira russa. Num espaço de 5 ou 10 minutos, já vais estar de rabo alapado no carro de alguém rumo ao Monumento da Amizade Rússia-Geórgia – a nossa próxima paragem! Embora o monumento impressione, com um gigantesco mosaico semi-circular a retratar episódios marcantes da história das duas nações, a verdadeira razão para parar aqui é o seu formidável miradouro, virado para a inesquecível paisagem montanhosa da cordilheira do Cáucaso. De regresso à highway, vais voltar a estender o dedo, desta feita em busca de alguma alma caridosa que te leve até Sno. Situada a menos de 10 km de Kazbegi, esta insuspeita aldeia é famosa pelas bizarras esculturas em pedra de cabeças gigantes. Estas figuras representam reis e outros governantes famosos da história da Geórgia, e fotografam bastante bem em oposição aos picos montanhosos e cenário natural idílico da aldeia. Para além disso, Sno é uma paragem obrigatória para quem tenha uns dias de trekking planeados no Vale de Juta. Finalmente, e para o último troço da viagem, terás que perguntar especificamente se a tua boleia vai atravessar a fronteira até à Rússia, 11 km a norte de Kazbegi, ou se se ficará por esta última. Se te deixarem em Kazbegi, terás então que arranjar um táxi que te leve ao Mosteiro de Dariali, praticamente na fronteira (daí ser melhor se a boleia desde Sno for além de Kazbegi). Para além da imponência deste edifício, a sua localização é também ela extraordinária, nas margens do Desfiladeiro de Terek. Para fechar, é só apanhar a última boleia do dia, agora no sentido contrário, de regresso a Kazbegi, onde irás passar a noite.

Caso tudo isto te pareça demasiado complicado, podes sempre alugar carro em Tbilisi ou recorrer aos serviços de um táxi privado, explicando de antemão todos os sítios onde pretendas parar.

Para sugestões de hotéis para a estadia em Kazbegi, clica aqui.

Resumo do 5º dia:

  • Georgian Military Highway
    • Fortaleza de Ananuri
    • Monumento da Amizade Rússia-Geórgia
    • Sno
    • Mosteiro de Dariali

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 6 – Vale de Truso

Agora que chegaste finalmente às famosas montanhas da Geórgia, nada melhor que completares o teu primeiro trekking em terras do Cáucaso! Em Kazbegi (ou Stepantsminda), uma das bases mais consagradas para esse tipo de actividade, não faltam opções dignas de registo, como os trilhos para o Glaciar Gergeti, para as Cascatas de Gveleti ou para o Vale de Chaukhi, bem como as inúmeras alternativas situadas ao longo do Vale de Juta (um pouco mais longe). No entanto, a nossa escolha para o melhor hike de 1 dia em Kazbegi tem que recair sobre o extraordinário Vale de Truso! Com cerca de 20 km de extensão, esta caminhada liga a aldeia de Kvemo Okrokana às ruínas da Fortaleza de Zakagori, local onde foi instalado um posto militar do exército para vigiar a fronteira contenciosa com a Ossétia do Sul. Pelo caminho, passarás em aldeias abandonadas, depósitos minerais (que dão às águas e rochas um tom laranja e avermelhado), desfiladeiros, mosteiros isolados e torres de defesa, sempre com a deslumbrante paisagem do vale em plano de fundo. Apesar de longa, a caminhada é relativamente simples e com pouquíssimas oscilações de altitude, levando cerca de 6 horas a completar (já contabilizando paragens para fotos).

Quanto à parte logística, terás que assegurar um meio de transporte (ida-e-volta) que cubra a distância de 22 km que separa Kazbegi de Kvemo Okrokana, ponto de partida do trilho. Para isso, podes simplesmente contratar um táxi e acordar de antemão uma hora de recolha em Kvemo Okrokana, uma vez que ninguém estará 6 horas no meio do nada à espera que um turista regresse de um trilho. No entanto, conta pagar cerca de 90 a 100 GEL pelo serviço completo. Como alternativa, podes recorrer à agência local Montain Freaks, que organiza transfers diários (de 01 de Maio a 31 de Outubro) entre as duas localidades, partindo de Kazbegi às 09h15 e recolhendo os passageiros em Kvemo Okrokana às 16h30. Os bilhetes podem ser comprados nos escritórios da agência e têm o custo de 45 GEL.

Resumo do 6º dia:

  • Vale de Truso

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 7 – Kazbegi e regresso a Tbilisi

Antes do inevitável regresso a Tbilisi, não te poderíamos deixar vir embora de Kazbegi sem passar no seu local mais emblemático. Falamos, pois claro, da inigualável Igreja da Trindade Gergeti, porventura um dos pontos mais fotografados e promovidos de toda a Geórgia, tendo-se tornado um verdadeiro símbolo do país. Apesar da igreja ser esteticamente agradável, não é propriamente nada que não tenhas visto até aqui noutras igrejas históricas georgianas… mas a localização é imbatível! Situada no topo da montanha, cercada por outros picos igualmente majestosos, a igreja tem um terraço com uma vista fenomenal sobre Kazbegi, fazendo deste um “must” para quem visita o país.

Para chegares à igreja, podes simplesmente recorrer a dos vários táxis partilhados estacionados junta à paragem de autocarros da vila. Se estiveres na disposição de esperar que o carro encha, conta pagar 15/20 GEL pelo percurso ida-e-volta (+ tempo de espera), ao passo que um carro privado nunca te custará menos 70/80 GEL. No entanto, a forma mais fixe de visitar a igreja passa por completar o trilho até lá, numa caminhada de cerca de 2 horas (ida-e-volta) ao longo do flanco esquerdo da montanha. Tem atenção que o Google Maps não reconhece o trilho, enviando os visitantes pelo mesmo caminho pavimentado dos carros, por isso sugerimos que utilizes o Maps.me para te orientares. No entanto, pode utilizar esta localização como ponto de referência para o início da subida. Depois de visitada a igreja, é só desceres de volta à vila e apanhares a marshrutka para Tbilisi, onde passará a noite antes de avançares para a região ocidental da Geórgia.

Resumo do 7º dia:

  • Igreja da Trindade Gergeti

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Kazbegi:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 8 – Akhaltsikhe e Vardzia

Ao oitavo dia do teu périplo, e após explorares muitos dos pontos de interesse do lado oriental do país, é tempo de finalmente te aventurares pelos territórios da Geórgia Ocidental, começando com um par de localidades subvalorizadas e relativamente obscuras. Para isso, irás acordar cedo, ainda em Tbilisi, e apanhar uma marshrutka (3 horas) até à pequena localidade de Akhaltsikhe, no sudoeste do país. Situada perto das fronteiras com Turquia e Arménia, Akhaltsikhe é uma cidade que já foi tomada por vários impérios, dos otomanos aos persas, passando por mongóis e russos. Comum a todos eles foi a presença do fabuloso Castelo Rabati (18 GEL) a fortaleza mais impressionante de toda a Geórgia, e uma verdadeira ode ao multiculturalismo e à mistura de estilos e credos. Dentro da sua muralha, poderás visitar uma mesquita otomana, subir à torre de vigia (as vistas sobre a cidadela são fantásticas) e ainda percorrer vários terraços, pavilhões a jardins. Ao contrário de muito do património do país, o Castelo Rabati foi totalmente renovado em 2012, sendo por isso um dos monumentos históricos mais impressionantes do país.

Para além da cidadela, Akhaltsikhe tem ainda igrejas e sinagogas que merecem uma visita, mas uma vez que terás ainda pela frente uma outra longa viagem de marshutka, irás ficar-te pelo castelo (de longe, o grande destaque). Isto porque, antes de seguires viagem, convém teres ainda algumas horas e pedires um táxi (80 GEL ida-e-volta + tempo de espera) que te ajude a completar a deslocação de 60 km até à Vardzia Cave City (15 GEL), um gigantesco mosteiro totalmente cravado nas paredes de um precipício. À semelhança de Uplistsikhe, também os edifícios de Vardzia foram esculpidos directamente na superfície rochosa, com as igrejas, templos e halls interligados através de um sistema de túneis, terraços e escadarias. Embora reste apenas uma fracção da dimensão original, o mosteiro continua a impressionar os visitantes e peregrinos, ocupando, ainda assim, uma extensão de mais de meio quilómetro ao longo do precipício.

De volta a Akhatskikhe, é então hora de apanhar a tal segunda marshutka, desta feita com destino a Kutaisi, o lugar de pernoita de hoje.

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Resumo do 8º dia:

  • Akhaltsikhe
    • Castelo Rabati
  • Vardzia Cave City

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Akhaltsikhe:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 9 – Kutaisi

Considerada a terceira maior cidade da Geórgia, Kutaisi é muitas vezes ignorada em virtude de paragens mais populares. Mesmo para os muitos visitantes que aqui aterram, à boleia das ligações low-cost patrocinadas pela Wizz Air, não é raro ver os forasteiros a seguirem directamente caminho para Tbilisi ou Batumi, negligenciando assim um destino bastante válido. Assim sendo, o dia de hoje será passado a explorar a cidade, famosa pelo legado histórico multicultural, que por aqui viu passar arménios, russos, judeus e missionários católicos – um verdadeiro “melting pot”! No entanto, antes de mergulhares a fundo na história de Kutaisi, vais apanhar um dos teleféricos antigos Georgianos, na estação situada junto à Ponte Branca, e fazer a curta viagem de apenas 30 segundos até ao Parque de Diversões Besik Gabashvili, um pequeno parque com atracções soviéticas e uma vista bastante agradável sobre a cidade. Ainda deste lado do rio, vais fazer a curta caminhada até à Catedral Bagrati, uma das principais atracções de Kutaisi. Construída no topo de uma colina, esta imponente catedral do século XI é um local de visita obrigatória, quer pelo edifício e os frescos interiores, quer pela panorâmica absolutamente fabulosa (a melhor de Kutaisi) a partir das ruínas da sua antiga muralha.

Daqui, irás descer e atravessar novamente o Rio Rioni, agora rumo ao centro histórico, onde começarás precisamente por explorar o Green Bazar, o principal mercado da cidade. Para além da sempre animada experiência de visitar um mercado/bazar, é lá que podes fotografar o Kolkhida, um gigantesco mural alaranjado, detalhadamente esculpido com figuras e cenas da história de Kutaisi. Uns quantos metros mais a sul, vais entrar no designado Royal District, porventura o quarteirão local com a arquitectura mais clássica, e por isso o mais fotogénico. Apesar disso, o distrito alberga também o maior centro de arte urbana da cidade, semi-escondido numa pequena passagem conhecida como a Wall of Love. Depois, é tempo de atravessar a pé o Kutaisi Park e tirar a foto da praxe na Fonte Cólquida, o monumento central da principal praça da cidade, erigido em honra da primeira grande civilização helénica (os Cólquidas) a habitar esta região da Geórgia. Seguindo um pouco para norte, irás então encontrar os diferentes quarteirões que serviam de casa às populações arménicas e judaicas da cidade, bem como aos missionários católicos (este último conhecido como o “Quarteirão Francês”). Uma vez que não existem grandes traços diferenciadores nos edifícios, o que realmente os distingue é a presença de diferentes locais de culto, com destaque para o Templo da Sagrada Anunciação, originalmente católico (agora ortodoxo), a Igreja Arménia de São Jorge e a Sinagoga de Kutaisi.

Para terminar o dia, nenhuma visita a Kutaisi está concluída sem uma passagem no lendário Mosteiro Gelati, um dos 4 locais na Geórgia designados Património da Humanidade pela UNESCO. Um dos mais importantes e antigos locais de culto de toda a Geórgia, este mosteiro ataca em todas as frentes. Histórico? Confere. Localização? As vistas não podiam ser melhores. Arquitectura? Não só os edifícios são extraordinários como os interiores pintados são dos mais bonitos do país. Por mais mosteiros que já tenhas visitado, este é um dos que não vais querer perder! O Mosteiro de Gelati fica situado a mais de 8 km do centro de Kutaisi, por isso será melhor poupares as pernas e recorreres a um táxi. Pelo caminho de ida-e-volta mais um período de espera de 30 a 45 minutos, conta pagar uma tarifa na casa dos 35/45 GEL.

Resumo do 9º dia:

  • Parque de Diversões Besik Gabashvili (viagem de teleférico)
  • Catedral Bagrati
  • Green Bazar
  • Kolkhida
  • Royal District (Rua Tsminda Nino e Rua Kantselebi e Rua Alexander Pushkin)
  • Wall of Love
  • Kutaisi Park
  • Fonte Cólquida
  • Templo da Sagrada Anunciação
  • Igreja Arménia de São Jorge
  • Sinagoga de Kutaisi
  • Mosteiro Gelati

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Kutaisi:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 10 – Percurso até Mestia, Svaneti

Depois de visitada Kutaisi, chegou finalmente a hora de conheceres de perto a natureza pristina e intocada do Cáucaso, com uma subida até à emblemática região de Svaneti. De resto, este é um dos destinos mais populares do país, conhecido pelos inúmeros picos montanhosos e oportunidades de trekking. Se os trilhos são uma paixão, não há muitos lugares no mundo com tanto para oferecer!

No entanto, uma vez que terás ainda uma chata viagem de 6 horas a bordo de uma desconfortável marshrutka até Mestia (principal vila de Svaneti), este dia terá uma índole puramente logística. Isto significa que o foco estará em garantir que chegues ao destino fresco e descansado, para que possas dar o litro nos 2 dias que se seguem. Quanto às ligações, existe uma marshrutka diária que parte de Kutaisi às 10h00 com destino directo a Mestia (40 GEL). No entanto, se não fores a tempo desta ligação, podes sempre apanhar uma das inúmeras vans até Zugdidi, e depois trocar para outro veículo até Mestia.

Como curiosidade, vale a pena acrescentar que a região de Svaneti, por força da sua localização, esteve praticamente fechada ao mundo exterior durante quase toda a sua história, sendo infamemente impenetrável e inconquistável pela via da força. À conta disso, a população (os Svans) desenvolveu a sua própria língua, cultura e traços étnicos, sendo marcadamente distinta do resto das gentes da Geórgia. No fundo, é quase como visitar outro país! Parecido, mas diferente. Se chegares a Mestia e o sol ainda raiar, vale a pena dar um passeio pela pitoresca aldeia (desde que não te importes de partilhar o passeio com o gado) e descobrir as suas incontáveis torres de defesa, imponentes construções em pedra bastante comuns nas regiões remotas da Ciscaucásia, e que podes encontrar em algumas repúblicas da Federação Russa, como o Daguestão, a Ossétia do Norte, a Chechénia ou a Ingushetia.

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Resumo do 10º dia:

  • Chegada a Mestia

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 11 – Svaneti: Trekking dos Lagos Koruldi

Como seria de esperar, a região de Svaneti é particularmente abundante no que toca a trekkings e actividades ao ar livre, sendo que o difícil é mesmo escolher. Para além do trilho de 4 dias entre Mestia e Ushguli, ideal para os entusiastas, os caminhantes de ocasião têm várias opções que podem ser completadas em 1 único dia, com destaque para a visita ao Glaciar Chalaadi, ao Tergo de Chkhuti ou ao Vale de Enguri. No entanto, para este roteiro, decidimos destacar o percurso até aos Lagos Koruldi, um conjunto de lagos alpinos situados a quase 3000 metros de altitude, junto à base do Monte Ushba.

O percurso total de ida-e-volta, a partir de Mestia, tem a extensão de 21 km, demorando cerca de 7 horas a ser concluído. Embora seja perfeitamente exequível para caminhantes ocasionais, o trilho tem uma variação de altitude de quase 1500 metros, o que, aliado ao ar rarefeito e ao terreno potencialmente enlameado, exige uma forma física razoável. Não precisas de ser a Rosa Mota, mas será obviamente um dia cansativo. Se quiseres encurtar as distâncias, tens sempre a possibilidade de negociar um táxi 4×4 até à Cruz de Mestia. O caminho é um pouco assustador, mas poupa-te os joelhos a uma exigente subida de mais de 2 horas. Mais a mais, para além de ser o trecho mais exigente do percurso, a subida até à cruz é também a parte mais aborrecida do trekking, sendo que as vistas melhorem exponencialmente na fase do trilho entre a cruz e os lagos. Posto isto, se o orçamento não for um problema, fazer a subida de 4×4 até à cruz é recomendável, iniciando aí o trilho até aos Lagos Koruldi. Podes fazer o regresso inteiramente a pé até Mestia (a descida não custa tanto), por isso não precisas de pedir ao taxista para esperar. Pelo trajecto de ida, conta pagar 50 GEL por pessoa.

Resumo do 11º dia:

  • Lagos Koruldi

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 12 – Svaneti: Ushguli

Provavelmente o local mais popular em toda a região de Svaneti, nenhum périplo por esta região da Geórgia está completo até que se coloque os pés na atmosférica Ushguli, uma das aldeias mais bonitas do planeta. Para além das inúmeras torres defensivas de aspecto medieval, Ushguli está situada no interior de um vale, com os picos montanhosos do Monte Shkhara como pano de fundo. Há relativamente pouco tempo, Ushguli estava praticamente isolada do resto do mundo, com todos os acessos cortados durante os longos meses de neve (Outubro a Abril). De resto, esse isolamento é uma parte importante do apelo deste local, que não deverá estar assim tão diferente do aspecto que teria há 200 ou 300 anos.

Apesar do desenvolvimento das vias de acesso, chegar a Ushguli continua a ser um processo relativamente moroso, uma vez que demorará praticamente 2 horas para um veículo de tracção às 4 rodas percorrer os menos de 50 km que separam Mestia da aldeia. É uma viagem lenta e atribulada, mas extremamente cénica. Para assegurares um lugar na van diária que faz o trajecto entre as duas localidades, recomendamos que passes no Centro de Informações Turísticas de Mestia no dia anterior, até para poderes confirmar horários e preços de bilhetes. De qualquer das formas, as vans costumam partir de Mestia por volta das 08h00 e regressar de Ushguli pelas 15h00, com a viagem de ida-e-volta a custar 50 GEL.

Resumo do 12º dia:

  • Ushguli

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Mestia:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 13 – Zugdidi e o Caminho até Batumi

Chegada a hora de deixar Mestia e a região de Svaneti para trás, vamos aproveitar para descomprimir e terminar a viagem junto às relaxas margens do Mar Negro, onde, se o tempo a isso convidar, podes aproveitar para ir a banhos. No entanto, serão precisas umas boas 6 horas por terra para completar a viagem entre Mestia e Batumi, não dando azos a grandes explorações. De acordo com fontes oficiais, existe pelo menos uma marshrutka directa diária entre as duas localidades durante os meses de Verão, partindo de Mestia bem cedo pela manhã. No entanto, se viajares fora dessa temporada ou o horário não te for conveniente, recomendamos que apanhes uma das muitas vans até Zugdidi (40 GEL), e aproveites para fazer uma pausa de almoço, antes de trocares de veículo rumo a Batumi (25 GEL). Na verdade, esta opção é até mais agradável que fazer a viagem directa, permitindo-te esticar as pernas e aproveitar um bocadinho do dia para dar um passeio por Zugdidi.

Embora seja tradicionalmente tratada como um mero ponto de passagem no caminho de/até Svaneti, vale sempre a pena parar em Zugdidi, quanto mais não seja para visitar o Palácio Dadiani (8 GEL), outrora a residência oficial da família que governava a região de Samegrelo. Para além do edifício ser bastante bonito, e num daqueles acasos totalmente aleatórios, o museu interior alberga uma das máscaras mortuárias originais de Napoleão Bonaparte. Resta saber como é que uma peça destas acabou num canto tão recôndito do globo. Dentro do complexo, e para além do edifício principal do palácio, é ainda possível visitar a Igreja Vlacherna e o actual Jardim Botânico (5 GEL), originalmente os jardins oficiais da residência. Tendo em conta que estarás aqui em escala, não dará tempo para muito mais que isto (e um almoço), mas já dá para ter uma pequena amostra de mais um destino georgiano. Segue-se a segunda metade da deslocação, desta feita com término em Batumi, onde deverás chegar ao final da tarde.

Crédito da Imagem: Advantour

Resumo do 13º dia:

  • Zugdidi
    • Palácio Dadiani
    • Igreja Vlacherna
    • Jardim Botânico

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Zugdidi:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 14 – Batumi: A Vegas do Mar Negro

Batumi é… estranha! Por força da proximidade com a fronteira turca, do seu estatuto enquanto um dos maiores resorts turísticos da antiga União Soviética e da proximidade do mar, em justaposição com o resto do país muito mais próximo das montanhas, Batumi nem parece georgiana. Se a isso adicionarmos os muitos banhistas eslavos (principalmente russos), os casinos e a arquitectura moderna estrambólica, está dada a receita para que Batumi seja um sítio sem meio-termo: ora se adora, ora se odeia! Apesar disso, esta continua a ser a segunda maior cidade da Geórgia, sendo por isso imprescindível a sua inclusão num roteiro um pouco mais extenso. Posto isto, a antes de te aventurares pelo centro histórico, o teu dia começará com uma curta viagem de autocarro até ao extraordinário Jardim Botânico de Batumi (20 GEL), um dos maiores e mais impressionantes do mundo. Para além da extensão, impressiona também o cenário, uma vez que o jardim funciona como uma espécie de varandim natural, com vistas estonteantes sobre o Mar Negro e as encostas verdejantes do Cabo Mtsvane. Não penses duas vezes – este é possivelmente o ponto-alto de qualquer visita a Batumi!

De regresso ao centro, irás aventurar-te num passeio pela Cidade Velha de Batumi. Apesar dos muitos edifícios clássicos e em Art Nouveau, que fazem deste o quarteirão mais bonito da cidade, é extremamente difícil perceber o que é, de facto, antigo, ou o que foi puramente construído para parecer de outra era. O ritmo de desenvolvimento de Batumi foi demasiado rápido no século XX, pelo que a manutenção do património arquitectónico nunca esteve propriamente no topo das prioridades. Seja como for, vale a pena percorrer as ruas e fachadas do centro histórico, bem como visitar a Catedral de Batumi, a Mesquita Central, o Teatro Apollo ou a Praça Europa. No entanto, se achas que o que viste até ao momento é estranho, espera até te aproximares da zona portuária e começares a dar de caras com a arquitectura moderna de Batumi. Entre os arranha-céus e os muitos casinos espelhados – que lhe valeram o título de “Las Vegas do Cáucaso” – é possível encontrar edifícios e construções que não lembram a ninguém! Um dos melhores exemplos é a Torre Chacha, uma fonte originalmente erigida com o propósito de distribuir chacha (um licor típico georgiano) gratuitamente de hora em hora, e que, por razões óbvias, nunca chegou a funcionar. A par da fonte de álcool, tens ainda a estranhíssima Torre do Alfabeto, com letras gigantes do alfabeto georgiano embutidas na fachada, e a Torre Batumi, conhecida por – wait for it – ter uma roda-gigante embutida no corpo do edifício. Bizarrias à parte, podes aproveitar para digerir o almoço com um passeio pela Batumi Boulevard, uma agradável marginal que se estende por 7 km, antes de ires a banhos e fechares a tua aventura Georgiana com um mergulho na Batumi Beach, a principal praia da cidade.

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Resumo do 14º dia:

  • Jardim Botânico de Batumi
  • Cidade Velha de Batumi
  • Catedral de Batumi
  • Mesquita Central
  • Teatro Apollo
  • Praça Europa
  • Torre Chacha
  • Torre do Alfabeto
  • Torre Batumi
  • Batumi Boulevard
  • Batumi Beach

Onde comer na Geórgia – Restaurantes baratos em Batumi:

Roteiro de 15 dias na Geórgia: Dia 15 – Regresso a Tbilisi

Chegado ao fim o teu roteiro pela Pérola do Cáucaso, terás ainda pela frente uma viagem de comboio de quase 6 horas até à capital Tbilisi, antes do voo de regresso a casa.

Resumo do 15º dia:

  • Comboio para Tbilisi
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