Algumas destas são mais óbvias, outras nem tanto. O melhor é leres a nossa lista para evitares passar vergonha ou mesmo acabares a ter de pagar uma coima pesada 😬
Viajar traz consigo algumas responsabilidades, incluindo a de respeitar as regras e costumes locais. Quem não leva isso a sério, arrisca-se a passar um mau bocado, quer seja por simples embaraço ou por ter que juntar uma pesada coima às contas da viagem. Estas são algumas das piores coisas que podes fazer quando estás a viajar pelo mundo:
Quem visita o Palácio de Buckingham, em Londres, está certamente à espera de ver os guarda reais, trajados com uniformes vermelhos e chapéus negros de pele de urso. Milhares de pessoas juntam-se para ver a parada de mudança de guarda que ocorre em frente ao palácio várias vezes por semana.
Parte da mística destes soldados é que estes não se podem mexer, mudar de curso enquanto estão a marchar ou sequer sorrir, aconteça o que acontecer. Para muitos turistas isto é uma ótima oportunidade para uma foto. Outros aproveitam para tentar fazer os soldados rir, assumindo-se como humoristas amadores.
O problema é que os soldados da guarda real não são apenas um elemento de cerimónia. Estes são soldados medalhados, parte das unidades de elite do exército britânico e armados com espingardas com baioneta. O seu papel não é entreter os turistas, mas sim proteger a família real britânica e quem estiver a incomodar um destes soldados arrisca-se a levar um berro (“Stand back from the King’s Guard!” – Afasta-te da Guarda do Rei!) ou mesmo a que lhe seja apontado o cano da espingarda.
Em Veneza, o número de turistas ultrapassa facilmente o de habitantes. Num dia mais movimentado, o número de visitantes pode chegar aos 120,000 enquanto o número de habitantes fica por 55,000. Por esse motivo, as autoridades locais têm vindo a tornar-se mais intolerantes de comportamentos considerados desadequados.
Quem não cumprir as regras de convivência da cidade pode ser chamado à atenção por um grupo de vigilantes conhecidos como “anjos do decoro”. E são muitos os comportamentos que chamam à atenção destes anjos: sentar no chão, andar de tronco nu ou fato de banho, alimentar os pombos, deitar lixo para o chão ou ficar parado em grupo a bloquear o caminho numa das muitas pontes da cidade.
As regras não ficam por aí. Esquece os cadeados do amor, tomar um banho no canal, andar de bicicleta ou comprar bens contrafeitos aos vendedores de rua. E não é apenas uma questão de decoro – muitas destas regras têm multas associadas e são muitos os exemplos de turistas que já foram multados por violá-las, como o casal alemão multado em 950€ por fazer café num fogão portável nos degraus junto à ponte Rialto, a mais famosa de Veneza.
O memorial aos seis milhões de judeus mortos pelo regime nazi durante a segunda guerra mundial, erigido no centro de Berlim, é uma estrutura impressionante constituída por mais de 2,700 blocos de betão de tamanhos irregulares, uma tentativa de passar aos visitantes – de forma abstrata – a sensação de um sistema opressor que vai submergindo a população numa atmosfera confusa e desumana.
Esta é pelo menos uma das interpretações de um local que, por ser exatamente um sítio para refletir, dá aso a várias ideias sobre o seu significado. Mas qualquer que seja a impressão que cada um tem desta obra, não há margem para dúvida que este é um local solene e que deve ser respeitado.
Infelizmente, nem todos tem essa noção. Muitos visitantes têm sido criticados por tirar selfies ou outras fotos menos apropriadas no local para depois publicá-las em redes sociais. Em 2017, o artista Shahak Shapira criou um site especificamente para chamar a atenção desta prática, depois de se cruzar com inúmeras dessas fotos em redes sociais como o Facebook ou o Instagram, ou mesmo em aplicações de dating online como o Tinder ou o Grindr.
O distrito de Gion, na capital histórica do Japão, é um dos centros de atividade das gueixas – artistas femininas que se dedicam a artes tradicionais como a dança ou o canto e que são conhecidas pelos seus belos quimonos, penteados elaborados e maquiagem distintiva.
As gueixas são hoje um dos símbolos mais reconhecidos da cultural japonesa, apesar do seu número reduzido – estima-se que em Quioto (onde são conhecidas como geiko) sejam apenas cerca de 161 as mulheres que ainda se dedicam a esta atividade. Encontrar uma geiko autêntica tornou-se por isso uma das atividades favoritas dos turistas da cidade.
Mas as autoridades de Quioto acreditam que a pressão dos turistas é um dos fatores que estão a contribuir para diminuir o número de geiko na cidade. Afinal de contas, a atividade principal das geiko é entreter festas privadas em restaurantes e casas de chá, um negócio em declínio, e o interesse dos turistas é acima de tudo um incómodo para estas profissionais. Por isso, Quioto decidiu impor uma multa de 10,000 yens (ou cerca de 70 euros) a quem tira fotos a uma geiko no distrito de Gion.
A cidade-estado de Singapura é conhecida pela sua multiculturalidade, uma consequência do seu estatuto como um porto crucial no tráfego marítimo da Ásia. Foi graças à sua localização estratégica que a cidade cresceu rapidamente, tornando-se um dos países com maior densidade populacional do mundo, com cerca de 7,500 pessoas por quilómetro quadrado.
Durante este período de rápido crescimento, as autoridades de Singapura ganharam um particular apreço pela limpeza e higiene dos espaços públicos. Uma das medidas mais drásticas tomadas pelo país foi banir a importação de chicletes em 1992. Algumas exceções foram introduzidas em 2004 para possibilitar a importação de pastilhas elásticas terapêuticas, como as utilizadas para ajudar a parar de fumar, mas ainda hoje se mantem a proibição de trazer para o país qualquer outro tipo de chiclete.
Essa proibição é só um exemplo de entre as muitas leis contra o vandalismo em Singapura. Os atos visados por estas leis são punidos com coimas pesadas, ou mesmo com castigos corporais, como é o caso do graffiti.
Em alguns lugares do mundo regatear é quase obrigatório. Nos souks, ou mercados, de cidades como Marraquexe não regatear é quase visto como ofensa, ou pelos menos como sinal de que não és o viajante mais inteligente. Mas noutras partes a ofensa pode vir exatamente da tentativa de regatear.
Uma turista inglesa descobriu isto da pior maneira quando, numa caminhada pelas montanhas do Nepal, resolveu questionar o preço de um chá que doutra forma lhe teria custado pouco mais de um euro. Irritada com a atitude da turista, a dona da casa de chá perseguiu-a pela montanha enquanto a insultava e lhe atirava pedras.
Por vezes, o melhor é aceitar que enquanto turista vais pagar um pouco mais do que um habitante local pagaria, principalmente quando mesmo assim estás a pagar um preço muito mais baixo do que no teu país de origem ou numa loja com preços fixos.
A tradição de prender um aloquete a estruturas de metal para simbolizar o amor entre um casal não é propriamente antiga: apesar de haverem histórias que remontam ao início do século XX, terá sido já neste século que se tornou uma prática comum.
Um dos locais mais procurado para esta demonstração de amor era a Pont des Arts, em Paris. Mas em 2014, com o peso das centenas de cadeados presos à estrutura da ponte, uma dos seus railes colapsou. Hoje em dia, colocar cadeados na ponte não é só proibido como é fortemente fiscalizado.
São muitos os locais onde podes ter de pagar uma multa por colocar um destes cadeados. Em Berlim, são cerca de 35€, enquanto em Veneza pode chegar aos 3,000€. E se a intenção é que o cadeado seja uma lembrança duradoura do amor, recorda-te que muitas autoridades locais acabam por removê-los em pouco tempo.
Mas os cadeados do amor não são odiados em todo o lado. Na pequena vila de Lovelock, no Nevada, estes são até incentivados, dada a coincidência que o nome da vila, entre outros significados, pode ser lido justamente como “cadeado do amor.”
Vestires-te de acordo com a situação às vezes não é só uma questão de bom gosto. Por vezes, pode ser mesmo a diferença entre ter uma boa receção, ou de, pelo contrário, ver a entrada num local recusada.
Locais de culto são sempre locais que exigem um particular respeito pelos seus visitantes, e muitos são os que tem regras do que deves ou não vestir ou calçar. Quem visita o Vaticano, independentemente do género, é obrigado a cobrir os ombros e os joelhos. Aos homens cabe ainda tirarem o chapéu se estiverem a usar um. Já no caso das mesquitas, a regra é sempre tirar os sapatos antes de entrar.
Mas talvez seja evidente que locais de culto exijam uma certa modéstia na forma de vestir. Pelo contrário, uma regra muito particular imposta pela lei dos Barbados não tem nada de evidente. Neste país é proibido usar qualquer peça de roupa, calçado ou assessórios com um padrão de camuflado, já que este está estritamente reservado às forças armadas.
Principalmente quando viajamos em companhias low-cost, o momento do embarque no avião envolve sempre um pouco de caos. Colaborar com os assistentes de bordo e seguir as suas instruções é particularmente importante para evitar ainda mais confusão.
Tem em conta que todas as regras, mesmo as que parecem apenas incómodos desnecessários, têm por base a constatação prática de que existe um risco em não as seguir.
Por exemplo, talvez saibas que quem fica sentado nas filas da saída de emergência é obrigado a colocar a bagagem de mão nos compartimentos por cima dos assentos. E sim, é obrigatório. Não, não vai acontecer nada à tua pochette nos 10 minutos que o avião demora a atingir a altitude de cruzeiro e não, não te vai adiantar nada seres rude para o staff a não ser se quiseres fazer figura de idiota. Por mais aborrecido que seja ter que abrir o compartimento se quiseres alguma da tua bagagem, esta regra existe porque é importante manter esta zona desimpedida no (felizmente) improvável caso de a saída de emergência ser necessária.
Ainda para mais, o trabalho dos assistentes de bordo só se tornou mais difícil desde o início da pandemia, já que estes passaram a ter também que ter em conta regras como o uso de máscara. Não faltam relatos de passageiros que se recusaram a seguir as indicações para o uso de máscara, e acabaram por terem de ser retirados do avião, atrasando os planos de todos os outros passageiros.
Descobre aqui o porquê de teres de colocar o telemóvel em modo avião
Viajar é uma ótima oportunidade para aprenderes algumas palavras nas línguas locais ou para praticares uma língua que já falas, como o inglês, mas é sempre importante gerir as tuas expetativas!
Para começar, não deves assumir que toda a gente fala inglês. Aprender línguas não está ao acesso de todos, e mesmo sendo considerada a língua universal, em muitos países, existem outras línguas que são mais úteis para os habitantes locais.
Lembra-te também que, apesar de uma língua poder ser considerada oficial num país, é bem possível que essa língua não seja falada por uma grande maioria dos habitantes. Por exemplo, no Canadá, tanto o Inglês como o Francês são consideradas línguas oficiais, e todos os documentos e placas oficiais estão escritos em ambas. No então, não esperes encontrar muitos falantes de francês fora da província do Quebeque.
Da mesma forma, há também que ter em conta questões históricas e culturais. De volta ao exemplo do Canadá, os falantes de francês, por estarem em minoria no país, são bastante apegados à sua língua. Por isso, não te espantes que mesmo que saibam falar inglês, prefiram sempre falar francês.
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